Francisco Madeira, diplomata moçambicano enviado pela União Africana àquele país africano, viu a sua estadia temporariamente interrompida, tudo porque supostamente se intrometeu em assuntos da Somália.
Na última quarta-feira, o Gabinete do Primeiro-Ministro da Somália, Mohamed Hussein Roble, emitiu um comunicado expulsando o diplomata moçambicano daquele país, supostamente, por este se ter envolvido em actos incompatíveis com o seu estatuto de representante da Comissão da União Africana naquele país. Madeira foi classificado como “persona non grata” e recebeu 48 horas para abandonar o país.
No entanto, a decisão do Primeiro-Ministro foi travada pelo Presidente daquele país, Mohamed Abdullahi Mohamed, que a considerou “ilegal, ilegítima e imprudente”. O Gabinete do Presidente da Somália acrescentou que ainda não tinha recebido qualquer queixa de interferência com a sua soberania, pelo que não apoiava qualquer acção ilegal contra o diplomata moçambicano.
Na nota, o presidente somali garante ter instruído o Ministro dos Negócios Estrangeiros daquele país a pedir desculpas junto da União Africana sobre o sucedido. (O. Omar)