No passado dia 9 de Novembro, as autoridades policiais alcançaram um grande feito. Impediram que uma cidadã de nacionalidade vietnamita, de 30 anos de idade, que responde pelo nome de Tran Kiêu Trang, zarpasse com produtos da vida selvagem encontrados nas suas malas de viagem.
Tran Kiêu Trang transportava 127 garras de leão, 36 dentes de leão e 4.3 kg de corno de rinoceronte, tudo num valor aproximado a 22 milhões de Meticais. De acordo com especialistas da ANAC, os produtos apreendidos derivaram do abate ilegal de pelo menos 10 leões e quatro rinocerontes.
O comunicado da PRM, que deu conta do feito, em primeira mão, não fez referência a uma coisa fundamental: desta vez, a “mercadoria” do contrabando foi detectada por uma cadela farejadora. Só depois dessa acção farejadora é que houve intervenção humana, nomeadamente na abertura das malas que o cão havia indicado como suspeitos de transportarem bens da vida selvagem.
Chama-se Agente SASA, a cadela pertencente à Unidade Canina da ANAC, instalada no Aeroporto Internacional de Maputo. Sasa é uma cadela da raça Pastora alemão nascida a 10/08/14, em Trnava, na Eslováquia. Faz parte de uma equipa de 4 cães especializados na detecção de produtos proibidos da fauna treinados pela African Wildlife Foundation (African Wildlife Foundation) e que foram trazidos em Novembro de 2018 para Maputo. Tal como os outros treina e trabalha todos os dias.
Os portadores são seis moçambicanos que receberam treino na Tanzânia e foram escolhidos de entre mais de 50 concorrentes.
A Unidade Canina de Mavalane trabalha, desde 2018, em estreita colaboração com a PRM, Alfândegas e Aeroporto de Moçambique, nos terminais de passageiros e carga, trabalhando intensamente.
O apoio financeiro para o estabelecimento da Unidade Canina foi da AWF e o PPF (Peace Parks Foundation). Tran Kiêu Trang pretendia embarcar num voo da Qatar Airways com destino à China. Ela tinha escondido o produto do contrabando produtos estavam escondidos dentro de malas contendo roupas, chocolates e biscoitos. (O.O. e M.M.)