Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
Redacção

Redacção

  • Reformas da actual administração eliminaram seis direcções e dez departamentos, gerando eficiência e redução de custos;
  • PCA declarou conflito de interesse na nomeação do engenheiro José Rodrigues Matola para as funções de Director e não participou na indicação;
  • José Rodrigues Matola é quadro da HCB há 15 anos, engenheiro civil há 30 anos e foi Chefe de Departamento de Hidrologia na empresa;
  • Contratações de pessoal e procurement seguem regulamentos rígidos constantes dos manuais de gestão aprovados pela Assembleia Geral;  

 

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) emitiu uma nota de esclarecimento esta manhã, na qual “lamenta profundamente os pronunciamentos deturpados e descontextualizados recentemente difundidos em diversos fóruns”, que apontam para “podridão administrativa” na empresa.

 

A HCB informa que a nomeação de José Rodrigues Matola para o cargo de Director de Hidrologia, Segurança de Barragem e Estruturas foi limpa e observou as regras de probidade, tendo o titular do cargo denunciado à partida conflito de interesse e obedecido o protocolo que determina o seu afastamento no processo de nomeação.

 

José Rodrigues Matola é trabalhador da HCB há cerca de 15 anos, Engenheiro Civil de formação (experiência profissional de cerca de 30 anos), com mestrado em Gestão de Recursos Hídricos e Ambiente, há 27 anos. Já exerceu, na empresa, cargos de chefia, como o de Chefe de Departamento de Hidrologia, além de outras posições associativas, como a de Secretário do Comité Sindical da Empresa, em 2022.

 

Quanto às contratações de recursos humanos e aquisições, a empresa esclarece que seguiu todos os procedimentos e que ninguém foi contratado sem observância das políticas internas, acrescentando que as aquisições são feitas no quadro das competências do Conselho de Administração e em conformidade com os regulamentos internos.

 

Em Novembro do ano passado, “Carta” noticiou reformas de fundo na HCB, que determinaram a redução de 22 para 16 unidades orgânicas de primeira linha (Direcções e Gabinetes) e de 40 para 30 unidades orgânicas de segunda linha (Departamentos). Para a empresa, “todo o processo de mudanças estruturais tem o potencial de criar ansiedade e frustração, algumas vezes gerando, inclusive, reacções fora do âmbito da Empresa e, amiúde, até com ataques à própria Empresa, em geral, e aos seus gestores de topo, em particular. Todavia, é incontornável operar mudanças para adequar a Empresa aos desafios impostos na actualidade, tendo em vista o benefício ao Estado moçambicano, de que, em última análise, todo o cidadão é parte”.

 

Leia, abaixo, as partes mais importantes da nota de esclarecimento da HCB sistematizadas pelo nosso jornal:

 

  • Das 22 anteriormente existentes, o Conselho de Administração decidiu – depois de efectuar análise e reflexões estratégicas sobre o funcionamento da Empresa, e ouvidos consultores especializados, os trabalhadores através dos seus representantes eleitos e ainda as diversas sensibilidades internas – aprovar a redução para 16 Unidades Orgânicas de primeira linha (Direcções e Gabinetes) e de 40 para 30 Unidades Orgânicas de segunda linha (Departamentos), o que, de imediato, passou a gerar economias nos custos globais da estrutura, através da redução de custos de remunerações, de viaturas para gestores e das respectivas despesas de manutenção, esperando-se que, a curto prazo, tal se reflicta na eficiência e eficácia das operações da empresa.
  • Os cargos de gestão não são eternos, sendo por demais normal que, em todas as organizações, empresas inclusas, sejam feitas mudanças de gestores. Por outro lado, não existem, nas organizações guiadas por altos padrões de governação corporativa, chefias vitalícias. Aliás, fazer mudanças ou rotação de gestores faz parte das práticas de boa governação. As novas nomeações foram baseadas em avaliações conduzidas pela Comissão Executiva e por consultores independentes, através de entrevistas individuais, preenchimento de questionários, avaliação técnica, comportamental, profissional e curricular.

 

Com base nos resultados das avaliações supramencionadas, foram nomeados 11 Directores, entre reconduzidos e novos. No que concerne aos Chefes de Departamento, foram nomeados 26 entre reconduzidos e novos. Todos os gestores foram nomeados por decisão da Comissão Executiva no quadro dos normativos vigentes na Empresa. 

 

Dentre os quadros nomeados, o trabalhador José Rodrigues Matola, visto o seu desempenho, perfil profissional e académico e experiência relevante de acordo com termos de referências para a função, foi aprovado colegialmente, para liderar a Direcção de Hidrologia, Segurança de Barragem e Estruturas, numa sessão que ocorreu sem o envolvimento do PCA, por este ter manifestado e declarado conflito de interesse.

