A vila-sede do distrito da Massinga, província de Inhambane, acordou diferente, na passada segunda-feira, porque as togas negras conferiam um colorido académico às ruas e praças da vila. São 191 graduados que terminaram os estudos de licenciatura, na agora denominada extensão da Massinga, da Universidade Save (UniSave).
Esta graduação marca o fim de um ciclo de certificação com o Diploma da Universidade Pedagógica (UP), e início de uma nova era. Um novo percurso, em que as novas cinco Universidades resultantes da divisão da UP, entre elas a UniSave, iniciam a sua caminhada e, no próximo ano lectivo, farão, certamente, as graduações com a própria chancela.
A Universidade Politécnica promoveu, na sexta-feira, 26 de Julho, em Maputo, a “Festa da Dança Tradicional”, uma exaltação da cultura moçambicana, organizada pela Unidade de Extensão Universitária (UEU).
O evento, que envolveu mais de 50 jovens artistas, em representação de vários grupos da dança tradicional, tinha como objectivo a colecta de material escolar a ser doado aos alunos da Escola Primária Completa (EPC) 25 de Junho - Rua 7. Esta actividade insere-se no âmbito da parceria Público-Privada, assinada pelo Instituto Superior Politécnico Lda. e o Conselho Municipal da Cidade de Maputo para a gestão de cinco Escolas Primárias do Município de Maputo, e contribuiu igualmente para o resgate da identidade cultural.
A Reserva Nacional do Niassa, a maior área protegida do país, conta, desde o presente mês, com um Centro de Vigilância, cujo objectivo é reforçar a capacidade operativa e de monitorização da fauna bravia naquela área de conservação. A informação foi avançada pela Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), numa nota a que o nosso Jornal teve acesso.
De acordo com a ANAC, a infra-estrutura, que ocupa uma área de 111.72 m², está orçada em 6.7 milhões de Mts, desembolsados pelo governo do Japão, no âmbito do Programa de Monitoria do Abate Ilegal do Elefante, implementado no quadro da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (CITES).
No entanto, segundo o comunicado, Mateus Mutemba, Director-Geral da ANAC, afirma que o nosso país, à semelhança de vários países do mundo, tem registado incidências significativas de casos de comércio ilegal de produtos de flora e fauna bravia e casos de caça furtiva de espécies emblemáticas, sobretudo em áreas de conservação localizadas em zonas fronteiriças, tal o caso da Reserva Nacional do Niassa.
Segundo Mutemba, a situação fez com que o governo estabelecesse parcerias com instituições Intergovernamentais e Organizações Não-Governamentais (ONG) ligadas à conservação da biodiversidade, para assistência nos assuntos técnicos de gestão faunística.
Refira-se que o Centro de Vigilância, ora edificado, foi construído pelo governo japonês, que na última conferência internacional sobre o combate ao comércio ilegal de produtos de Fauna, realizado em Londres, na Inglaterra, em Fevereiro de 2014, comprometeu-se a canalizar fundos para a construção e equipamento de infra-estruturas para a monitoria da fauna.
Acrescentando, Mutemba disse que o desafio actual para a Reserva Nacional do Niassa passa por expandir a rede de comunicação via rádio e a rede das infra-estruturas da sede, onde está prevista a construção de uma nova sala de operações, postos de fiscalização, escritórios e dormitórios para fiscais. Para tal, garantiu a fonte, está em curso um trabalho de mobilização de recursos financeiros para a fortificação da segurança na Reserva do Niassa.
Também citado pela nota, o Embaixador do Japão em Moçambique, Toshio Ikeda, afirmou que o seu país está disposto a trabalhar, no sentido de fortalecer a cooperação com a comunidade internacional e com Moçambique, em particular, para a eliminação da caça ilegal de animais selvagens.
Contudo, desde Junho de 2018 que o abate ilegal de elefantes foi estancado na Reserva Nacional do Niassa, devido ao fenómeno da insurgência que se vive na província de Cabo Delgado, segundo o especialista Alastair Nelson. Este facto fez com que o executivo de Filipe Nyusi mobilizasse as Forças de Defesa e Segurança para alguns distritos limítrofes com a Reserva Nacional do Niassa. (Omardine Omar)
A diversificação da economia do País e a introdução de reformas com vista ao seu crescimento sustentável constituem os temas que vão dominar os debates da quarta edição da Cimeira Financial Times em Moçambique, a ter lugar no dia 11 de Setembro próximo, na cidade de Maputo, e que conta com o apoio do Standard Bank.
Trata-se de um evento que vai reunir ministros de sectores estratégicos, actores políticos e empresários nacionais e internacionais, e que acontece numa altura em que o País se prepara para receber grandes volumes de investimento associados à exploração do gás na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.
A empresa Águas da Região de Maputo (AdeM) garantiu, na quinta-feira, 25 de Julho, o incremento e fornecimento ininterrupto de água, para 35 empresas que operam no Parque Industrial de Beleluane, passando dos actuais 500 para 1.500 metros cúbicos de água por dia, abrangendo igualmente as comunidades de Jonasse e Djuba, na Vila autárquica de Boane, na província de Maputo.
Esta informação foi tornada pública por Elias Machava, presidente do Conselho de Administração (PCA) da AdeM, durante uma visita afectuada às obras em curso, no Parque Industrial de Beleluane, tendo na ocasião, constatado com satisfação a melhoria na distribuição de água a partir do centro da Matola-Rio.
“A conversa que tivemos com a administração do parque dá-nos a indicação de que, como resultado desta intervenção, há condições neste momento para desenvolver outras indústrias e atrair novas empresas para o Parque Industrial de Beleluane”, referiu o PCA.
Por sua vez, Onório Boane, director geral-adjunto do Parque Industrial de Beleluane, disse que o projecto tem um grande impacto, porque anteriormente as restrições comprometiam a indústria, devido à falta da água bruta ou potável para o consumo.
Com o incremento, conforme destacou o director geral-adjunto do parque, as empresas já estabelecidas poderão aumentar a sua produção e colocar o parque na posição de atrair mais investidores.
“Nós, aqui no parque, somos multi-sectoriais, isto é, cada actividade tem as suas especificidades. Existem aquelas actividades para as quais a água é matéria-prima, como a produção de alumínio e outras de processamento alimentar que precisam de água. Sem a água estávamos condicionados”, frisou Onório Boane.
Importa referir que o Centro Distribuidor da Matola-Rio beneficiou, recentemente, de obras de reparação e abastece os 44 bairros da autarquia da Matola e Vila Autárquica de Boane, como Jonasse e Djuba.(FDS)