Nos últimos oito meses, o Aeroporto Internacional de Maputo tornou-se num local de apreensão constante de drogas pesadas, entre elas, a heroína, cocaína, metafetaminas e, na última semana (15 de Agosto), de 70,6 quilogramas de “mira-seca”, um tipo de droga pouco comum no país.
A informação da apreensão da “mira-seca” foi partilhada, na última terça-feira (20), pelo Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), em mais um comunicado de imprensa semanal, método encontrado pela corporação para “fugir” das habituais questões incómodas dos jornalistas, a que estava submetida a cada terça-feira.
No comunicado, a PRM refere que a droga desembarcou num voo doméstico, mas sem especificar a proveniência. Acrescentou ainda que não conseguiu identificar o proprietário da bagagem, durante o desembarque.
Saliente-se que o tráfico de drogas, no país, já levou o Escritório das Nações Unidas Sobre Crime e Drogas (UNODC), a direccionar a sua atenção e recursos para o país, devido à preferência das organizações internacionais de crime transfronteiriço em usar Moçambique como corredor de drogas, sobretudo heroína e cocaína, proveniente do Afeganistão e outros países asiáticos, conforme constatou uma investigação da Organização Iniciativa Global contra o Crime Organizado Transnacional (GI TOC), divulgada em Abril do presente ano.
Sublinhe-se ainda que, nos últimos oito meses, mais de 200 quilogramas de cocaína, heroína e outras drogas foram apreendidas em diferentes pontos do país, com maior destaque para o Aeroporto Internacional de Maputo, onde já foram detidos em flagrante cidadãos brasileiros, norte-americanos, canadianos, tanzanianos e outros. (Omardine Omar)