 

José Rodrigues Matola é trabalhador da HCB há cerca de 15 anos, Engenheiro Civil de formação (experiência profissional de cerca de 30 anos), com mestrado em Gestão de Recursos Hídricos e Ambiente, há 27 anos. Já exerceu, na Empresa, cargos de chefia, como o de Chefe de Departamento de Hidrologia, além de outras posições associativas, como a de Secretário do Comité Sindical da Empresa, em 2022.

 

No que concerne ao Director de Recursos Humanos nomeado, trata-se de um quadro da Empresa com 20 anos de serviço na HCB, formado em Gestão, que já exerceu outras funções de gestão relevantes, com destaque para a de área de Planeamento. Até a sua nomeação para Director de Recursos Humanos, ocupava a função de Director de Sistema de Gestão Integrado, cargo que exerceu durante 9 (nove) anos. 

  • Relativamente à área de Aquisições ou Procurement, os processos de compra na HCB seguem o Manual de Procurement da Empresa, devidamente aprovado pela Assembleia Geral da Empresa. As decisões sobre o fornecimento de bens e serviços são tomadas a diversos níveis em observância e respeito ao Quadro Geral de Competências, suportadas por informações relevantes para a decisão. É assim que, vista a precariedade das viaturas em toda a organização, com tempo de uso bastante acima da vida útil – mais de 20 anos de uso, nalguns casos –, dentro do Quadro Geral de Competências em vigor na Empresa, a Comissão Executiva autorizou a renovação da frota, para atender às áreas de negócio, de suporte e corporativas. Neste lote, inclui-se as do Conselho de Administração, cujos valores estão dentro do orçamento e em conformidade com o regulamento interno.
  • As contratações de pessoal seguem modelos devidamente estatuídos na Empresa, que incluem concursos públicos, head hunting (pesquisa de talentos ou de técnicos com certas valências, o que pode ser feito directamente pela empresa ou por via de uma firma de contratação e selecção de recursos humanos), programas de estágio profissional, sempre que se julgar ser a via mais eficaz, mediante a aprovação da Comissão Executiva.
  • A HCB é uma empresa moçambicana de dimensão nacional e internacional que, dentro dos seus interesses e necessidades, pode demandar a existência de escritórios de trabalho em qualquer parte do País ou no exterior. Neste momento, a HCB possui escritórios (a) na Vila do Songo (Sede da Empresa); (b) na Cidade de Tete; (d) na Cidade de Chimoio; (e) na Cidade de Maputo. De referir que nenhum dos escritórios mencionados no ponto precedente foi aberto pela actual administração. Existem análises que recomendam que essa localização flexibiliza o funcionamento e a operação da Empresa.
  • A HCB não ignora o facto de todo o processo de mudanças estruturais ter o potencial de criar ansiedade e frustração, algumas vezes gerando, inclusive, reacções fora do âmbito da Empresa e, amiúde, até com ataques à própria Empresa, em geral, e aos seus gestores de topo, em particular. Todavia, é incontornável operar mudanças para adequar a Empresa aos desafios impostos na actualidade, tendo em vista o benefício ao Estado moçambicano, de que, em última análise, todo o cidadão é parte. Ciente das nuances do processo de mudança, a HCB criou mecanismos apropriados para a gestão da mudança, conforme recomendam os manuais de gestão e as boas práticas internacionais. 
  • A HCB informa aos accionistas, investidores e ao público em geral que, com fundamento empresarial, científico e numa base colegial e articulada com os seus accionistas, continuará a implementar as reformas necessárias para garantir a sustentabilidade da Empresa, lamentando profundamente os pronunciamentos deturpados e descontextualizados recentemente difundidos em diversos fóruns.

O Conselho de Ministros reunido na nona sessão ordinária aprovou cinco decretos que aprovam os Termos do Contrato de Concessão de Pesquisa e Produção de Petróleo à empresa chinesa CNOOC Hong Kong Holding Ltd e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, (ENH), na qualidade de concessionárias. A ENH é uma empresa pública, braço do Estado no negócio de hidrocarbonetos.

 

Trata-se dos decretos que aprovam os Termos do Contrato de Concessão de Pesquisa e Produção de Petróleo, para as áreas Offshore Save, S6-A; Offshore Save, S6-B, Offshore Angoche A6-G, Offshore Angoche, A6-D e Offshore Angoche A6-E.

 

As empresas chinesas têm vindo a ganhar espaço na exploração dos recursos naturais em Moçambique, muitas vezes sem o benefício das comunidades afectadas e da economia do país, em última análise, mesmo com o conhecimento dos decisores políticos. Aconteceu nas florestas, no mar e, como se o negócio já não desse lucro nessas áreas, agora o foco está na exploração do gás natural.

 

Na reunião, o Executivo aprovou a Resolução que ratifica o Acordo de Financiamento do Compacto II para Moçambique, assinado a 21 de Setembro de 2023, em Washington D.C., Estados Unidos da América, no montante de 500 milhões de USD.

