Sir Motors
Eis o que o que a nova direcção do Ministério dos Transportes e Comunicações (Mateus Magala e Amilton Alissone) decidiram em finais de Março, como haviam prometido. A LAM já tem um novo comando de gestão, formado por especialistas da sul africana Fly Modern Ark, que se descreve na internet como tendo “10 anos de experiência no sector da aviação sul-africana e internacional, sendo especializada em leasing de aeronaves e vendas de aeronaves Boeing e Bombardier”.
Parte da actual direcção da LAM, liderada pelo Engenheiro Jorge Pó, está a trabalhar em colaboração com os sul africanos, ao estilo de “twin management” ou “back to back” para apropriação do expertise externo e servir de memória institucional para a equipa estrangeira.
Estes detalhes foram fornecidos à “Carta” por fonte sênior do ministério dos Transportes e Comunicações. Esta fase de estabilização é essencial para que a companhia melhore a sua performance a todos os níveis, designadamente operações, manutenção, comercial e sistemas de gestão.
No ano passado, o Governo encomendou um estudo, pago pelo Banco Mundial, sobre o que fazer com a LAM. O estudo, explicou a fonte, recomendou três saídas: i) Deixar a LAM falir; ii) injectar entre 200 a 300 milhões de USD; iii) encontrar um parceiro estratégico. O Governo ponderou, ouvidos três gurus da aviação internacional, e descartou as primeiras duas recomendações, porque dinheiro não tem e deixar falir era "impensável".
Mas encontrar um parceiro estratégico nas actuais condições operacionais da LAM seria como entregar a companhia a preço de banana. Então, a opção pela fase de estabilização visa isso mesmo: recuperar alguma robustez, de modo a que, quando se optar pela parceria estratégica a LAM não seja completamente engolida, perdendo sua identidade. Nesta fase de estabilização, a Fly Modern Ark vai ganhar por percentagem de novas vendas. Ou seja, em 18 meses, os sul africanos deverão melhorar as vendas para obterem sua contrapartida do negócio. (M.M.)
