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Actualizado de Segunda a Sexta

sexta-feira, 02 outubro 2020 04:34

Covid-19: MISAU reitera que capacidade de internamento é bastante limitada

O aumento exponencial de internamentos, no país, e, em particular, na cidade de Maputo, devido às doenças associadas à Covid-19, pode esgotar a capacidade de internamento dos Centros de Isolamento que é bastante limitada.

 

O alerta foi, mais uma vez, dado pelo Ministério da Saúde (MISAU), através do Director da Área de Inquérito, no Instituto Nacional de Saúde (INS), Sérgio Chicumbi, em conferência de imprensa, concedida esta quinta-feira.

 

Segundo Chicumbi, uma das estratégias adoptadas pelo sector, para travar o colapso do Sistema Nacional de Saúde (SNS), é organizar mais espaços para os pacientes hospitalizados. “Além dos Centros de Internamento para Covid-19 criados, em todas as províncias, várias unidades sanitárias identificaram serviços e infra-estruturas particulares de baixa demanda e estão a ser organizados para constituírem-se em Centros Transitórios e, através desta estratégia, estamos a alargar a capacidade de acomodar e gerir um eventual aumento de casos graves”, explicou a fonte.

 

Sem referir a actual capacidade de internamento no país e, em especial, na cidade de Maputo, Chicumbi garantiu que esta é sempre limitada e que a única forma de se evitar o colapso do sistema é reduzindo a propagação do vírus, cumprindo com todas as medidas de prevenção recomendadas pelas autoridades.

 

Refira-se que, neste momento, o país conta com 51 internados, dos quais um está na província de Nampula e 50 na cidade de Maputo. Dos internados na cidade de Maputo, 30 (incluindo cinco menores de um ano de idade) estão nos Cuidados Intensivos, devido à gravidade da situação.

 

Lembre-se que, nesta quarta-feira, o Chefe de Estado, Filipe Nyusi, mostrou-se visivelmente agastado com a postura dos cidadãos no que ao cumprimento das medidas actualmente em vigor diz respeito.

 

Filipe Nyusi afirmou, por exemplo, que a taxa de ocupação de camas, na capital do país, triplicou nas últimas três semanas, sendo que, actualmente, 100% das camas dos Cuidados Intensivos estavam completamente ocupadas, pelo que, quem precisar de tratamento poderá não encontrar espaço no hospital e muito menos ter acesso a ventilador (equipamento usado para auxiliar a respiração do doente de Covid-19). (Marta Afonso)

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