 

O Governo aprovou também o Decreto que aprova o Regulamento sobre a Gestão de Fertilizantes e revoga o Decreto n.º 11/2023, de 10 de Abril. O Regulamento estabelece o regime jurídico para a gestão de fertilizantes que circulam no país, observando os princípios de protecção da saúde pública, animal e meio ambiente. O instrumento aplica-se ao registo, produção, embalagem, reembalagem, armazenamento, rotulagem, exposição, distribuição, manuseamento, doação, comercialização, importação, exportação, transporte, trânsito, publicidade, uso e eliminação de todos os fertilizantes, por pessoas singulares ou colectivas.

 

Segundo o comunicado do Secretariado do Conselho de Ministros, o Executivo aprovou igualmente o Decreto que aprova o Regulamento de Actividades de Fiscalização e Inspecção Geral de Saúde. O Regulamento estabelece regras, princípios e procedimentos específicos.

 

Ainda na mesma Sessão, o Conselho de Ministros apreciou as informações sobre a situação da Época Chuvosa e Ciclónica 2023/2024, com enfoque para os impactos registados em resultado dos fenómenos naturais e antropogénicos ocorridos.

 

Apreciou igualmente a situação epidemiológica da Cólera e Conjuntivite Hemorrágica e as medidas de prevenção e controlo, o Relatório de Petições, Queixas e Reclamações Tramitadas na Administração Pública, no II Semestre de 2023 e aprovação da Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a situação na Faixa de Gaza. (E.Chilingue)

Dois navios de guerra indianos, o navio de treinamento de cadetes INS Tir (A86) e o navio patrulha da classe Sukanya INS Sujata (P56), participam do Exercício Trilateral (Trilat) Moçambique, Tanzânia e Índia (IMT), actualmente em curso ao largo da costa sudeste africana.

 

O exercício decorre entre 21 e 29 de Março, com o objectivo de reforçar a cooperação entre Moçambique, Tanzânia e a Índia, informou a Marinha Indiana. Os dois navios da Marinha Indiana, INS Tir e INS Sujata, representam a Marinha Indiana, com o INS Tir a chegar a Zanzibar e o INS Sujata ao Porto de Maputo, em Moçambique. O navio da Guarda Costeira Indiana Sarathi também participa juntamente com navios da Marinha de Moçambique e da Tanzânia.

 

A primeira edição do exercício IMT Trilat foi realizada em Outubro de 2022, com a participação da fragata INS Tarkash (F50) em exercício com as Marinhas de Moçambique e da Tanzânia e a actual está planeada em duas fases.

 

No âmbito da fase portuária que decorreu entre 21 a 24 de Março, os navios da Marinha Tir e Sujata interagiram com as respectivas Marinhas nos portos de Maputo (Moçambique) e de Zanzibar (Tanzânia).

 

Esta fase começou com uma Conferência de Planeamento seguida de actividades conjuntas de treinamento portuário, como controlo de danos, combate a incêndios, procedimentos de busca e apreensão, palestras médicas, evacuação de vítimas e operações de mergulho.

 

A fase marítima do exercício, agora em curso até 27 de Março, abrange aspectos práticos de combate a ameaças assimétricas, procedimentos de busca e apreensão, maneio de barcos, manobras e exercícios de tiro. Uma vigilância conjunta da zona económica exclusiva (ZEE) está incluída durante a fase marítima. O exercício terminará com um relatório conjunto agendado no Porto de Nacala.

 

Durante a estadia no porto, os navios da Marinha Indiana estiveram abertos a visitas e as tripulações participaram de intercâmbios desportivos e culturais com as Marinhas anfitriãs. A Marinha Indiana disse que estas actividades sublinham o esforço da Índia para promover relações amistosas através da cooperação marítima, alinhando-se com a visão marítima do Primeiro-Ministro Shri Narendra Modi, conhecido como “SAGAR – Segurança e Crescimento para Todos na Região”, com ênfase no Sul Global.

 

Nos últimos meses, a Marinha Indiana tem estado muito activa ao largo da costa nordeste de África, e desde que o conflito Israel-Hamas se alastrou para o domínio marítimo, com as forças Houthi a atacarem navios ao largo do Iémen em solidariedade com a Palestina, a Índia aumentou o alcance das suas operações de segurança marítima.

 

A Marinha empreendeu acções proactivas durante o sequestro do graneleiro de bandeira de Malta MV Ruen em 14 de Dezembro de 2023. A Marinha indiana disse que 23 de Março marcou a conclusão de 100 dias de operações de segurança marítima em andamento sob a égide de 'Op Sankalp'. Durante este tempo, a Marinha Indiana respondeu a 18 incidentes na região do Oceano Índico. Isto incluiu uma operação bem coordenada que durou cerca de 40 horas, culminando com a retomada do MV Ruen das mãos dos piratas somalis pela Marinha indiana, resgatando os 17 tripulantes a bordo e apreendendo duas dúzias de piratas em 16 de Março.

