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segunda-feira, 13 julho 2020 06:02

Baleamento de Agostinho Vuma: Autores continuam a monte

O passado sábado terminou de forma trágica na cidade capital, Maputo. Ao meio da tarde foi baleado o Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma.

 

O baleamento ocorreu à entrada da sua empresa, sita na Av. Josina Machel, defronte ao Balcão de Atendimento Único (BAU). Agostinho Vuma, contou uma testemunha, no caso o guarda do prédio, foi baleado quando saía do seu escritório. Após o baleamento, Agostinho Vuma foi transportado de urgência para o Instituto do Coração (ICOR), onde posteriormente foi submetido à intervenção cirúrgica.

 

A fonte narrou que Agostinho Vuma foi alvejado a tiros por dois indivíduos e que da boca do Presidente da CTA ouviu, antes de ser atingido pelos dois tiros, o nome “Salimo”. Os indivíduos que impiedosamente atiraram contra Agostinho Vuma não foram ainda identificados pelas autoridades policiais, sendo que as reais motivações continuam ainda no “segredo dos deuses”.

 

Agostinho Vuma foi baleado no maxilar e zona do peito. A situação clínica do Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique é descrita pelos médicos como sendo “reservada”, ou seja, inspira ainda cuidados. Este domingo, família, amigos e colegas deslocaram-se àquela unidade sanitária com objectivo de inteirar-se do seu estado.

 

O baleamento do timoneiro da agremiação empresarial chocou o país, com os vários seguimentos da sociedade moçambicana, primeiro, a condenar o acto macabro e, seguidamente, a exigir o esclarecimento célere e cabal do caso.

 

Na tarde deste domingo, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique quebrou o silêncio em torno do sucedido e, através de uma nota de imprensa, refere que o presidente foi alvo de um atentado cujos autores e motivações não são ainda conhecidos.

 

Sobre o estado de saúde de Agostinho Vuma, a organização avançou que continua a receber tratamentos médicos e apresentava um quadro clínico “controlado”. A organização deixou ainda garantia de que tornará pública qualquer informação sobre a evolução do estado clínico do presidente.

 

Ainda na tarde de ontem, “Carta” ouviu Leonel Muchina, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), a nível da cidade de Maputo. Ao nosso jornal, Muchina disse que o processo investigativo coordenado (com o Serviço Nacional de Investigação Criminal) prosseguia, sendo que os autores bem como as reais motivações permanecem desconhecidos. Muchina disse que o Presidente da CTA foi alvejado por disparos de uma pistola.

 

O porta-voz da corporação garantiu que todas as testemunhas, incluindo o guarda, que ouviram Agostinho Vuma a dizer “Salimo o que eu te fiz”, estão sob protecção. Proteger as testemunhas, vincou Muchina, faz parte do guião de actuação da polícia, devido à importância que desempenham para o esclarecimento cabal de um caso criminal.

 

Entretanto, importa salientar que, há dias, a CTA emitiu uma nota de imprensa em que repudiava o uso indevido do nome do Presidente da agremiação. Denunciava que alguém de má-fé enviava mensagens para personalidades usando o nome de Agostinho Vuma, nas quais solicitava empréstimos de valores monetários a serem enviados através de uma plataforma de pagamento electrónico. (Carta)

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