A estrada que liga a Localidade da Macaneta e a vila-sede do distrito de Marracuene, na província de Maputo, encontra-se intransitável desde a passada sexta-feira, na sequência das chuvas intermitentes que caem na zona sul do país.
Imagens que nos chegam de um dos principais destinos turísticos da província de Maputo ilustram uma via totalmente coberta de lama, condicionando o transporte de bens e pessoas da sede distrital de Marracuene até àquela Localidade turística e vice-versa. Aliás, algumas imagens mostram viaturas com tracção às quatro rodas “rendidas” ao poder da lama.
Trata-se, na verdade, de uma realidade que se repete a cada época chuvosa. Cidadãos residentes na Macaneta disseram à “Carta” que a cada chuva são praticamente impedidos de se deslocarem à vila de Marracuene, devido às péssimas condições da via.
Segundo as fontes, neste momento, apenas tractores agrícolas é que circulam naquela estrada, por um lado, transportando pessoas e bens e, por outro, ajudando viaturas que enterram ao longo da via.
Aliás, as fontes asseguram que, devido a esta situação, começa a haver especulação do preço do transporte, com os condutores dos tractores agrícolas a cobrarem 25 Meticais por cada viagem, contra os 20 Meticais legalmente estabelecidos.
O Chefe da Localidade da Macaneta, Fernando Nhassengo, em contacto com “Carta”, disse desconhecer a situação do agravamento da tarifa de transporte, visto que nenhum transportador se desloca à vila de Marracuene, devido às condições da via.
Obras de pavimentação da via atrasadas
A estrada que liga a Localidade da Macaneta e a vila-sede de Marracuene, numa extensão de 12 Km, está em obras desde Abril de 2021 e, de acordo com o cronograma traçado, já devia ter sido entregue à Rede Viária de Moçambique (REVIMO), gestora da via. O prazo de execução das obras era de 12 meses.
No entanto, um ano depois do arranque das obras, o empreiteiro (a JULEN CONSTRUÇÕES) apenas conseguiu colocar saibro na via e pavimentar aproximadamente 300 metros de uma das faixas de rodagem. Os moradores mostram-se preocupados com o atraso das obras, visto que são obrigados a ficar dentro das suas casas nos dias de chuva.
“Carta” contactou a REVIMO, através da sua Assessora de Imprensa, Albertina Pedro, para apurar as razões do atraso das obras daquela estrada. Em contacto telefónico, Albertina Pedro prometeu reagir em 30 minutos, mas até ao fecho desta reportagem não recebemos qualquer reacção, mesmo perante a nossa insistência. (A.M.)