São cinco os indivíduos que desde 17 de Dezembro de 2018 respondem pelo processo nº 356/2/P/2018, de que fazia parte o malogrado empresário Andrew Hannekom, cidadão da África do Sul. Daquele grupo, o informe que será apresentado brevemente em Maputo pela Procuradoria-Geral da República (PGR) faz referência a dois moçambicanos e idêntico número de tanzanianos. Por ter perdido a vida, o sul-africano Hannekom foi ‘extinto’ do processo.
Os indivíduos em causa são acusados pelo Ministério Público (MP) da prática de homicídio qualificado, porte de armas proibidas, associação para delinquir, instigação ou provocação à desobediência colectiva, ordem e tranquilidade públicas, mercenarismo, terrorismo e contra a organização do Estado.
Moçambique deverá vir a ser um dos 10 maiores produtores mundiais de gás natural liquefeito nos próximos anos, a par da Nigéria e da Argélia no continente africano, segundo uma nota de análise divulgada terça-feira pela empresa GlobalData. “Dentro de alguns anos, cerca de 30 milhões de toneladas por ano estarão a ser extraídos, devido aos depósitos existentes na bacia do Rovuma, onde foram já descobertos 125 biliões de pés cúbicos de gás natural”, pode ler-se no documento.
A nota, que acaba por ser um apanhado do muito que tem sido escrito sobre o assunto, salienta que os intervenientes nos dois consórcios dos blocos Área 1 e Área 4 deverão dentro de pouco tempo anunciar as decisões finais de investimento, estando as despesas de capital estimadas em 40 mil milhões de dólares.
Os depósitos de gás natural já descobertos naquela baía consistem em 75 biliões de pés cúbicos no bloco Área 1, liderado pelo grupo americano Anadarko Petroleum, recentemente comprado pelo grupo também americano Chevron, e 50 biliões de pés cúbicos no bloco Área 4, operado pelos grupos ExxonMobil e italiano ENI.
Cao Chai, analista de petróleo e gás, afirma no documento que o preço de equilíbrio dos projectos em Moçambique, estimado em quatro a cinco dólares por cada mil pés cúbicos, é muito competitivo quando se compara com os preços no mercado à vista do Japão de 9,24 dólares por cada mil pés cúbicos, o que deriva de um custo de capital bem menor do que o de projectos semelhantes em outras partes do mundo.(Carta)
As autoridades sanitárias da cidade da Beira, centro de Moçambique, asseguraram hoje que a crise de cólera na cidade está controlada e com tendência a reduzir.
O diretor de Saúde da cidade da beira, Fino Massalambane, disse que se os casos de cólera continuarem a reduzir com este nível, os centros de tratamento da doença poderão ser encerrados.
“Em termos daquilo que era a incidência, novos casos, chegavam em média por dia, acima de cem, duzentos às vezes. E hoje estamos a falar de um, dois ou zero casos”, explicou o médico.
Isto “significa que as mensagens estão a chegar às comunidades” e “a própria campanha de vacinação ajudou bastante e os órgãos de informação também”, afirmou.
“Se continuarmos assim”, em “quatro semanas poderemos dizer que já está tudo acabado e nós poderemos encerrar” os centros de atendimento, disse.
A cidade da Beira, registou cerca de quatro mil casos de cólera que provocaram três mortes, desde o início do surto da doença, a 27 de Março. (Lusa)
A jornalista Marta Afonso, da “Carta”, está ser alvo de ameaças. Há duas semanas, “Carta” recebeu uma denúncia documentada de má gestão no Instituto Superior de Contabilidade e Auditoria de Moçambique (ISCAM). Marta foi indicada para apurar a veracidade das alegações, recolher evidências e confrontar os visados. Esse trabalho está a ser feito. Entretanto, nos últimos dias, e depois de um levantamento de material no ISCAM, Marta Afonso começou a ser assediada para não publicar a história. Um dos responsáveis do ISCAM visado na matéria tentou, por várias vezes, desaconselhá-la a publicar a reportagem. Marta Afonso partilhou esses detalhes na redacção.
Na terça-feira (16), ela foi contactada por um jornalista de um conhecido jornal da praça, com o mesmo pedido: não dar relevância a matéria. Marta Afonso a todos respondeu que não lhe cabia tomar decisões editoriais. E ontem à noite começou a receber chamadas anónimas de duas mulheres. Uma delas disse-lhe que antes de publicar a história, ela devia pensar bem no que queria da profissão; a segunda disse que Marta devia encontrar-se com ela esta manhã antes de publicar o texto, caso não iria arrepender-se.
O Conselho da Redacção de “Carta” reuniu-se esta manhã e tomou as seguintes decisões:
Por último, uma mensagem a quem quiser intrometer-se no nosso trabalho: “Carta” é um jornal sem medo e que não cederá a pressões desta ou doutra natureza e o responsável último do seu jornalismo não são os seus repórteres, mas o seu director Marcelo Mosse. É a ele a quem devem visar.
