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quinta-feira, 26 maio 2022 05:56

Instituições do Estado devem perto de 1 bilião de Meticais à Tmcel

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Pouco mais de 1.800 trabalhadores da “moribunda” empresa pública Moçambique Telecom (Tmcel), empresa que resultou da fusão das também “moribundas” Moçambique Celular (mCel) e Telecomunicações de Moçambique (TDM), ainda não receberam os seus salários do mês de Abril e correm o risco de não auferirem os seus ordenados do mês de Maio.

 

Em causa está uma dívida de 929 milhões de Meticais, que instituições públicas, incluindo Universidades, devem àquela empresa de telecomunicações. Deste valor, 350 milhões de meticais derivam do fornecimento de serviços de internet às instituições de Estado e às universidades públicas.

 

Uma fonte autorizada da empresa disse à “Carta” que o valor é referente aos serviços prestados pela empresa até ao dia 31 de Março último, pelo que a mesma pode superar a fasquia de 1 bilião de Meticais.

 

Sem detalhar os nomes das instituições devedoras, a fonte garantiu tratar-se de Ministérios, Institutos, Fundos e empresas públicas. Aliás, disse que, do total da dívida, 559 milhões de Meticais estão na posse de “grandes instituições”.

 

A fonte sublinhou que a empresa tem estado a desdobrar-se para reaver o dinheiro, porém, enfrenta barreiras por parte de algumas entidades devedoras. “Questões burocráticas é que estão a dificultar a situação”, afirmou, frisando que o facto agrava a situação já degradante da empresa.

 

Com 1.800 trabalhadores, a empresa, assegurou a fonte, tem uma folha salarial mensal de 120 milhões de Meticais, que se encontra ainda sobrecarregada por causa da dívida que a Tmcel herdou das extintas TDM e Mcel. A empresa também contraiu uma dívida de mais de 132 milhões de USD para expansão e modernização da rede para novos 2G, 3G, 4G e 4.5G.

 

Refira-se que os atrasos salariais na Tmcel são recorrentes e tendem a tornar-se normais, perante a incapacidade da direcção chefiada por Mahomed Rafique de resolver o problema. Em Agosto do ano passado, os trabalhadores, lembre-se, enviaram uma missiva à direcção da empresa, reclamando atrasos no pagamento dos seus salários referentes ao mês de Julho. Já em Janeiro deste ano, a situação repetiu-se, tendo recebido os seus ordenados em Fevereiro. (Carta)

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