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terça-feira, 27 julho 2021 14:26

A aterragem das Forças Estrangeiras e o erro que custaria vidas

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Nos princípios do mês de Maio do ano em curso, nas matas do distrito de Mueda, na martirizada Província de Cabo Delgado, por pouco aconteceria uma carnificina que culminaria com um escândalo de proporções catastróficas. E não foi por falta de aviso!

 

Tudo se deveu a uma aterragem de Forças Especiais Estrangeiras, as quais esperavam que a operação fosse secreta e sem deixar rastos. Os soldiers aterraram nos moldes hollywoodianos. De paraquedas e mochilas, desceram como raios de trovão e pousaram quão os bravos soldados das cenas cinematográficas americanas com destino ao índico a fim de combater numa guerra que em tempos os nossos protectores estabeleceram um prazo de uma semana para que os malfeitores se entregassem.

 

Sucede, porém, que no pretérito dia, os militares, que tinham como destino o Quartel Central de Mueda, aterrizaram numa área com mata densa e sem rede telefónica. A ideia era fazer o reconhecimento do local, no entanto, logo que chegaram numa determinada região guarnecida por milícias populares, a situação mudou de mares. Os soldados locais pensaram que fossem homens do inimigo, uma vez que por lá tudo é possível.

 

Em poucos minutos, o ar mudou. A tensão subiu. As carabinas foram manipuladas. Afinal, estava-se diante de um possível ataque, mas não. Longe do conhecimento deles, eram parceiros estratégicos que vinham combater ao lado dos filhos da Pérola do Índico que, desde Outubro de 2017, lutam para aniquilar em definitivo a força inimiga.

 

Assim, a tensão durou por meia hora, uma vez que, aparentemente, os guardiões da pátria não tinham nenhum conhecimento da vinda dos “Chucks Norris Africanos”, alegadamente porque a informação estava com um burocrata a 2.514,9 quilómetros daquele quase esquecido território no cume de Moçambique.

 

Com os militares já posicionados, os canhangulos em posição de mira, é quando o Coronel que comandava as Unidades recebe a informação de que eram Forças Estrangeiras parceiras – isto é, depois de várias tentativas de informar, militarmente, em meio a falhanços, os especialistas foram recebidos e, meses depois, entraram, oficialmente, os 1000 homens.

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