As autoridades de fiscalização de pescado apreenderam pouco mais de 700 kg de camarão, na última terça-feira (22), quando estava a ser descarregado para a sua comercialização, no bairro de Muahivire-Expansão, na cidade de Nampula, província com o mesmo nome.

O marisco foi capturado nas praias do distrito costeiro de Moma, numa altura em que as autoridades governamentais, através do Ministério do Mar, Águas Interiores decretou o período de veda de pesca do camarão de superfície e do caranguejo do mangal em todas as províncias costeiras entre 1 de Novembro e 14 de Março do próximo ano.

Esta é a primeira vez que o sector de fiscalização de pescado, nos Serviços Provinciais de Actividades Económicas em Nampula, apreende mariscos do género desde que se decretou o período de veda.

O coordenador de fiscalização da pesca, nos Serviços Provinciais de Actividades Económicas em Nampula, Zebedeu Gouveia, disse que a apreensão daquele marisco aconteceu em plena actividade de fiscalização rotineira, em que os fiscais surpreenderam indivíduos descarregando seis cestos, que no total continham cerca de 700 quilogramas de camarão.

Aliás, no âmbito da fiscalização que culminou com a apreensão do camarão, foram inspeccionadas, desde as primeiras horas desta terça-feira, cerca de 50 viaturas. Desde o momento em que se decreta o período de veda, fica interdita a pesca, usando a arte de arrasto, o transporte e a comercialização de todas as espécies marinhas vedadas. 

“Os indivíduos que estavam na posse do camarão colocaram-se a monte, abandonando o seu produto”, disse a fonte. Gouveia disse que o Estado pode ter perdido cerca de 7 mil meticais, se a venda for calculada em 100 meticais por cada quilograma.

Segundo a fonte, metade do camarão apreendido será vendido em hasta pública, a favor do Estado, e a outra será distribuída em estabelecimentos de caridade, nomeadamente, hospitais, centros de reclusão, entre outros.

Todavia, as autoridades pedem a colaboração dos cidadãos na denúncia de casos de pesca, transporte e comercialização ilegal de mariscos e asseguram que vão continuar a intensificar acções de fiscalização com vista a responsabilizar os infractores. (Carta)