Maputo, 18 de Abril 2019
Carta de Moçambique
Publicamos recentemente num artigo, intitulado “De como Nini Satar adquiriu e usou passaporte e nome falsos”, que a irmã mais velha de Momad Assif Abdul Satar (Nini Satar), Farida Satar, fugiu do país depois de ter-lhe sido concedida liberdade condicional. Isso não constitui verdade. Numa carta dirigida ao nosso jornal, no uso do seu Direito de Resposta, Farida Satar diz que nunca esteve presa, nem nunca fugiu do país. Afirma também que nunca se ausentou de Moçambique por mais de 30 dias. Ela apresentou-se ontem pessoalmente nas instalações de “Carta”. “Carta de Moçambique” pede desculpas à visada. Nunca foi intenção deste jornal denigrir a sua imagem. A informação publicada teve por base um artigo publicado no jornal “Notícias”, no passado dia 13 de Abril de 2019. (Carta)
Dez dias depois de o Presidente da República, Filipe Nyusi, ter acusado a sua contra parte na mesa negocial, no caso a Renamo, de estar a atrasar o processo de enquadramento dos seus homens nas Forças de Defesa e Segurança (FDS), o maior partido da oposição veio a público, esta terça-feira, anunciar que já entregou a lista dos oficiais generais que devem ocupar os lugares de comando e chefia na Polícia da República de Moçambique (PRM).
Falando em teleconferência a partir da serra de Gorongosa, na província de Sofala, o presidente de Renamo, Ossufo Momade, afirmou que, ao todo, foi entregue uma lista de 10 oficiais. A mesma, segundo Momade, deu entrada na passada segunda-feira (15), no Gabinete do Presidente da República.
Mulheres Guerreira é o título da exposição de pintura do artista plástico e actual Ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, cuja cerimónia de abertura tem lugar esta quinta-feira, dia 18, no auditório do edifício-sede do BCI. A mostra é composta por 35 obras, predominando acrílico e pastel sobre tela e óleo sobre tela. Este evento insere-se nos festejos do mês da mulher.
(18 de Abril, as 14h30 no Auditório do edifício-sede do BCI)
A Assembleia da República (AR) aprovou, esta quarta-feira (17), na generalidade, a revogação do n° 6 do artigo 117 do Código de Estrada, aprovado pelo decreto-lei nº1/2011, de 23 de Março, que proibia a importação de veículo com volante a esquerda para fins comerciais.
Apesar de ainda carecer da apreciação, em definitivo, pelos deputados, a medida lança as bases para que nos próximos dias se possa importar veículos para o transporte de carga, máquinas industriais e agrícolas com volante a esquerda.
Esta decisão vem atender ao clamor da classe empresarial nacional, que via na proibição da importação de veículos com aquelas características, uma barreira intransponível para o exercício pleno das suas actividades.
A revogação do artigo “problemático” foi aprovado por consenso pelas três bancadas parlamentares, nomeadamente, a Frelimo, Renamo e o Movimento Democrático de Moçambique.
O Executivo, na qualidade de proponente, argumentou que submeteu o decreto-lei à revisão devido aos impactos negativos decorrentes da introdução da norma no país, nos vários sectores de actividade.
À título de exemplo, o Governo disse que a norma impactou directamente não só no sectores de transporte de carga, mas também no sector portuário, na balança de pagamentos na componente de transportes e na redução na arrecadação de receitas pelo Estado. (Ilódio Bata)
Este será o resultado de duas sessões de oficina dos MODOS DE DIZER POESIA, juntando movimentos constituídos por declamadores e fãs do Slam Poetry. Esta fusão vai reflectir-se sobre a poesia de Fernando Leite Couto e dos outros autores moçambicanos e não só. Quero-te, poesia pretende ser a celebração da faceta mais relevante e notória, exprimindo a forma como Fernando Leite Couto viveu a poesia.
(23 de Abril, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)
Com os autores da exposição do mês de Abril: Mulher, Sociedade e Desafios, Albino Mahumana, nascido aos 21 de Outubro de 1970, começou a pintar ainda criança por influência do seu pai Mankew mas como profissional destacou-se mais em fotografia, e, sempre se dedicando a pintura e musica nos momentos livres. Em fotografia foi editor fotográfico de jornais como Dossiers Factos 2013-2016, Revista MAIS 2003-2006 e semanário DEMOS 1995-2003. De 1990 a 1995 trabalhou como ilustrador e fotojornalista no Instituto nacional de investigação agronomica-INIA. Em 2017 dedicou-se intensamente na pintura, tendo no ano seguinte participado e ganho o 2º Premio do concurso:"PONTE QUE LIGA VIDAS"Maputo-Katembe, na categoria de pintura, organizado pelo Centro Cultural Moçambicano-Alemão.
Matxakhosa
José Eugénio Cossa, nasceu em Maputo, ex-cidade de Lourenço Marques em 1974. Filho de uma família com grande vocação às artes plásticas, deu os primeiros passos na arte de trabalhar o barro, em casa de seus pais, com seu irmão mais velho, Xikhosa, que é um dos grandes ceramistas moçambicanos, isso no princípio da década 90 e, mais tarde fez o curso básico de cerâmica, na Escola Nacional de artes Visuais, de 1994-1996. A partir dessa altura Matxakhosa lança-se no mundo das artes e participa em vários workshops e exposições colectivas e individuais, dentro e fora de Moçambique. Ceramista e Pintor que na sua abordagem preocupa-se muito por questões ambientais e da sociedade. É membro da ACHUFRE, AMF e Núcleo de Arte. De 2000- 2005, deu aulas de cerâmica, batik, desenho e pintura, no Ministério Arco Íris, em Maputo no ano 2000 orientou o Workshop: "Pinturas Unidas", com crianças de vários países do mundo, em Tomar-Portugal, em 2001 colaborou com "Hihlurile Skills Development", na África do Sul, em 2009 elaborou o módulo de Educação Visual e deu aulas aos formandos da 10ª classe mais um, no Centro de Formação dos Professores, em Bilibiza- Cabo Delgado, de 2010- 2014 frequentou o curso de Gestão e Estudos da Cultura, no Instituto Superior de artes e Cultura.
(22 de Abril, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)