Mesmo com maior procura da corrente eléctrica no país, visto que o nível de electrificação nacional ainda é baixo (apenas 32 por cento), a empresa Electricidade de Moçambique (EDM) vai retomar a venda da energia eléctrica ao Botswana, depois de, em meados de 2017, ter parado de exportar, por aquele país ter melhorado a produção e fornecimento interno de energia. O acordo de venda tinha sido assinado, em 2003.
A informação foi tornada pública, esta quarta-feira, pelo Director-geral de Operações do Sistema e Mercados na EDM, Adérito Sousa, tendo explicado que o novo contrato, com duração de cinco meses, resulta do pedido do Presidente do Botswana, durante uma visita de Estado a Moçambique, realizada em finais do ano passado.
Assim, no actual contrato, a EDM vai exportar para o Botswana, durante os próximos cinco meses, 70 Megawatts e espera lucrar 5 milhões de USD por mês.
“Com efeito, a EDM e BPC (empresa nacional de electricidade do Botswana) foram mandatadas a iniciar contactos e negociações e, em Abril passado, concluíram o acordo que prevalecerá entre Maio a Setembro deste ano”, disse Sousa.
Findos os cinco meses, o Director-geral de Operações do Sistema e Mercados na EDM disse estar previsto o prolongamento do acordo a partir de Abril de 2020 por dois anos. O prolongamento, justificou Sousa, visa suprir o défice de energia naquele país, enquanto a BPC reabilita suas centrais.
Durante os dois anos, “a empresa de electricidade daquele país solicitou-nos que continuemos a fornecer energia a partir de Abril e incrementando a quantidade de energia para 150 Megawatts”, disse Sousa.
Este será o segundo contrato bilateral que a EDM assina com um país da África Austral, depois do Reino de Lesotho. (Evaristo Chilingue)