O Ministério da Saúde (MISAU) afirma que a testagem massiva que está a ser feita, na província de Cabo Delgado, é exclusiva ao pessoal que se encontra no Acampamento da Total, na Península de Afungi, no distrito de Palma, e não à população da província, em particular da Cidade de Pemba, onde já foram registados casos de infecção pela Covid-19, relacionadas às infecções detectadas em Palma.
O esclarecimento foi dado esta quarta-feira, pela Directora Nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene, durante a conferência de imprensa de actualização dos dados de coronavírus em Moçambique e, sobretudo, das investigações em curso naquela província do norte do país.
Segundo Rosa Marlene, caso haja necessidade, a testagem também será feita a outras pessoas que não se encontrem no interior do Acampamento, porém, agora, não há necessidade.
Esta quarta-feira, o país voltou a não registar nenhuma infecção pelo novo coronavírus, pelo terceiro dia consecutivo. De terça para quarta-feira, o Laboratório do Instituto Nacional de Saúde (INS) testou um total de 113 casos suspeitos, porém, todos “se revelaram negativos para a Covid-19”, segundo Rosa Marlene. Dos casos suspeitos, 44 eram provenientes de Cabo Delgado, de um total de 63 amostras que chegaram na passada terça-feira àquele Laboratório.
À imprensa, Marlene não conseguiu explicar as razões da não testagem total das amostras, provenientes de Cabo Delgado, porém, garantiu que o Laboratório do INS está, neste momento, a organizar-se para atender à demanda das amostras que poderão chegar em massa daquele ponto do país para que não se verifique uma situação idêntica.
De terça para quarta-feira, o INS testou ainda 18 amostras da província de Maputo, 50 da Cidade de Maputo e uma proveniente da província de Sofala. Já os Laboratórios privados realizaram 11 testes, mas nenhum deu positivo.
Na conferência de imprensa, desta quarta-feira, Rosa Marlene revelou que as restrições impostas no âmbito da Covid-19, o número de doadores de sangue tem estado a reduzir significativamente nos bancos de sangue, comprometendo assim a reposição dos stocks de sangue nas unidades sanitárias. O facto levou a dirigente a convidar os cidadãos a aproximarem-se aos hospitais para doar sangue, pois, “o ser humano é o único produtor” deste líquido precioso. (Marta Afonso)