O Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Fundo Nacional de Estradas, Ângelo Macuácua, veio a público, nesta terça-feira, informar que o Governo espera receber um pacote adicional de 450 milhões de dólares para prosseguir com as fases subsequentes da reabilitação da EN1.

O Banco Mundial aprovou, recentemente, um financiamento inicial de 400 milhões de dólares por via da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA), para a reabilitação da Estrada Nacional Número 1 (EN1), um corredor que liga o país do Norte ao Sul.

“A reabilitação da EN1 com apoio do Banco Mundial é um projecto com uma abordagem baseada em multi-fases. Portanto, agora foi aprovado o financiamento de 400 milhões de dólares que vai atacar as áreas mais críticas deste corredor, teremos o outro pacote em 2023 e, em 2025, o remanescente. Os pacotes adicionais serão de 230 e 220 milhões, perfazendo o total de 850 milhões de dólares’’.

Falando pouco depois da abertura da Reunião do Comité Executivo da Associação dos Fundos de Manutenção de Estradas de África, Ângelo Macuácua garantiu ainda que o valor não é suficiente e esforços devem ser continuados para a mobilização de fundos para que a estrada seja reabilitada e mantida em toda a sua extensão.

Segundo Macuácua, o projecto desenvolvido para a EN1 é inovador e não só contempla a reabilitação como também a manutenção de estradas. Para o efeito, será adoptada a modalidade contratação com base nos resultados do desempenho em que depois de um período inicial de reabilitação, há um período de manutenção, ou seja, depois do empreiteiro terminar a obra mantém-se em contacto para fazer a sua manutenção por um período de cerca de cinco ou seis anos, para assegurar que a estrada seja mantida, com base no financiamento mobilizado para estas despesas.

“Nós também como país temos de fortalecer a nossa capacidade de manter as nossas estradas com base na combinação de várias fontes de captação de recursos. Portanto, o financiamento através de portagens é um complemento às outras formas tradicionais de financiamento, como taxas sobre os combustíveis e outras taxas de utilização de estradas que os nossos utentes pagam”, explicou. (Marta Afonso)