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terça-feira, 05 fevereiro 2019 05:57

Um pedaço de sossego chamado “Humula”

“Humula” é uma estância turística localizada na Praia de Bilene, um destino ainda  pouco explorado pelos nacionais. Nos corredores de “Humula”, um verdadeiro ‘paraíso’ de lazer, cruzam-se gentes, culturas e línguas de várias partes do mundo. A isso junta-se a beleza que a Praia de Bilene proporciona aos seus visitantes. À entrada de "Humula" podem ver-se diversas barreiras içadas que mostram como o local já é um eixo turístico global, onde o que mais impressiona são os cuidados que se teve na construção daquela infra-estrutura, adaptando-a às condições da natureza. 

 

“Humula” é, como diriam os entendidos na matéria, uma estância turística ecologicamente correcta, com 60 quartos que acolhem os que a procuram quando se deslocam à Praia de Bilene. Neste último longo fim-de-semana foi quase inevitável cruzar nos corredores de “Humula” com diversas personalidades conhecidas, como os casos de Oswaldo Petersburgo e Celso Correia, só para citar estes dois.

 

 As salas abertas e confortáveis de “Humula” justificam que este local seja também palco de vários seminários nacionais e internacionais. De lá é possível apreciar desde a ‘Esplanada Bela Vista’ à Praia de Bilene, com as suas águas cristalinas de um azul que causa admiração a todos os visitantes. “É um belo desenho da natureza”, confessaram, em surdina, alguns deles, em conversa com a “Carta”.

 

O administrador de “Humula”, Quessanias Matsombe, disse ao nosso jornal que aquela estância turística já é uma referência a nível mundial, o que se deve à sua localização onde o verde da natureza combina com as características da própria infra-estrutura. 

 

Matsombe referiu que muitos turistas visitam e hospedam-se no “Humula” por causa do ambiente calmo e natural que o espaço oferece. A questão que Quessanias Matsombe coloca é por que motivo muitos moçambicanos ainda procuram locais que pouco ou nada têm para oferecer, em vez de explorar os belos e virgens locais turísticos de que Moçambique é rico?” (S.R. em Bilene)

O Encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA, Bryan Hunt, e o Secretário Permanente do Ministério da Saúde, Zacarias Zindoga, inauguraram segunda-feira uma exposição sobre o Plano de Emergência do Presidente americano para o Alívio do Sida (PEPFAR). A exposição assinala o décimo quinto aniversário das actividades do PEPFAR em Moçambique. Aberta no Jardim Tunduro de Maputo, a exposição estará patente até meados de Fevereiro.  O Presidente do Conselho Municipal de Maputo, David Simango, também assistiu à inauguração.

 

A exposição consiste numa série de oito painéis que explicam os principais acontecimentos nos últimos quinze anos em relação ao HIV/SIDA em Moçambique.  O Jardim Tunduro gentilmente ofereceu-se para sedear a mostra. Através da exposição, a Missão dos E.U.A. espera informar o público e encorajar conversas sobre como o povo de Moçambique pode acabar com a epidemia do HIV/SIDA. 

No seu discurso, o Encarregado de Negócios, Bryan D. Hunt, disse: “As pessoas que vivem com o HIV não devem apenas iniciar o tratamento, mas também permanecer nele.  O HIV é uma doença crónica. A chave para controlá-lo em Moçambique será convencer os Moçambicanos que vivem com a doença a iniciar e aderir ao tratamento completo das terapias anti-retrovirais que os ajudarão a levar uma vida saudável e normal.  Para o efeito, esperamos continuar a trabalhar lado a lado com os nossos parceiros moçambicanos para controlar esta epidemia". 

 

No seu discurso, o Secretário Permanente do Ministério da Saúde, Zacarias Zindoga, disse: “Esforços combinados entre o Governo de Moçambique e os parceiros nacionais e internacionais, com destaque para o PEPFAR e o Fundo Global, permitiram-nos uma expansão substancial do acesso ao diagnóstico e tratamento do HIV, com maior destaque para o período compreendido entre 2013 e 2018, no qual o total de unidades sanitárias a oferecer o tratamento antir-retroviral (TARV) aumentou quatro vezes e o número de pessoas a receberem gratuitamente o tratamento aumentou três vezes". (Carta)

 

quarta-feira, 30 janeiro 2019 07:19

Jovens capacitados pela “Field Ready”

Cerca de 90 jovens vão iniciar, nos próximos dias, a penúltima fase de capacitação para trabalhar em várias áreas do sector industrial em Moçambique. A ideia surge no âmbito do programa “Field Ready”, que tem como principal objectivo sorver maior número de mão-de-obra local para os sectores de petróleo e gás.

 

O processo arrancou no ano passado onde mais de 350, rapazes e raparigas, cursantes de engenharias em todo o país inscreveram-se para um total de 50 vagas, após terem passado por cinco estágios de selecção. Nas próximas 32 semanas serão escolhidos técnicos de melhor qualidade e farão parte do primeiro grupo formado por este programa.

 

Na primeira fase, o programa será implementado nas províncias de Nampula e de Maputo, através dos Institutos Industriais e Comerciais de Nampula e da Matola, respectivamente. O programa prevê abranger somente, estudantes de engenharia, do nível médio e superior, que frequentam as áreas de electrónica, mecânica e higiene e segurança no trabalho. “Todos serão capacitados, também, em inglês técnico, tida como a língua oficial nessa indústria”, disse Gilberto Botas, presidente da Autoridade Nacional de Educação Profissional.