 

A Marinha Indiana tem uma presença considerável na região do Mar Vermelho, com uma dúzia de navios de guerra destacados para fornecer segurança contra piratas, enquanto as potências ocidentais se concentram nos ataques dos Houthis do Iémen.

 

Em Janeiro, a Marinha Indiana frustrou dois sequestros por piratas somalis em poucos dias. Em 29 de Janeiro, o navio pesqueiro Al Naeemi e a sua tripulação (19 cidadãos paquistaneses) foram resgatados pelos indianos de 11 piratas somalis depois de o navio pesqueiro de bandeira iraniana ter sido abordado e a sua tripulação tomada como refém.

 

No dia anterior, o INS Sumitra estava novamente em acção ao largo da costa da Somália quando respondeu a uma mensagem de socorro relativa ao sequestro do navio pesqueiro Iman, de bandeira iraniana, que tinha sido abordado por piratas e a tripulação feita refém.

 

A Marinha Indiana disse que o INS Sumitra interceptou o navio e coagiu os piratas a libertar com segurança os 17 tripulantes junto com o barco. “O navio de pesca foi posteriormente higienizado e libertado para trânsito posterior.”

 

Em 5 de Janeiro, a Marinha Indiana resgatou outro navio das mãos de piratas e 21 tripulantes foram evacuados do MV Lila Norfolk, no Mar da Arábia do Norte, um dia depois de este ter sido abordado por meia dúzia de homens armados ao largo da costa da Somália.

 

Com base na avaliação da ameaça na região, a Marinha Indiana está a conduzir operações de segurança marítima em três áreas de operações, nomeadamente o Golfo de Aden e áreas adjacentes, o Mar da Arábia e ao largo da costa leste da Somália.

 

Desde Dezembro, a Marinha Indiana destacou mais de 5 000 efectivos no mar, mais de 450 dias de navegação (com mais de 21 navios destacados) e atingiu 900 horas de voo com aeronaves de vigilância marítima para fazer face a ameaças no domínio marítimo. (Africa Ports & Ships e DefenceWeb).

A bancada parlamentar da Frelimo deverá chancelar, em definitivo, na manhã de hoje, o Acordo de Extradição entre as Repúblicas de Moçambique e Ruanda, celebrado em Junho de 2022, em Kigali, pelos Ministros de Estado para os Assuntos Constitucionais e Legais do Ruanda e da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos de Moçambique.

 

Hoje, a Assembleia da República discute, na Especialidade, a Proposta de Resolução que Ratifica o Acordo de Extradição entre a República de Moçambique e a República do Ruanda, aprovada, semana finda, na generalidade, pela bancada parlamentar do partido no poder.

 

O documento, que continua a não ser consensual entre as bancadas que compõem o Parlamento, visa impedir que ruandeses criminosos se refugiem no país, tal como criminosos moçambicanos se refugiem no Ruanda, segundo a Ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos.

 

Lembre-se que a Renamo e o MDM entendem que o Acordo de Extradição com Ruanda tem como objectivo perseguir os opositores de Paul Kagame, em Moçambique, enquanto a Frelimo defende que o mesmo visa agradecer a intervenção ruandesa, no combate ao terrorismo. (Carta)

Continua em curso a contabilização dos estragos causados pelas chuvas intensas, que caíram na Área Metropolitana do Grande Maputo, domingo e segunda-feira, deixando inundados centros de saúde, estradas, casas e estabelecimentos comerciais e de ensino, nos cinco Municípios que compõem a região (Cidade de Maputo, Matola, Boane, Marracuene e Matola-Rio).

 

Até à noite desta terça-feira, dezenas de bairros dos Municípios de Maputo, Marracuene, Matola-Rio, Boane e Matola ainda se encontravam inundados, para além de dezenas de estradas que ainda continuavam intransitáveis. Por exemplo, a Estrada Nacional Nº1, nos troços entre os bairros 25 de Junho e Bagamoio e entre os bairros de Inhagoia e Jardim encontrava-se condicionada, devido às águas que alagaram a faixa de rodagem à esquerda, no sentido norte-sul.

 

Mesma situação se verificava no troço Zimpeto/Rotunda de Missão Roque, onde a água continuava concentrada na faixa de rodagem nas proximidades do Hospital Psiquiátrico de Infulene, do Posto de Abastecimento de Combustível da Total e do Mercado Grossista do Zimpeto. As Ruas Graça Machel, Ndhambi 2000, Marcelino dos Santos, Sebastião Marcos Mabote, da Beira e General Cândido Mondlane também se encontravam intransitáveis em alguns troços.

