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São todos moçambicanos os 20 jovens formados na capital da Etiópia, Adis Abeba, para serem assistentes de bordo da prestigiada companhia aérea etíope Ethiopian Airlines. Daquele número, 10 são do sexo masculino, e idêntico número de mulheres. A formação, com a duração de dois meses, terminou nesta semana. Os assistentes de bordo moçambicanos da ET regressaram esta quarta-feira da Maputo. Os recém-formados reconhecem que o curso foi uma mais-valia para eles e para a empresa.

 

“Carta” colheu as opiniões dos formados, ainda ‘frescos’. Todos eles disseram estar orgulhosos pelo feito, e tinham como palavra de ordem: “Estamos preparados”. Neide Sabino, natural de Maputo, destacou os conhecimentos que adquiriu e garante que será uma hospedeira de qualidade. “Foi muito bom, uma experiência única. Foi muito bom saber como devem ser tratados os passageiros. Aprendemos também a salvar vidas”, disse Neide, ainda que as suas palavras não conseguissem dissimular a emoção cravada no seu rosto.,

 

Também Fiuza Omar, outra hospedeira recém-formada em Adis Abeba durante dois intensos meses, afirmou que “foi uma experiência única que me permitiu aprender muita coisa que não sabia. É muito gratificante saber que sou uma moçambicana que vai trabalhar com a Ethiopian Airlines…Não há explicação para tal”.

 

O realizar de um sonho

 

A formação dos 20 jovens moçambicanos foi o realizar de um sonho para alguns deles. Há os que sempre sonharam acompanhar de perto tudo o que acontece no avião quando descola e aterra. Tal é o caso de Lacson Francisco Taimo, que reconheceu que era seu sonho seguir essa profissão ‘das nuvens’. “Somos o mais novo grupo Ethiopian Airlines em Moçambique, e isso enche-nos de orgulho e responsabilidade. 

 

Estamos todos emocionados pela recepção que estamos a ver agora. Foi uma formação que nos permite saber mais sobre esse trabalho, e esperamos, todos, provar a qualidade moçambicana. A qualidade é a principal característica dessa grande companhia em África. Foi um sonho que se tornou realidade”, disse o jovem Taimo. Os jovens moçambicanos já estão a voar para os vários destinos da ET em Moçambique. (Carta)

A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e o Ministério da Indústria e Comércio (MIC) rubricaram ontem em Maputo um Memorando de Entendimento,  através do qual comprometem-se a cooperar nos domínios da Indústria e Comércio, para benefício de ambas instituições. 

 

No âmbito deste acordo com vigência de 5 anos, as partes deverão de entre vários sectores cooperar na elaboração de estudos nas áreas da indústria e comércio, bem como análise do funcionamento do sector da indústria e comércio, propondo medidas adequadas para a promoção, modernização e desenvolvimento da área. Com o memorando em causa, a UEM e MIC pretendem assegurar o aumento da eficiência e competitividade do sector industrial e comercial no país, conceber e desenhar projectos industriais e comerciais, bem como elaborar estudos de pré-viabilidade económico-financeira. 

 

No conjunto das acções a serem levadas a cabo no contexto deste acordo, consta a prestação de assistência técnica entre a UEM e o MIC, para além da formação e capacitação de quadros em matérias específicas, elaboração de estratégias para a promoção e desenvolvimento das micro, pequenas e médias empresas.   No acto da assinatura do memorando, os representantes das duas instituições comprometeram-se a elevar os seus esforços para continuar a conceber soluções inovadoras, sustentáveis e eficazes para potenciar ainda mais estes sectores.

 

Experiência acumulada no MIC

 

Em termos de benefícios, o reitor da UEM, Orlando Quilambo, disse esperar que a instituição que dirige aproveite a experiência acumulada no MIC para reforçar os seus curricula e aproximar-se ainda mais ao sector produtivo do país. Quilambo referiu ainda que a UEM também deverá aproveitar a experiência acumulada no MIC para promover a extensão universitária com impacto transformador na sociedade.

