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Actualizado de Segunda a Sexta

sexta-feira, 03 janeiro 2020 05:56

Polícia moçambicana diz que violência armada no centro e norte do país "tende a ser controlada"

A Polícia da República de Moçambique (PRM) disse ontem que a violência armada no centro e norte do país "tende a ser controlada", reiterando a "prontidão" das Forças de Defesa e Segurança para conter incursões armadas naquelas regiões.

 

"Estas situações tendem a ser controladas e as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, das quais a polícia também faz parte, estão a trabalhar intensamente no sentido de combater os malfeitores", declarou o porta-voz do Comando Geral da PRM, Orlando Modumane.

 

Aquele responsável, que falava em Maputo durante uma conferência de imprensa de balanço do período da quadra festiva, reiterou a prontidão das autoridades moçambicanas nas operações para conter a violência naquelas regiões.

 

"As Forças de Defesa e Segurança estão a desdobrar-se em várias frentes no sentido de combater quer os malfeitores no norte quer alguns homens armados no centro do país", frisou.

 

Em causa está a violência armada em alguns pontos do norte e centro de Moçambique, especificamente em Cabo Delgado (norte), Sofala e Manica (centro), onde grupos armados têm protagonizado ataques contra viaturas civis, autoridades e aldeias.

 

No norte, na província de Cabo Delgado, os ataques de grupos armados desconhecidos eclodiram há dois anos e já provocaram pelo menos 300 mortos, além de deixar cerca de 60.000 pessoas afetadas ou obrigadas a abandonar as suas terras e locais de residência, de acordo com a mais recente revisão do plano global de ajuda humanitária das Nações Unidas.

 

Por outro lado, no centro do país, especificamente nas províncias de Sofala e Manica, grupos armados têm protagonizado ataques contra viaturas em dois dos principais corredores rodoviários moçambicanos, a Estrada Nacional 1 (EN1) e a Estrada Nacional 6 (EN6).

 

As incursões no centro do país já provocaram pelo menos 21 mortos desde agosto e são atribuídas pelas autoridades a um grupo de guerrilheiros decidentes do principal partido de oposição (Renamo) que permanecem na região liderados pelo general Mariano Nhongo, embora o partido oficialmente reitere que não está envolvido nos episódios e que Nhongo é um desertor. (Lusa)

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