 

Já na Autarquia da Cidade da Matola, alguns troços da estrada Boquisso/Mukhatine, da Avenida Josina Machel, das estradas Km 15/Nkobe, Nkobe/Patrice Lumumba, Patrice Lumumba/T3, Mahlampsene/Mulotane e a passagem de nível da Avenida da OUA (Estrada Velha) também se encontravam intransitáveis, enquanto na Autarquia de Marracuene continuava a registar-se dificuldades para transitar nas estradas EN1/Mumemo, EN1/Pazimane, CMC/Guava/Mateque, Albasine/Marracuene e Michafutene/Santa Isabel.

 

A linha de Ressano Garcia também continua encerrada, devido à sua intransitabilidade no Km 15, onde a água ainda cobre a linha férrea. Já a linha de Limpopo está aberta para duas carreiras, nomeadamente, as de Marracuene e Manhiça.

 

Ainda no Município da Matola, quatro centros de saúde estão encerrados, nomeadamente, os Centros de Saúde Matola Santos, de Bedene, Língamo e Matola-Gare, devido às inundações. Os quatro centros de saúde encontram-se “debaixo” da água. Perto de 21 mil famílias, da Cidade de Maputo, Matola e do município de Marracuene continuavam nos centros de acomodação, constituídos maioritariamente por estabelecimentos de ensino.

 

Igualmente, oito bairros da capital do país (Chamanculo, Hulene “A” e “B”, Maxaquene “C”, Luís Cabral, 25 de Junho, Magoanine “A” e Mapulene) e quatro bairros da autarquia da Matola (Fomento Sial, Intaka, Machava Bunhiça e Matlemele) encontravam-se às escuras até à noite de ontem.

 

“Por motivos de segurança e prevenção de acidentes eléctricos, a EDM decidiu desligar alguns equipamentos eléctricos alagados e Postos de Transformação (PTs) que alimentam residências inundadas. Como consequência, estão sem energia cerca de 19.770 clientes”, refere a empresa Electricidade de Moçambique, em comunicado de imprensa, sublinhando estarem também privados de energia eléctrica clientes dos distritos de Moma e Larde, na província de Nampula, e de Linga-Linga e Mata, na província de Inhambane.

 

Para além de destruir, a chuva torrencial matou duas pessoas e feriu outra, na Cidade de Maputo. Também paralisou o processo do recenseamento eleitoral na região do Grande Maputo, tendo afectado perto de 90 brigadas. Bairros “luxuosos” da capital, como Triunfo, Mapulene e Chiango ainda continuam inundados, num “filme” que se repete 13 meses depois da sua estreia, em Fevereiro de 2023. (Carta)

A Administração Nacional de Estradas (ANE) comunicou esta segunda-feira que, a partir de  hoje (26) até ao dia 10 de Abril do ano corrente, será interdita a circulação de viaturas pesadas de carga, na Estrada R698: Montepuez-Mueda para permitir a execução de trabalhos de emergência em secções críticas do troço rio Muirite-Mueda, se as condições climatéricas forem favoráveis.

 

“Neste momento, esforços estão a ser empreendidos com vista a repor a transitabilidade na Estrada N380: Macomia-Oasse, que liga os distritos da zona Norte da província de Cabo Delgado, onde a subida do nível das águas do rio Messalo concorreu para a danificação da plataforma do troço da estrada que atravessa a baixa deste rio”, lê-se no comunicado da ANE.

 

A Autoridade informa, igualmente, que devido à chuva intensa que tem vindo a cair na província de Cabo Delgado, causando danos severos na rede de estradas da província, a transitabilidade encontra-se condicionada em algumas vias.

 

Nesse contexto, a ANE apela aos utentes das estradas em geral para a programação das deslocações e transporte de passageiros com observância redobrada das medidas de precaução na época chuvosa e em locais de fraca visibilidade, sobretudo, em locais alagados e na aproximação de estruturas de drenagem (pontes, pontões, aquedutos, drifts, etc.).

 

Em nota de imprensa, a instituição recomenda a não circulação de veículos com peso total acima de 10 toneladas em tempos chuvosos em estradas terraplanadas e apela ao acompanhamento da informação disseminada pelas entidades competentes. (Carta)

O Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, realizou esta segunda-feira (25) uma visita de inspecção à Barragem dos Pequenos Libombos para avaliar o impacto das fortes chuvas que têm afectado a região sul, especialmente as infra-estruturas das cidades de Maputo, Matola e arredores.

 

Na ocasião, o ministro destacou a preocupação do governo em monitorar de perto as barragens, em especial a dos Pequenos Libombos, que têm recebido afluências significativas a montante, provenientes de países vizinhos, tal é o caso do Eswatini.

