"A economia deverá perder fôlego este ano devido ao impacto devastador dos ciclones Idai e Kenneth; os défices da balança comercial e orçamental deverão alargar-se devido aos custos de reconstrução nas zonas afetadas pelos ciclones, num contexto de manutenção de um elevado peso da dívida, o que prejudica a perspetiva de evolução a curto prazo", escrevem os analistas.
No mais recente relatório sobre as economias africanas, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas antecipam, assim, um crescimento de 0,8% para este ano, o que contrasta com os 1,6% previstos no mês passado, prevendo uma aceleração para 4,4% no próximo ano.
Olhando para a primeira metade do ano, a FocusEconomics diz que "a atividade económica quase parou em abril em comparação com a média do primeiro trimestre, principalmente devido à redução da atividade no setor comercial".
O sentimento dos consumidores, ainda que tenha subido, "continua bem entrincheirado em território pessimista em abril e maio, abixo da média do primeiro trimestre", concluem os analistas, que antecipam uma dívida pública de 114,6% do PIB este ano e de 111,7% em 2021, começnado depois a cair até aos 100,4% em 2023. (Lusa)