Cinco dias após “Carta” reportar a precariedade das condições da estrada Marracuene-Macaneta, a Rede Viária de Moçambique (REVIMO) deslocou-se ao local para visitar a obra. Após a visita, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa, Ângelo Lichanga, disse estar satisfeito com o nível de execução das obras da infra-estrutura, que foi pavimentada apenas 200 metros em 12 meses de execução.
Lembre-se que, com as chuvas intermitentes que caíram semana finda na cidade e província de Maputo, a via ficou intransitável, entre a ponte sobre o rio Incomati até à entrada na Localidade de Macaneta. Os transportadores de passageiros não circulavam, apenas tractores agrícolas conseguiam usar o troço.
O facto criou transtornos aos utentes que, sem transporte, se viam obrigados a ficar em casa ou a se sujeitar aos preços especulativos de transporte. Os residentes ouvidos por “Carta” mostraram-se agastados com a situação recorrente sempre que chove.
Entretanto, depois de se fazer ao local, o PCA da REVIMO mostrou-se satisfeito com as obras em curso. “O balanço da visita é positivo. Tive a oportunidade de conversar com alguns residentes e mostraram-se satisfeitos com a obra”, afirmou Lichanga.
A estrada e a portagem definitiva deviam ser entregues esta quinta-feira, 28 de Abril, porém, tal não irá acontecer, pois, a estrada está demasiado atrasada. Apenas 200 metros foram pavimentados, numa via com 12 Km de extensão. O PCA justificou que o atraso se deveu a problemas logísticos, nomeadamente, a importação de manilhas da África do Sul para a construção de aquedutos (para a passagem da água). A fonte apontou também problemas de relevo, na secção em questão, que é pantanosa. Esse facto, detalhou Lichanga, exige trabalho profundo, nomeadamente a remoção da lama e enchimento do terreno por várias camadas para que a estrada possa “ter durabilidade de 20 anos”.
Por causa dos referidos motivos, o PCA da REVIMO disse que a estrada não será entregue este mês (Abril), mas sim em Julho próximo. Reiterou que a obra está a ser bem executada com vista a permitir maior durabilidade, estimada em duas décadas.
Referir que para a construção da estrada de 12 km e a Portagem definitiva, a REVIMO diz estar a investir 430 milhões de Meticais. (Evaristo Chilingue)