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terça-feira, 28 janeiro 2025 15:35

Governo vai pagar 50% do 13º salário a todos funcionários, excepto governantes

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Podem começar a “respirar de alívio” os Funcionários e Agentes do Estado em relação ao pagamento ou não do seu 13º vencimento referente ao ano de 2024. Hoje, o porta-voz do Governo garantiu que o Ministério das Finanças vai pagar, em Fevereiro, o 13º salário de todos funcionários e agentes do Estado, assim como dos pensionistas do Estado.

 

Falando à saída da II Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, que teve lugar esta terça-feira, o Ministro da Administração Estatal e Função Pública, Inocêncio Impissa, afirmou que o Executivo vai pagar, à cada funcionário e agente de Estado, um valor correspondente a 50% do salário base, enquanto os pensionistas vão receber o valor na totalidade. O dinheiro será transferido em uma e única tranche, no mês de Fevereiro.

 

Entretanto, segundo Inocêncio Impissa, a medida não abrange os membros do Governo, os deputados, governadores provinciais, secretários de Estado e membros do Conselho de Administração das instituições da administração directa e/ou indirecta do Estado, cujos vencimentos são pagos com base no Orçamento do Estado.

 

Segundo Impissa, a decisão de pagar o 13º salário “reflete um esforço do Governo perante a situação de constrangimentos financeiros decorrentes do baixo nível de cobrança de receitas do Estado nos últimos três meses de 2024”, em consequência das manifestações populares, convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane e que saldaram em mais de 300 mortos e destruição de infra-estruturas públicas e privadas.

 

“O Governo continua a envidar esforços para garantir o pagamento de horas extras dos funcionários e das dívidas com fornecedores de bens e serviços ao Estado”, acrescentou a fonte.

 

Refira-se que o ex-Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, havia anunciado a incapacidade do Executivo de Filipe Jacinto Nyusi de pagar o 13º salário por falta de dinheiro, uma decisão que levou os Funcionários e Agentes do Estado a convocar uma greve geral, cujo impacto sentiu-se, em grande medida, nos sectores da saúde e educação, com diversos profissionais a paralisar as suas actividades. (Carta)

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