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sexta-feira, 30 dezembro 2022 06:58

Município da Beira volta a pagar 13º salário na totalidade

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Enquanto o Governo afirma não ter recursos financeiros para pagar o 13º salário de 2022, o Conselho Municipal da Cidade da Beira, na província de Sofala, assegura ter condições de o fazer. A garantia foi dada esta quinta-feira pelo Edil do segundo maior centro urbano do país, Albano Carige.

 

Segundo Carige, a sua Edilidade irá pagar o 13º vencimento de 2022 a todos os seus funcionários, por forma a garantir que estes “possam prestar os serviços na maior tranquilidade”, por um lado, e, por outro, “estejam cada vez mais próximos ao munícipe beirense”.

 

Falando aos jornalistas, à margem da apresentação do relatório das actividades realizadas em 2022, o Edil da Beira explicou que a decisão foi tomada após o seu Executivo ter concluído haver condições para pagar o 13º salário do presente ano.

 

O valor, disse Albano Carige, começa a “cair” hoje nas contas bancárias dos funcionários daquela Edilidade. Entretanto, não clarificou se a medida abrange ou não os membros da Assembleia Municipal daquela urbe.

 

A medida tomada pelo Conselho Municipal da Beira contraria a decisão tomada pelo Governo de não pagar o 13º vencimento aos funcionários e agentes de Estado, devido ao impacto orçamental causado pela implementação da Tabela Salarial Única.

 

Na verdade, trata-se da reedição de um filme visto em 2016, quando o Governo anunciou o pagamento da metade daquele ordenado devido à indisponibilidade orçamental. Na altura, o então Presidente do Município da Beira, Daviz Simango, pagou, na totalidade, o 13º salário a todos os seus funcionários, incluindo os membros da Assembleia Municipal, contrariando o anúncio feito pelo então Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane.

 

Lembre-se que, nesse ano, os funcionários e agentes do Estado foram pagos a metade do 13º salário, sendo que tal medida abrangeu apenas os funcionários “rasos”, pois, os que exerciam cargos de direcção, chefia e de confiança não receberam qualquer tostão.

 

Simango disse, na altura, que não se tratava de afronta ao Governo, mas de uma questão de gestão. “Estamos conscientes da situação que o país atravessa e entendemos que os trabalhadores merecem um certo tratamento. Por isso, tivemos o cuidado de fazer o devido aprovisionamento, de modo que, ao chegarmos a esta altura, tivéssemos valores para dar essa satisfação. Portanto, foi uma questão de gestão, uma questão de pensar no outrem para resolvermos os problemas dos trabalhadores”, argumentou. (Carta)

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