O grupo foi detido por volta das 11:00 horas desta quarta-feira, depois da polícia de trânsito ter interpelado um camião que vinha do distrito de Montepuez, com cerca de 30 indivíduos, todos do sexo masculino, segundo deu a conhecer à "Carta" uma fonte do Governo Distrital de Balama, sem dar mais detalhes.
Com base em suspeita, e face às medidas de controlo e vigilância no contexto do combate ao terrorismo em Cabo Delgado, a Polícia encontrou, durante a revista, cerca de 40 catanas, duas tendas, duas motorizadas, facas e colchões, sem, no entanto, apresentar uma guia ou qualquer documento da empresa proprietária do material.
Segundo a fonte, após a brigada da polícia de trânsito ter considerado duvidosa a justificação do motorista, que alegou serem trabalhadores de uma empresa de corte e exploração de madeira, a viatura e os respectivos homens foram conduzidos ao Comando distrital para averiguações. A Polícia ainda não se pronunciou em torno do caso, mas um contingente militar e investigadores foram enviados de emergência de Pemba para Balama, para reforçar as investigações.
"Carta" soube que a maioria dos jovens detidos são das províncias de Nampula e Niassa.
Fotos postas a circular nas redes sociais mostram um grupo de jovens no recinto do Comando distrital da PRM de Balama e, ao seu lado, mais de 40 catanas e a viatura em que seguiam pertencente a uma empresa denominada Mongo Ltd.
Na III série do BR, publicado em 2017, consta que esta empresa está registada em nome de dois sócios, de nacionalidade chinesa, nomeadamente Yunfeng Li e Shijiang Huang, com localização na cidade de Pemba, bairro Muxara, Rua EN106 e tem como uma das actividades a exploração e processamento de madeira, incluindo a prestação de serviços em várias áreas. (Carta)