 

Tomada de decisões ‘ad hoc’

 

O titular da pasta da Indústria e Comércio, Ragendra de Sousa, disse esperar que o memorando contribuía para que o seu Ministério ultrapasse vários desafios nas áreas comercial e industrial, sublinhando que mesmo com vários quadros algumas das decisões que toma ainda são do tipo ‘ad hoc’. De Sousa acrescentou estar na expectativa de que o acordo com a UEM permita maior participação dos moçambicanos recém-formados no sector do comércio, assim como das indústrias, maioritariamente de capitais estrangeiros. (Evaristo Chilingue)

Dez anos após a introdução do regulamento de transportes em veículos automóveis e reboques, o Governo revogou o Decreto nº 11/2009, de 29 de Maio, e aprovou um novo que, segundo Carlos Mesquita, Ministro dos Transportes e Comunicação (MTC), visa responder aos “desafios actuais” do sector que dirige, bem como às exigências dos diferentes actores que se movimentam a área dos transportes.

 

Esta informação foi veiculada pelo próprio ministro dos Transportes e Comunicações durante o encontro que manteve com os órgãos de comunicação social no final da sessão ordinária desta terça-feira (26) do Conselho de Ministros. Segundo Mesquita, um dos principais objectivos da aprovação do novo regulamento, que estabelece um novo regime jurídico para o exercício da actividade de transportes em veículos automóveis e reboques, é a simplificação dos procedimentos na actividade do transporte rodoviário, como forma de garantir segurança e conforto na mobilidade de pessoas e bens.

 

Entre as inovações que o novo regulamento traz destaca-se a introdução do Boletim de Viagem, Licença Ocasional para Pessoas Particulares que pretendam transportar bens e serviços, Instituição da Figura de “Vigilante nos Transportes Escolares (que usará uma camisa cor amarela). Também serão introduzidas a informatização e sistematização de todos os dados dos veículos, bem como dos proprietários e condutores em todo o território nacional. Para além destas inovações, ainda de acordo com Carlos Mesquita, os automóveis de 15 lugares que percorrem distâncias abaixo de 600 km não precisarão de possuir licenças.(Omardine Omar)

O Standard Bank e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) analisaram, recentemente, em Maputo, com os empresários chineses que operam em Moçambique, as oportunidades de negócio que o nosso País oferece, assim como identificaram soluções que permitam uma melhor disponibilização do conhecimento ao serviço dos investidores.

 

Promovido pelo Standard Bank, sob o lema “Elevando a parceria China-Moçambique a novos patamares”, o workshop coincidiu com o culminar das celebrações do ano novo chinês, o ano do Porco, e constituiu, também, uma janela de oportunidades para os agentes económicos moçambicanos interessados em explorar as oportunidades existentes no corredor China-Moçambique.

 

No encontro, o administrador delegado do Standard Bank, Chuma Nwokocha, enalteceu a parceria que esta instituição bancária mantém com o ICBC, há 10 anos: “Ao longo deste período, temos cooperado em várias iniciativas, tanto em Moçambique como em todo o continente africano, para impulsionar o comércio entre os povos”, disse.

 

Fruto dessa parceria, conforme sublinhou Chuma Nwokocha, o Standard Bank criou, no ano passado, oportunidades de interacção entre empresários moçambicanos e chineses, através das conferências transregionais realizadas na Nígeria e, na Ásia, na cimeira de Beijing.

 

“Estas conferências transregionais resultaram no estabelecimento de várias parcerias, avaliadas em mais de 60 biliões de dólares norte-americanos, entre empresários dos dois continentes”, frisou o administrador delegado destacando que o Standard Bank está bastante focado no desenvolvimento de Moçambique.

 

Num outro desenvolvimento, o gestor sénior do Standard Bank considerou que o banco que dirige constitui a casa dos empresários chineses em Moçambique, razão pela qual o banco criou, na sua sede, em Maputo, um espaço especialmente dedicado ao atendimento de empresários chineses.

 

“O atendimento é feito por gestores oriundos da China e com conhecimentos profundos da cultura chinesa. Estes têm larga experiência bancária e estão aptos para oferecer o melhor aconselhamento empresarial, bem como indicar as soluções financeiras mais ajustadas às necessidades de cada investidor chinês”, sustentou.

 

Em 2008, o Banco Industrial e Comercial da China tornou-se no maior accionista do Grupo Standard Bank, com 20 por cento de acções.

 

Sun Gang, representante adjunto do ICBC, indicou que o banco chinês teve um papel preponderante no financiamento de um importante projecto ligado ao sector do gás natural liquefeito, em Moçambique.

