(a propósito da nova estátua de Eduardo Mondlane)
Quando foi da primeira inauguração da estátua de Eduardo Mondlane, em 1989, estive no local. Lembro-me, ainda adolescente, ter acenado para os três filhos de Mondlane e sido correspondido com um sorriso da Chude Mondlane, a filha, ora falecida, do arquitecto da unidade nacional. Lembro-me ainda de ter ouvido na rádio, a propósito da inauguração da estátua, a Chude Mondlane, em deleite, dizer: “ É parecido com o Papai”.
Uns anos depois, por ai 2012 ou 2013, num encontro ocasional com a Chude Mondlane, no intervalo de uma conferência, fiz questão de lembrar a ela o aceno de 1989. Na resposta o mesmo sorriso. Um sorriso que hoje, 25 de Setembro de 2024, veio-me à memória, a propósito da inauguração da nova estátua de Mondlane, e junto a curiosidade em saber o que a Chude Mondlane, do além, terá dito para a rádio, depois de ver a nova estátua do seu pai?
Pelo que deu para ver e acompanhar da imprensa e das redes sociais, sobre a nova estátua do arquitecto da unidade nacional, tenho fé de que do além a Chude Mondlane terá dito: “Não é o Papai”. E assim fica sine-die adiado um novo aceno e um novo sorriso.