A Polícia da República de Moçambique (PRM) não tem ainda a identidade dos militares sul-africanos que, no passado domingo (16), alvejaram mortalmente os dois agentes pertencentes à especialidade de Guarda Fronteira, que se encontravam a trabalhar no posto fronteiriço da Ponta D`Ouro, distrito de Matutuíne, província de Maputo.
Orlando Mudumane, porta-voz da PRM, a nível do Comando-Geral, em conversa com “Carta”, na tarde desta segunda-feira, disse que, neste momento, prosseguiam, em coordenação com a contra parte sul-africana, trabalhos tendo em vista a identificação dos agentes, bem como para o apuramento das reais circunstâncias e motivações do sucedido.
Nisto, Mudumane avançou que havia sido já enviada uma equipa moçambicana para vizinha África do Sul para, de perto, trabalhar no assunto.
“Neste momento, estamos a trabalhar com a parte sul-africana para identificar os agentes. Serão identificados porque eles estavam lá a trabalhar e eles têm os registos. Serão identificados”, disse Orlando Mudumane.
Adiante, o porta-voz da PRM tratou de desvalorizar as informações que davam conta de que os dois agentes da PRM teriam sido surpreendidos pela força sul-africana numa incursão criminosa, afirmando, na ocasião, não constituir a “verdade” e que os mesmos haviam, sim, encontrado a morte no território moçambicano.
Aliás, a fonte que temos vindo a citar não defende com “unhas e dentes” que o incidente tenha acontecido em solo pátrio como também detalhou que este ocorreu, precisamente, a 50 metros daquele posto transfronteiriço, não sendo, por isso, verdade que os agentes da PRM foram baleados do lado sul-africano.
Ao que se sabe, os dois agentes da PRM, nomeadamente Benício Guirruta e outro apenas identificado pelo nome de Monteiro teriam, alegadamente, encontrado a morte na sequência de uma confrontação armada com os militares daquele país vizinho. (Carta)