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quarta-feira, 11 dezembro 2019 05:58

Ataques em Manica e Sofala: PGR instaurou 20 processos-crime contra homens armados da JMR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) instaurou 20 processos-crimes contra os homens armados da Junta Militar da Renamo, como forma de leva-los à barra do Tribunal para responderem pelos ataques protagonizados em alguns distritos das Província de Manica e Sofala, região centro de Moçambique.

 

A informação vem publicada na edição desta terça-feira do Jornal “Notícias”, citando uma fonte da PGR, que falou em anonimato. Segundo tal fonte, dada a situação de instabilidade que ainda prevalece na região centro, os investigadores da PGR e do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) estão a enfrentar dificuldades de mobilidade em busca de mais elementos de prova para fundamentar e concluir os processos abertos.

 

Entretanto, a fonte refere que “os peritos continuam no terreno a fazer o seu trabalho, facto que já permitiu a instauração de alguns processos com arguidos presos”. Os restantes processos foram instruídos contra desconhecidos. Segundo a fonte “os autores materiais existem, faltando descobrir os mandantes, neste caso os autores morais que estão por detrás destes ataques”.

 

De acordo com a mesma fonte, no caso dos seis supostos homens armados da Junta Militar da Renamo (JMR), detidos na Província da Zambézia, no passado dia 21 de Novembro, prosseguem investigações aprofundadas em busca da veracidade das revelações feitas aquando da sua apresentação pública (pelo vice-comandante da PRM, Timóteo Bernardo).

 

Na data, os seis supostos homens armados da JMR liderada pelo General Mariano Nyongo, terão apontado – como “mentores” das suas acções – alguns membros seniores da “Perdiz” como Ivone Soares, actual chefe da bancada, Manuel De Araújo, edil de Quelimane, Manuel Bissopo, ex-secretário-geral, Elias Dhlakama, segundo candidato mais votado no VI congresso da Renamo, António Muchanga, actual deputado da Assembleia da República (AR) e Sandura Ambrósio, deputado da AR pela Renamo.

 

No entanto, Ivone Soares, Elias Dhlakama e António Muchanga distanciaram-se das acusações. Soares, por exemplo, referiu que sempre que se envolveu em questões militares era para a pacificação do país.

 

Salientar que os ataques a nível das províncias de Manica e Sofala continuam a ocorrer diariamente, principalmente, ao longo das Estradas Nacionais (EN1 e EN6), tendo até ao momento ceifado a vida de 11 pessoas, destruído mais de dez viaturas e deixado vários feridos entre ligeiros e graves. (Carta)

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