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“O abastecimento de combustíveis em Moçambique está precário e já coloca em risco o fornecimento durante o período natalício e das férias de verão”, alertam os operadores em carta enviada, semana finda, ao Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias.
De acordo com o documento, a escassez que actualmente se verifica deriva do facto de todas as operadoras estarem em crise de tesouraria e algumas acusam insolvência financeira e daí não conseguem garantir o abastecimento normal de combustíveis ao mercado.
“A última publicação dos preços de combustíveis foi efectuada ontem, 01 de Dezembro de 2022, fora do período estabelecido pelo Decreto 89/2019. A nova estrutura de preços continua a registar o aumento das médias unitárias, aumentando a dívida que o Governo acumula com as operadoras. Esta dívida está estimada num valor acima de Trezentos e Cinquenta Milhões de Dólares Americanos”, lê-se no documento, a que “Carta” teve acesso.
O envio da carta acontece numa altura em que a Associação Moçambicana de Empresas Petrolíferas (AMEPETROL) tem vindo a enviar várias cartas ao Governo, mas lamentavelmente não tem recebido respostas.
Para que o pior não aconteça, os operadores solicitam em carta que “no mês de Dezembro de 2022, o Governo garanta o preço da publicação de acordo com o Decreto 89/2019, e que as médias unitárias a publicar não continuem a aumentar a dívida do governo com as operadoras”.
Além disso, os empresários solicitam que o Governo aumente o preço real do Gasóleo de 87.97 Meticais por litro para 96,77 por litro e a Gasolina de 86.97 Meticais por litro para 91,01 Meticais por litro, com vista a evitar o aumento da dívida do governo com as operadoras. (Carta)
