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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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A percentagem de casos de violência doméstica que deram entrada nas unidades de saúde de Moçambique aumentou em 71% em 2018, atingindo 33 mil vítimas, disse hoje a ministra da Saúde de Moçambique, Nazira Abdula.

 

Nazira Abdula considerou preocupante o número de casos de violência doméstica em Moçambique, quando falava no lançamento do Plano de Ação e Resposta contra a Violência Baseada no Gênero 2019-2022.

 

A companhia aérea portuguesa euroAtlantic Airways pretende cooperar com as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) na sua pretensão de regressar à Europa, via Lisboa, disse em Maputo o presidente executivo da companhia.

 

Eugénio Fernandes, que se deslocou a Maputo para conversações com o governo e a companhia aérea de bandeira de Moçambique, disse à agência noticiosa Lusa haver “disponibilidade e interesse de cooperar com a LAM neste projecto.”

 

O Balcão de Atendimento Único (BAÚ), a nível da província de Cabo Delgado, arrecadou 2.885 mil Mts durante o primeiro semestre deste ano, resultantes de pagamento de vários serviços oferecidos por aquela instituição.

 

Segundo o Director Executivo do BAÚ, Belmiro dos Santos Casimiro, que anunciou estes resultados, em Pemba, o valor representa um aumento de 4 por cento, comparado com o igual período do ano passado. Ainda nos primeiros seis meses deste ano, o BAÚ licenciou 360 empresas de diferentes categorias, que resultaram em 2.520 empregos. (Carta)

Quatro meses após a passagem devastadora do Ciclone Idai, na zona centro do país e norte da província de Inhambane, o Banco Comercial e de Investimentos (BCI) voltou a inaugurar um dos seus balcões na cidade da Beira, desta vez, o Balcão Embaixador, que foi também severamente afectado pela tempestade. A reinauguração teve lugar na passada quinta-feira, num evento dirigido pelo Governador da província de Sofala, Alberto Mondlane.

 

terça-feira, 23 julho 2019 06:18

Maputo liderou compra de acções da HCB

De um total de 1.510 milhões de acções da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) subscritas na Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), de 17 de Junho a 12 de Julho corrente, 1.314 milhões de acções (correspondentes a 8.03 mil ordens) foram subscritas a partir da Cidade de Maputo. Depois da capital do país, seguiu-se a província de Maputo que inseriu, na BVM, 3.02 mil ordens que do total correspondem a 40.04 milhões de acções.

 

Está previsto para o próximo mês de Novembro o arranque da recolha de dados sobre as receitas e despesas dos agregados familiares e outras características sócio-económicas do país, no quadro do Inquérito aos Orçamentos Familiares (IOF 2019/2020), uma operação estatística conduzida pela autoridade desta área, o Instituto Nacional de Estatística (INE).

 

Após a realização da Conferência Internacional do Transporte Aéreo, Turismo e Carga Aérea (CITA), que decorreu semana finda, em Maputo, a empresa pública Aeroportos de Moçambique (ADM) e o Instituto Nacional do Turismo (INATUR) avançam para a elaboração de um plano-mestre para impulsionar o desenvolvimento dos dois sectores.

 

A informação foi avançada à “Carta” pelo porta-voz e administrador financeiro da ADM, Saíde Júnior, na passada quarta-feira, à margem da cerimónia do encerramento do evento, que juntou mais de mil pessoas, entre nacionais e estrangeiros, para debater sobre o alinhamento de políticas dos referidos sectores.

 

Apesar de o Governo ter reforçado a presença das Forças de Defesa e Segurança (FDS) em todos os distritos, onde se registam ataques militares, protagonizados por um grupo armado ainda não identificado, o terror teima em não cessar na zona norte da província de Cabo Delgado.

 

Na semana finda, a comunidade de Matapata, distrito de Palma, voltou a ser alvo de um ataque militar, que resultou na morte de quatro cidadãos e no rapto de três raparigas, cujas idades não conseguimos apurar.

 

A indústria manufactureira moçambicana tem apresentado decréscimos significativos nos últimos 10 anos, sendo que, em 2017, a sua contribuição no Produto Interno Bruto (PIB) foi de 8.7 por cento, contra 11.8 por cento registados em 2008.

 

Intitulado “Desafios ao Desenvolvimento do Sector Manufactureiro e Medidas para a sua Alavancagem”, o estudo apresentado, ontem, em Maputo, pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), destaca adicionalmente que a redução de 1300 médias empresas entre 2003 e 2015 implicou uma perda do Valor Acrescentado Bruto da indústria manufactureira em cerca de 9.4 por cento, em 2015, e em cerca de 13 por cento, em 2018, facto que tem contribuído para a redução do peso deste sector na actividade económica ano após ano.

 

Com base no estudo, apresentado num seminário sobre os desafios do sector industrial moçambicano e medidas para a sua alavancagem, os principais entraves para o crescimento da indústria manufactureira, o que tem levado ao encerramento de várias empresas, está associado aos altos custos operacionais e à disponibilidade de financiamento ajustado à realidade do país.

 

Para além de analisar os desafios da indústria manufactureira, o estudo visava, igualmente, propor medidas para alavancar aquele sector. Em relação aos custos das matérias-primas, o estudo da CTA sugere, numa perspectiva de curto prazo, a isenção do Imposto Sobre o valor Acrescentado (IVA) e dos direitos aduaneiros na importação de matérias-primas para o sector manufactureiro, visto que grande parte são importadas.

 

Falando na ocasião, o presidente da CTA, Agostinho Vuma, referiu que, de acordo com as estimativas realizadas na análise, a implementação daquela medida pode resultar numa redução dos custos de produção do sector em cerca de 211.68 por cento, o que representa um ganho significativo na competitividade do sector.

 

“No que concerne ao custo de energia, propõe-se a mudança da estrutura tarifária, adoptando-se uma tarifa sazonal para a indústria transformadora que, para além de reduzir o custo de electricidade, irá estimular o sector produtivo à semelhança do que se tem verificado nos outros países. Com a adopção desta medida, estima-se que o custo de produção do sector possa reduzir em cerca de 46.5 por cento”, acrescentou Vuma.

 

Falando perante um auditório de perto de 100 pessoas, com destaque para empresários, Ministro da Indústria e Comércio (MIC), Ragendra de Sousa, e o Presidente do Conselho de Administração do Banco Nacional de Investimento (estatal), Tomás Matola, Vuma disse que para se induzir a redução do custo de capital e melhoramento do acesso ao financiamento, propõe-se a adopção de vias alternativas, nomeadamente, o desenvolvimento do mercado de capitais e a materialização dos projectos de financiamento do desenvolvimento.

 

Intervindo na ocasião, De Sousa reconheceu as constatações do estudo ao afirmar que o grande desafio para o empresário local tem, em verdade, sido o acesso ao financiamento adequado, assim como a informação pertinente do acesso à matéria-prima e do mercado para a exposição dos seus produtos.

 

Por isso, “é nosso desejo que este seminário contribua para identificarmos soluções inovadoras e compatíveis com a realidade em que vivemos”, afirmou De Sousa. (Evaristo Chilingue)

A consultora FocusEconomics reviu hoje em baixa a previsão de crescimento para Moçambique, para 0,8% este ano, o que representa uma descida de 0,8 pontos percentuais face à estimativa do mês passado.