De acordo com as fontes militares e civis da “Carta”, na última semana, concretamente entre os dias 07 e 10 de Agosto, houve mais 18 mortes, sendo 15 insurgentes, em Palma, e três civis, em Macomia, para além de terem sido incendiadas mais de 22 casas.
Segundo as fontes, os 15 insurgentes, todos do sexo masculino, foram abatidos mortalmente na madrugada do passado dia 07 de Agosto (quarta-feira), na aldeia Ntuleni, no distrito de Palma, num confronto militar com as FDS que durou mais de uma hora. As fontes relatam que, devido à intensificação do combate, as forças governamentais tiveram de recorrer aos engenhos explosivos. Aliás, a intensidade das explosões criou pânico nas aldeias vizinhas, nomeadamente Monjane, Olumbi e Maganja. Não há confirmação de baixas a nível das FDS.
As fontes garantem ainda que o ataque do passado dia 07 permitiu “resgatar” a “tranquilidade” naquelas comunidades, visto que as mesmas temiam uma acção bárbara do grupo armado, durante as celebrações do ID-UL-ADHA, pois, segundo estas, houve rumores de que o grupo iria atacar as referidas aldeias nas vésperas da celebração da maior festa da comunidade islâmica, a mais professada naquela região.
Três civis carbonizados em Macomia
Entretanto, em jeito de resposta, na noite do dia 10 de Agosto (último sábado), os insurgentes escalaram uma das áreas mais controladas pelas FDS, concretamente, a zona de Simbolongo, no Posto Administrativo de Mucojo, distrito de Macomia, onde carbonizaram três civis e incendiaram mais de 20 casas.
Conforme apurámos e também temos vindo a relatar, os ataques tendem a intensificar-se, nos últimos tempos, levando o Governo a destacar várias subunidades das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) para a protecção da população, assim como pôr fim às acções bárbaras dos insurgentes.
Contudo, de acordo com as fontes, os insurgentes continuam a matar e saquear bens, incluindo material bélico. Acrescentam que estes chegam a declarar algumas zonas como sendo “libertadas”, como é o caso da aldeia Makulo, no distrito de Mocímboa da Praia, que ficou abandonada, depois do grupo ter incendiado todas as casas, para além de matar um militar e roubar armamento. (Paula Mawar e Omardine Omar)