 

Para Sun Gang, existe uma série de oportunidades de negócio para a comunidade empresarial chinesa em Moçambique: “O sector do Petróleo e Gás constituiu uma grande oportunidade, mas também pretendemos ajudar no desenvolvimento de negócios nas áreas de Energia e Infraestruturas”, indicou, acrescentando que “temos um grande número de investidores chineses em Moçambique e juntámo-nos ao Standard Bank, para que consigamos financiar os seus projectos e, desta forma, comparticipar no crescimento de Moçambique”.(FDS)

O fornecimento de água à região norte da cidade de Maputo está a ser feito a partir do Centro Distribuidor (CD) de Intaka, no município da Matola, abastecido por um grande potencial de água subterrânea, composto por 12 furos de captação, com uma capacidade média de 50 metros cúbicos, por hora, cada.

 

De acordo com José Barata Henriques, director de Projectos da empresa Águas da Região de Maputo (AdeM), esta iniciativa visa aliviar a sobrecarga do principal sistema de abastecimento de água às cidades de Maputo e Matola e a vila de Boane, a partir do Rio Umbelúzi.

 

Trata-se, conforme explicou o director de projectos, de uma solução identificada no contexto da gestão da escassez da água na barragem dos Pequenos Libombos, de onde sai a água que vai à Estação de Tratamento de Água de Umbelúzi, devido à seca que se regista nos últimos anos.

 

“A conexão de conduta de Intaka reforça a capacidade de abastecimento da zona norte da cidade de Maputo, ao longo da Estrada Nacional Número Um, nomeadamente os bairros Jorge Dimitrov, Bagamoio, 25 de Junho, Inhagóia, até ao bairro do Jardim”, referiu José Barata Henriques.

 

Refira-se que já iniciaram os trabalhos de conexão da conduta de 500 mm à conduta de 350 mm, o que vai alargar o número de clientes abastecidos a partir do CD de Intaka.

 

O gestor da Águas da Região de Maputo garantiu, ainda, existirem furos de captação suficientes para alimentar o Centro Distribuidor de Intaka, estando ainda prevista a abertura de mais furos, para abastecer o norte da capital, de modo a reduzir a área de influência da linha mãe.

 

“Esta é uma das várias soluções encontradas para a melhoria do abastecimento de água à cidade de Maputo, sendo que neste momento estão operacionais 12 furos, com uma capacidade média de 50 metros cúbicos, por hora, cada, de um total de 18”, indicou, ajuntando que uma parte dos furos está ainda a ser equipada.

 

Para já, a empresa está a operar num período que lhe permite abastecer cerca de sete mil ligações a norte da cidade de Maputo, com uma média de distribuição de 600 metros cúbicos, por hora. Por enquanto, decorrem as obras de construção da linha de transporte de água para a zona do bairro do Jardim, que passará a ser abastecida a partir do Centro Distribuidor de Intaka.

 

Importa realçar que a empresa Águas da Região de Maputo, lançou, recentemente, a campanha de sensibilização para o uso racional de água, como resposta à crise de água que se regista na cidade de Maputo, e que forçou a redução do fornecimento do precioso líquido de 12 horas para seis horas por dia.(FDS)

“Futuro Esperança” é o nome de um projecto da Fundação Soico (FUNDASO) abrangendo crianças portadoras de deficiência e necessitando de cuidados especiais, entre outras desfavorecidas e em situação de vulnerabilidade, lançado esta quinta-feira (21) na KaTembe numa concorrida cerimónia presidida pelo Presidente da República, Filipe Nyusi.

 

Na essência, o principal objectivo do projecto da FUNDASO é promover oportunidades de desenvolvimento humano e social para crianças desfavorecidas, vulneráveis, com dificuldades intelectuais e de desenvolvimento. Através da iniciativa pretende-se juntar esforços para que mais crianças tenham acesso à educação, ao registo de nascimento. Também pretende-se a redução dos altos índices de desnutrição e outras enfermidades que afectam milhares de crianças no país, para além do aumento das potencialidades cognitivas e de crescimento dos petizes.

 

Doações em dinheiro e alimentos

 

O projecto da Fundação Soico incluirá campanhas de sensibilização, mobilizando doações em valores monetários e alimentos, feitos pela sociedade civil e também por empresas, para permitir apoio a diferentes áreas como desporto, cultura, cidadania e inclusão, desenvolvidas por associações locais espalhadas por todo o país. Outra finalidade da iniciativa é criar oportunidades de desenvolvimento como bolsas de estudo, planos de assistência médica, projectos de geração de renda, entre outras.

 

Vida saudável e bem-estar para todos

 

A FUNDASO criou o respectivo programa com base nos sete objectivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas (ONU), um dos quais visa assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. (Marta Afonso)