 

Em coordenação com o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), o Governo está acompanhar a situação com a devida atenção, tendo reafirmado os apelos para a “tomada de medidas de precaução ao se aproximarem dos rios Maputo e Umbelúzi, e à retirada de pessoas e bens nas bermas dos rios, devido ao risco de arrastamento pela força das águas”. Referiu que a situação também impacta a travessia nos drifts de Umpala (Boane), Mafuiane e Mazambanine, e há risco de inundação nas margens das zonas baixas dos rios.

 

Mesquita ressaltou a incerteza causada pelo fenomeno El Niño e alertou para a possibilidade de surpresas no futuro. No entanto, ele assegurou que, com o nível actual de água na barragem, caso não chova nos próximos tempos, haverá reservas para até dois anos.

 

O ministro expressou sua preocupação com a segurança da população, enfatizando que situações de morte podem ser evitadas se as pessoas seguirem as orientações das autoridades, tendo destacado que, “apesar do aumento das descargas em relação ao ano passado, a gestão das águas foi bem-sucedida, e eventuais problemas só poderiam ocorrer devido à indisciplina de algumas pessoas”.

 

A Administração Regional de Águas do Sul, Instituto Público (ARA-Sul, IP), apelou, por sua vez, à população para que tome medidas de precaução e esteja atenta às actualizações das autoridades. (Carta)

Estão suspensas as aulas em todas as escolas públicas e privadas e institutos de formação técnico-profissional na cidade de Maputo, desde esta segunda-feira (25) até sexta-feira (29), devido às chuvas que fustigaram a capital moçambicana. A medida consta de um comunicado do Gabinete do Secretário do Estado da cidade de Maputo.

 

Lê-se no comunicado que a suspensão das aulas se deve aos transtornos relacionados às chuvas que caem desde a madrugada do dia 24 de Março do ano em curso que tornaram algumas vias de acesso da cidade de Maputo intransitáveis.

 

As águas das chuvas alagaram pátios e salas de aulas, facto que condicionou o decurso normal das aulas em quase toda a cidade de Maputo. Assim sendo, o Governo viu-se obrigado a tomar esta medida para garantir a segurança dos alunos e dos formadores.

 

De acordo com o Presidente do Conselho Municipal da cidade de Maputo, Rasaque Manhique, a decisão de interrupção de aulas foi tomada em conjunto com a Secretaria de Estado, para permitir que as autoridades possam "correr" atrás das pessoas afectadas.

 

No fecho desta edição, "Carta" apurou que também foram suspensas as aulas na província de Maputo até sexta-feira e algumas universidades também suspenderam as aulas presenciais até quarta-feira. (Carta)

terça-feira, 26 março 2024 07:38

SAMIM abandona Moçambique por falta de fundos

A Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM), que tem apoiado as forças moçambicanas na luta contra o terrorismo islâmico na província nortenha de Cabo Delgado, vai deixar o país em Julho por falta de fundos, segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros, Verónica Macamo.

 

“A SAMIM está a enfrentar alguns problemas financeiros. Também temos que cuidar das nossas próprias tropas e teríamos dificuldade em pagar a SAMIM. Nossos países não estão a conseguir arrecadar o dinheiro necessário”, disse.

 

Macamo falava após um encontro em Lusaka entre o Presidente Filipe Nyusi e o seu homólogo zambiano, Hakainde Hichilema, actual presidente do órgão de Cooperação em Política, Defesa e Segurança da SADC.

 

A SAMIM está implantada em Moçambique desde meados de 2021. Em Agosto de 2023, a sua missão foi prorrogada por mais 12 meses, até Julho de 2024. O plano da SAMIM é a retirada gradual das forças dos oito membros da SADC que a compõem. Macamo disse aos jornalistas que, dadas as suas limitações orçamentais, a SADC optou por priorizar a sua missão na República Democrática do Congo (RDC) acima da SAMIM.

 

A SADC, disse ela, acredita que a situação é relativamente estável quando comparada com a violência no leste da RDC, onde mais de 120 grupos armados lutam para saquear os recursos naturais do país.

 

“África tem muitos problemas e actualmente a SADC tem duas missões, na RDC e em Moçambique”, acrescentou Macamo. “E a SADC pensou que, para Moçambique, se outros países continuarem a apoiar-nos com material, incluindo material letal, poderemos efectivamente superar o terrorismo”. (AIM)

terça-feira, 26 março 2024 07:20

Chuvas voltam a paralisar Grande Maputo

Doze dias depois da passagem da Tempestade Tropical “Filipo”, a Área Metropolitana do Grande Maputo, que abarca os Municípios de Maputo, Matola, Boane, Marracuene e Matola-Rio, no sul do país, voltou a ficar paralisada, depois de ter enfrentado mais de 30 horas de chuvas intensas, que causaram inundações em todos os bairros da capital do país e da cidade mais industrializada de Moçambique.

