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quarta-feira, 18 outubro 2023 06:07

Renamo marchou por Maputo, apesar do gás lacrimogêneo

Apesar do uso de gás lacrimogêneo pela Polícia contra os manifestantes, a marcha de terça-feira em Maputo em protesto contra os resultados das eleições autárquicas da semana passada acabou por chegar ao seu destino, a sede do principal partido da oposição, a Renamo. Durante a maior parte do percurso, a marcha foi pacífica. Começou na Praça dos Combatentes, no bairro de Xiquelene, e seguiu, acompanhado pela Polícia, em direção ao centro da cidade.

 

Mas na Praça OMM, na Avenida Vladimir Lenine, houve uma disputa sobre o caminho a seguir e a polícia disparou bombas de gás lacrimogêneo contra a multidão. Embora muitas pessoas tenham sido atingidas pelos efeitos do gás, a marcha continuou, embora por um percurso diferente, e acabou por chegar ao escritório da Renamo.

 

Aqui o líder da Renamo, Ossufo Momade, fez um discurso e nada disse sobre a Polícia ter atirado com gás lacrimogêneo para a multidão. Em vez disso, concentrou-se na exigência de que o Governo concedesse o estatuto de herói nacional ao primeiro comandante da Renamo, André Matsangaissa, e ao seu sucessor, Afonso Dhlakama.

 

Terça-feira assinala-se o 44º aniversário da morte de Matsangaissa, que foi morto pelas forças armadas moçambicanas quando realizou um ataque contra a vila da Gorongosa, em 17 de Outubro de 1979. Momade deixou claro que a Renamo estava a seguir a via legal para tentar anular os resultados eleitorais. Sublinhou que nem a Polícia, nem os tribunais, nem as procuradorias provinciais pertencem à Frelimo.

 

Disse à multidão que isto era apenas o começo – prometeu que a Renamo continuará a realizar marchas “até que a verdade sobre as eleições seja restaurada”.

 

Outro protesto da Renamo ocorreu na cidade de Nampula, no norte do país. Esta marcha barulhenta e bem concorrida foi totalmente pacífica. Foi escoltada pela polícia, mas não houve confrontos. (AIM)

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