A petrolífera italiana Eni vai aumentar a presença na prospeção de petróleo e gás em Moçambique, ao comprar uma fatia de um consórcio explorador liderado pela Exxon Mobil, anunciou hoje a empresa.
"Com esta aquisição, a Eni reforça ainda mais a sua presença em Moçambique, um país de importância estratégica para a empresa", anunciou, em comunicado, a petrolífera italiana.
A Eni adquiriu à Exxon Mobil 10% de participação num consórcio que vai fazer pesquisas nos blocos em mar (offshore) A5-B, Z5-C e Z5-D das bacias de Angoche e Zambeze.
A participação passa assim estar dividida da seguinte forma: ExxonMobil 40%, Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) 20%, Rosneft 20%, Qatar Petroleum 10% e ENI 10%.
A Eni já liderava um outro consórcio que ganhou a licença de prospeção do bloco A5-A (adjacente ao A5-B) com uma participação de 59,5%, tendo como parceiros a Sasol (25,5%) e a ENH (15%).
A petrolífera italiana tem pendente um acordo par entregar à Qatar Petroleum uma participação de 25,5% no Bloco A5-A, reduzindo as ações da Eni para 34%.
"A Eni está presente em Moçambique desde 2006", realça a empresa no comunicado, recordando a aquisição de uma participação na Área 4, localizada no mar da bacia do Rovuma, na parte norte do país.
"Entre 2011 e 2014, a Eni descobriu recursos supergigantes de gás natural na bacia do Rovuma, nos campos Coral, Mamba e Agulha, com uma capacidade de produção estimada em 2.400 bilhões de metros cúbicos de gás" e que deverá arrancar em 2022.(Lusa)