Segundo apurou a “Carta, as escolas paralisadas fazem parte de quatro Zonas de Influência Pedagógica (ZIP) daquela região, nomeadamente Muliyo, Halaka, Cazuzu e Mutepuehi. Fontes contam que o “boicote” às actividades do sector da educação surge de uma suposta convocação do governo do distrito de Murrupula, em colaboração com o partido Frelimo a nível local, que foi replicada aos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia de Murrupula.
Alguns Encarregados de Educação manifestaram à “Carta” o seu desagrado em relação à situação, tendo lamentado o facto de as aulas terem sido paralisadas justamente na derradeira fase da preparação para as Avaliações Provinciais (AP), pelo que receiam poder comprometer os resultados dos seus educandos.
“Nem todos os pais e encarregados de educação ou mesmo professores identificam-se com o partido Frelimo”, disse a fonte.
Refira-se que este não é o primeiro caso em que a Frelimo, na província de Nampula, usa funcionários e bens públicos, com destaque para professores, alunos e enfermeiros, para fins partidários. O caso mais recente deu-se durante a distribuição dos esquipamentos agrícolas aos beneficiários do Projecto SUSTENTA, em que também foram recrutados para “pintar” de vermelho a cerimónia. (Carta)