 

Serviços públicos, estabelecimentos de ensino e comerciais estiveram encerrados esta segunda-feira em quase todos os bairros da Área Metropolitana do Grande Maputo, devido aos estragos causados pelas chuvas intensas. Algumas escolas e instituições públicas fecharam as portas porque encontravam-se alagadas e outras devido às dificuldades de acesso.

 

O transporte público e semi-colectivo de passageiros funcionou a “meio-gás”, com a maioria dos operadores a parquear os autocarros, devido à intransitabilidade das vias, com destaque para as estradas municipais. Por exemplo, a Avenida 25 de Setembro, na baixa da Cidade de Maputo, manteve-se intransitável até ao início da tarde de ontem, devido às inundações.

 

Dezenas de viaturas foram arrastadas pela fúria das águas em diferentes estradas e avenidas do Grande Maputo e outras dezenas de condutores viram suas viaturas griparem os motores após desafiarem as águas das chuvas.

 

Os Caminhos-de-Ferro de Moçambique também interromperam a circulação de comboios em todas as linhas da zona sul. Na linha do Limpopo, por exemplo, as águas arrastaram os solos, que acabaram soterrando por completo a linha férrea, no bairro das Mahotas, no Distrito Municipal de KaMavota.

 

Os serviços de abastecimento de água e de fornecimento de energia eléctrica também estiveram interrompidos em alguns bairros e centenas de famílias continuam a dormir ao relento, devido ao alagamento das suas residências. Até à noite de ontem, havia famílias que não sabiam onde dormir, pois, as escolas que costumam alberga-las também estavam alagadas.

 

No Município da Matola, a Edilidade fala de mais de 10 mil munícipes afectados pelas chuvas, porém pouco mais cinco mil é que conseguiram ter abrigo. No Município de Marracuene, as chuvas inundaram mais de 100 casas, em mais de 10 bairros e deixaram perto de 80 postos de recenseamento eleitoral sem condições de funcionamento.

 

O Edil de Maputo, Razaque Manhique, anunciou, ontem, o encerramento das escolas da capital do país até sexta-feira, como forma de minimizar o sofrimento das famílias, por um lado, e com vista a encontrar solução dos constantes alagamentos das escolas da capital, por outro.

 

Refira-se que o drama vivido domingo e segunda-feira na Área Metropolitana do Grande Maputo não é novo e repete-se sempre que a chuva cai nesta parcela do país. Aliás, as chuvas voltaram a inundar as residências e estradas do Grande Maputo, numa altura em que as famílias ainda se refaziam dos estragos causados pela Tempestade Tropical “Filipo”, que também deixou estas autarquias em estado de alerta.

 

Chuvas mataram quatro pessoas e afectaram mais de 12 mil

 

Pelo menos quatro pessoas morreram, duas ficaram feridas e outras 12.740 foram afectadas pela chuva intensa registada no sul do país no domingo, divulgou ontem (25) o Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE), citado pela Rádio Moçambique, emissora pública.

 

Os óbitos foram registados na província de Inhambane, todos causados por raios, disse Ana Cristina, directora do CENOE, durante uma reunião do Conselho Técnico de Gestão e Redução do Risco de Desastres.

 

O mau tempo, registado nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, causou ainda a destruição total ou parcial de 11 casas e inundou outras 9.985, além de afectar também 19 escolas, 49 vias de acesso e 13 centros de saúde, indicam os dados preliminares.

 

Segundo a fonte, foram abertos 27 centros de acolhimento, que agora albergam pelo menos 7.658 pessoas. Segundo as autoridades moçambicanas, até ao passado dia 15, um total de 135 pessoas morreram, 195 ficaram feridas e 131.915 foram afectadas pela época da chuva no país, que decorre entre Outubro e Abril.

 

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época da chuva.

 

Cerca de 15 mil famílias às escuras

 

O mau tempo que se faz sentir desde a noite do dia 24 de Março de 2024, caracterizado por chuvas intensas e ininterruptas, acompanhadas de trovoadas, está a registar alguma perturbação na rede eléctrica. Esta situação condicionou o fornecimento de energia a cerca de 15 mil clientes da empresa Electricidade de Moçambique (EDM) na Cidade de Maputo, bem como das províncias de Maputo, Gaza e Inhambane.

 

Em comunicado, a EDM assegura que equipas técnicas da empresa estão no terreno e em prontidão, intervindo na rede para a reposição gradual do sistema. Entretanto, as condições atmosféricas e a inacessibilidade de alguns locais têm sido os grandes obstáculos dos trabalhos, o que influencia a demora da reposição do fornecimento de energia.

 

Por motivos de segurança e prevenção de acidentes eléctricos, a EDM decidiu desligar alguns equipamentos eléctricos alagados e Postos de Transformação (PTs) que alimentam residências inundadas.

