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Actualizado de Segunda a Sexta

terça-feira, 20 abril 2021 09:23

Governo reafirma aposta na industrialização sobretudo no ramo agrário

Em representação do Governo, o Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, disse, esta segunda-feira (19), em Maputo, que o Executivo de que faz parte continua comprometido na promoção e desenvolvimento da industrialização, sobretudo na cadeia de valor da agricultura, em que tem vindo a apostar no agro‑processamento de modo a fortalecer as ligações entre este sector e a indústria, contribuindo para a redução de perdas pós‑colheita e melhorando a conservação e qualidade dos produtos agrários.

 

Procedendo à abertura do Seminário Económico sobre Industrialização, Do Rosário afirmou que, com a promoção da industrialização, o Governo pretende criar condições para que o país aumente a produção de produtos manufacturados de maior valor acrescentado e deixe de depender da produção de produtos primários.

 

“A industrialização proporciona, igualmente, oportunidades para o aumento da exportação de produtos manufacturados e substituição na importação destes produtos, gerando ganhos e poupança em moeda externa. Acreditamos que ao promover a industrialização estaremos a diversificar a nossa economia, dinamizar a transformação local dos recursos naturais, gerar mais oportunidades de emprego e renda, sobretudo para jovens e mulheres”, disse o Primeiro-ministro.

 

Para dinamizar o processo de industrialização no nosso país, Do Rosário disse que o Governo reafirma o seu compromisso de continuar a aprimorar as políticas fiscais, monetárias e sectoriais, visando facilitar a realização de investimento nacional e estrangeiro.

 

Discursando na ocasião, o Presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA), Agostinho Vuma, anotou que a indústria manufactureira tem apresentado decréscimos significativos nos últimos 10 anos, sendo que, em 2017, a sua contribuição no Produto Interno Bruto (PIB) foi de 8,7%, contra 11,8% registado em 2008.

 

Segundo Vuma, actualmente, a indústria transformadora vale menos de 8% do PIB nacional, quando deveria valer mais do dobro para evitarmos comprar cerca de 70% do que consumimos.

 

“Pretendemos que esta seja uma ocasião para reflexão sobre os factores que têm impulsionado a desaceleração das empresas, quer os ligados aos altos custos operacionais e os relacionados à disponibilidade de financiamento ajustado à realidade do sector”, disse Vuma.

 

De entre vários factores que têm afectado a competitividade da indústria manufactureira moçambicana, destacam-se o custo das matérias-primas, o custo de capital e o custo de energia. A estes factores, acrescentou Vuma, adicionavam-se mais dois, nomeadamente o acesso ao mercado e a disponibilidade de força de trabalho habilitada para as necessidades específicas da indústria transformadora. Para reverter esse quadro, o Presidente da CTA propôs melhorias ao Governo. (Evaristo Chilingue)

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