 

Por outro lado, o Ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-Profissional, Jorge Nhambiu, disse que a abertura de empresas mineradoras é um sinal claro para que estes formandos empenhem-se para melhorar a qualidade dos técnicos moçambicanos. Esta informação foi facultada, ontem, em Maputo, na cerimónia de abertura do seminário da aliança dos parceiros corporativos governamentais do programa “Field Ready” Moçambique. (M.A.) 

terça-feira, 29 janeiro 2019 07:28

Parentes de Abubacar impedidos de visitá-lo

amade jornalista

Um parente directo do jornalista Amade Abubacar, que acompanha o processo da sua detenção desde o primeiro dia, afirmou, em contacto com “Carta”, que as visitas ao jornalista têm sido impedidas pelas autoridades policiais. Os motivos dessa atitude por parte dos policiais, segundo o familiar, não são revelados. “Hoje fui tentar visitar o Abubacar, mas foi-me dito que não seria possível. Tentei insistir, mas a resposta foi sempre negativa”, disse-nos um parente. 

Os familiares do jornalista mostram-se preocupados, pois o advogado é o único a quem é autorizada o acesso a Abubacar. “Mesmo a comida que levamos não chega até ele. Quando perguntamos dizem que têm ordens superiores para não permitir visitas”, sublinha um parente. “Carta” soube que este cenário transformou-se em “normal” desde a transferência do jornalista de Macomia para Pemba.

 

Amade Abubacar está detido há mais de três semanas, acusado de violação de segredo de Estado e de instigação pública a um crime com recurso a meios informáticos. Há dias o jornalista revelou à Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Moçambique que foi torturado aquando da sua detenção pelas forças militares. Para além de tortura física, o jornalista disse sofreu na cadeia de Macomia situações sérias de fome.

 

Amade Abubacar foi detido no distrito de Macomia, no dia 5 de Janeiro depois de ter permanecido num quartel militar durante cerca de 10 dias. A sua detenção foi formalizada e, de seguida, foi transferido para Mieze, a maior penitenciária da província de Cabo Delgado, onde aguarda pelo seu julgamento. 

 

Sublinhe-se que várias organizações nacionais e internacionais consideram a detenção do jornalista um atentado à liberdade de imprensa. Muito recentemente, jornalistas da África ocidental mostraram-se solidários com Abubacar. (S.R.)

A Universidade Pedagógica (UP) e a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) assinaram ontem em Maputo um Memorando de Entendimento para cooperar no domínio da extensão universitária, estágio e capacitação técnico-profissional, pesquisa, inovação e transferência de tecnologia. 

 

Falando na ocasião, o reitor da UP, Jorge Ferrão, disse que, com o referido memorando, a sua instituição pretende colaborar com a CTA na elaboração de projectos de extensão universitária em vários domínios, sobretudo nas matérias de interesse do sector privado, bem como viabilizar a realização de estágios técnico-profissionais. Outro objectivo do memorando é fornecer ao empresariado cursos de curta duração para capacitação técnica.

 

A UP pretende ainda, no âmbito do mesmo acordo, potenciar o seu lado empresarial através de incubadoras de negócios, bem como de pequenas e médias empresas como "star-ups". Outra pretensão da UP, ainda de acordo com o reitor, é a comercialização e atribuição de patentes, identificação das aéreas de formação prioritárias, com impacto na vida do cidadão, organização de fóruns para consulta e assessoria entre o sector privado e a Universidade.

 

Para o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, o memorando rubricado é reflexo do aprofundamento das relações entre aquela entidade e a UP. Vuma disse esperar que as acções a serem desenvolvidas nesse âmbito melhorem o desempenho do país no “doing business”, através da melhoria do ambiente de negócios. (Evaristo Chilingue)

sexta-feira, 25 janeiro 2019 07:49

Novo Director do SERNIC reduziu corrupção na DIC

Domingos Jofana, o novo director do Serviço Nacional de Investigação Criminal (o Sernic) tem a imagem de um homem competente e comprometido com a transparência, de acordo com fontes policiais ouvidas por esta publicação. Ele é um polícia de carreira com formação em Direito na UEM, curso concluído em meados dos anos 2000.

 

Antes de ser nomeado director do Sernic, Jofana era o responsável máximo na Direção de Identificação Civil (DIC), onde terá desmontado esquemas de corrupção relacionados com a emissão de Bilhetes de Identidade (BI's) para cidadãos que nasceram em Moçambique, filhos de pais estrangeiros, mas que nunca renunciaram à nacionalidade moçambicana – acabavam tendo BI's quando não deviam. O esquema estava generalizado e era uma das principais fontes de corrupção na DIC. Jofana mudou o cenário para melhor, reduzindo as negociatas.

 

Agora no Sernic, Jofana tem outros desafios. O principal é o de acelerar a transição institucional visando o estabelecimento completo do braço de investigação da Polícia, que há dois anos herdou as atribuições e aparato da antiga Policia de Investigação Criminal (PIC). O antigo Director do Sernic, Ilídio Miguel, estava à frente desse processo, mas o nível de insatisfação dos cerca de seus 3 000 agentes em todo o pais era enorme, sobretudo em relação à atribuição das novas categorias profissionais do quadro institucional do Sernic. 

 

Depois há que fazer a aceleração da alocação de meios para a investigação e garantir que a autonomia financeira e patrimonial do Sernic vá para além do papel. Jofona tem como seu adjunto outro polícia de carreira, também com formação em Direito, Fernando Tsucana.(Carta)