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Moçambique continua a afundar no Índice de Percepção da Corrupção, um indicador global que avalia o quão corrupto é o sector público de cada país, de acordo com a percepção de especialistas e empresários.
Produzido pela organização Transparência Internacional desde 1995, o Relatório referente a 2024, divulgado ontem, em Berlim, na Alemanha, indica que Moçambique caiu um lugar em relação a 2023, tendo passado do lugar 145 para a posição 146.
De acordo com a avaliação, Moçambique obteve 25 pontos, de uma escala de 0 a 100. Trata-se de uma pontuação que o país mantem desde 2023 e que mais vezes obteve em quatro anos desde 2017 (2017, 2019, 2023 e 2024).
Nos últimos 12 anos, o país só conseguiu alcançar 31 pontos nos anos de 2012, 2014 e 2015 e 30 pontos no ano de 2013. Porém, durante os dois mandatos de Filipe Jacinto Nyusi, o país conseguiu, no máximo, 27 pontos, em 2016.
Aliás, em 2023, o país partilhava a posição 145 com a Nigéria, Libéria e Madagáscar, mas as três nações conseguiram subir no Índice de 2024. A Libéria ocupa a posição 135 (com 27 pontos), enquanto Madagáscar e a Nigéria ocupam o lugar 140 (com 26 pontos).
O Relatório não detalha os desafios que o país enfrenta no combate contra a corrupção, mas salienta que a região da África Subsaariana registou uma pontuação média no Índice de Percepção da Corrupção de 33 em 100.
“No entanto, em meio a esse desempenho anual muito baixo, houve países africanos que investiram no combate à corrupção e fizeram um progresso notável”, sublinha, destacando Seychelles (com 72 pontos), Cabo Verde (62), o Botswana e o Ruanda, com 57 pontos cada.
De um universo de 180 países avaliados a nível global, o Índice de Percepção da Corrupção continua sendo liderado pela Dinamarca com 90 pontos, seguido pela Finlândia (88 pontos) e Singapura (84 pontos), enquanto Venezuela (10 pontos), Somália (nove pontos) e Sudão (oito pontos) ocupam as últimas três posições. (Carta)