 

Neste contexto, a EDM reforça o apelo para a observação rigorosa de medidas de prevenção e segurança, nomeadamente evitar estar próximo de qualquer equipamento eléctrico; evitar tocar nos cabos eléctricos ou postes; controlar as crianças para não brincarem perto das infra-estruturas danificadas; durante o período de intervenção técnica, por precaução, todas as instalações eléctricas deverão ser consideradas como estando permanentemente em tensão.

 

Além disso, a EDM apela para o desligamento do quadro geral e todos os electrodomésticos, como televisores, geleiras e fogões, etc.; manter sempre os aparelhos eléctricos afastados da água; evitar manusear os aparelhos e equipamentos eléctricos com o corpo molhado ou descalço; não utilizar ferramentas eléctricas ao ar livre em condições de humidade; e mesmo em caso de interrupção no fornecimento de energia, todas as instalações devem ser consideradas como estando permanentemente em tensão.

 

Chuvas arrasaram o comércio no grossista do Zimpeto

 

As chuvas intensas e ininterruptas que têm vindo a cair desde a madrugada de 24 de Março, na zona sul do país, principalmente na Cidade e Província de Maputo, não só causaram inundações, destruição de infra-estruturas sociais e económicas (públicas e privadas), mortes e desalojamentos, mas também afectaram o comércio no mercado grossista do Zimpeto.

 

O mercado grossista do Zimpeto é o maior do país, mas esta segunda-feira (25), numa ronda feita por “Carta”, constatou-se que o negócio foi muito difícil. Por causa da chuva intensa, muitos vendedores não se fizeram ao mercado e, como consequência, poucas lojas e bancas abriram. Os poucos que lá foram disseram que foi um dia muito difícil para trabalhar.

 

No local, a equipa do jornal interpelou Shelton Langa que vende batata reno no grossista do Zimpeto, há meio ano. “Foi muito difícil trabalhar. Os produtos não podem molhar porque podem estragar rapidamente e, para piorar, não temos alpendre. Este que temos não é suficiente para todos nós os vendedores aqui no mercado. Este alpendre só cobre os vendedores de pepino, repolho e pimento, enquanto eu vendo batata reno”, relatou o vendedor.

 

O dia foi também difícil para Atália Massingue que vende verduras naquele mercado há 15 anos. Antes, porém, contou-nos que é uma das pessoas afectadas pela água na sua casa no bairro de Magoanine. “A casa ficou inundada. Saímos para um centro de acolhimento. Só consegui chegar aqui às 12h00 porque nas primeiras horas era difícil conseguir transporte por causa do efeito das chuvas. Com essas chuvas poucos clientes vieram ao mercado, o que tornou o dia muito difícil. Mas não é o mesmo que ficar em casa”, relatou Massingue.

 

Durante a conversa, Massingue disse ainda que, de tão difícil que foi o dia, sequer conseguiu dinheiro para a poupança diária (xitique diário). Apenas conseguiu dinheiro para satisfazer necessidades básicas daquele dia, na esperança de no dia seguinte o ambiente melhorar no Zimpeto.

 

Desde 2007, Mónica Macuácua, também abordada pela "Carta", frequenta o mercado grossista do Zimpeto para vender verduras e sustentar a sua família. À semelhança dos outros revendedores, Macuácua disse ser um dia para esquecer devido ao mau tempo. “As pessoas não vieram ao mercado, por isso não houve negócio. Isto afectou também o Município cujos fiscais se queixaram quando andavam a vender as senhas. Se a chuva continuar a cair poderemos ficar sem produto, porque as machambas também foram devastadas pela chuva intensa. Aliás, as verduras que sobreviveram serão caras de adquirir e por isso o preço de revenda vai aumentar”, disse a vendedeira.

 

No mercado grossista do Zimpeto não só trabalham os vendedores, mas também auxiliares das compras, aqueles que ajudam o cliente a carregar na hora de fazer compras. Na nossa ronda, a equipa interpelou um desses auxiliares: Emílio Mabunda. Contou ao jornal que por dia consegue facturar pelo menos 200 Meticais, mas esta segunda-feira, o valor que conseguiu nem foi metade da sua receita diária. Ele também apontou os efeitos das chuvas intensas para o fraco desempenho.

 

O cenário observado no sector de venda de produtos alimentares, no maior mercado do país, também foi notório no sector de revenda de roupa ou calçado novo e usado. Devido à chuva parte considerável das bancadas desses revendedores andavam vazias como se de um domingo ou feriado se tratasse. Algumas lojas nos arredores do mercado estavam fechadas, pois, depois da chuva era expectável que o mercado andasse às moscas.

 

Depois da chuva intensa, as vias de acesso (estradas e ruas na área metropolitana do grande Maputo) ficaram alagadas e intransitáveis e por isso os “chapas” circularam com limitações. Este facto foi notório no terminal de transportes anexo ao mercado, que em plena segunda-feira andou meio vazio. (Carta)

Pág. 107 de 1424