O Festival Azgo é o mais conceituado festival internacional de artes em Moçambique. Reunindo um programa diversificado e de música de qualidade, cinema e dança para a cidade de Maputo. Azgo é uma celebração contemporânea de artes e cultura, com um forte enfoque em artistas de Moçambique e de todo o continente africano.
(15 à 19 de Maio, às 17Hrs em Maputo)
Será um evento centrado na obra do alemão Theodor W. Adorno um dos vultos da chamada Escola de Frankfurt que influenciou em grande medida o pensamento europeu, tal é o caso de outros intelectuais de renome, o alemão Jürgen Habermans e o francês Michel Foucault. A abordagem da estética em Adorno atravessa diversas áreas de produção de pensamento e de engajamento intelectual da filosofia à literatura, da história, sociologia, às ciências políticas, pautando por uma perspectiva dialéctica. Adorno é um filósofo, musicólogo, em suma um intelectual que se preocupou com a teoria estética, de um modo transversal, atravessando diversas áreas do conhecimento, da arte, etc. Para Adorno “o valor intrínseco da teoria estética é inerente à vida humana e todos deveriam ter acesso a ela”. E é algo que pode “ser ensinado e aprendido”. O que nos move também é reflectir, a partir de autor europeu, sobre as diversas fases da construção da nossa jovem nação cruzando duas gerações. Como tem dito Mia Couto “a Fundação é um lugar onde se contam histórias, através dos livros, da dança, teatro, do cinema, da música, das mais diversas expressões artísticas e culturais”. Assim também buscaremos este fim, sendo Theodor Adorno o pretexto.
(14 de Maio, às 18Hrs na Fundação Leite Couto)
O propósito desta Tertúlia será o de apontar possibilidades de diálogo entre a literatura moçambicana e a brasileira, a partir do levantamento de temas e de autores que têm obtido boa recepção por parte dos leitores no Brasil. Objectiva-se reflectir a respeito da produção acadêmica e outros factores que influenciam na visibilidade dos autores de Moçambique que são publicados no Brasil.
Vanessa Riambau Pinheiro
É Professora Adjunta na Universidade Federal da Paraíba (UFPB/ PPGL). É doutora em Literaturas de Língua Portuguesa pelo programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Tem diversos estudos publicados na área de crítica literária. Foi professora da Universidade da Costa Rica (UCR) pelo programa Leitorado, tendo ministrado aulas de Língua Portuguesa e de Literatura Brasileira para hispano hablantes. Também foi Professora Adjunta da Universidade Estadual da Bahia (UNEB) entre 2011 e 2012.
Integra o CESA (Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina) na Universidade de Lisboa, onde realizou uma pesquisa de pós-doutoramento sobre a formação do cânone literário em Moçambique, sob orientação da Profa. Dra Ana Mafalda Leite. Recentemente, participou da colecção Uniafro, escrevendo um capítulo sobre literatura em Angola e Moçambique, numa colecção promovida em parceria com o Ministério da Cultura e que visa a divulgação da história e da cultura dos países africanos de língua oficial portuguesa no Brasil.
Grande espectáculo musical, em celebração do Dia da Europa com Dino D’Santiago Branko e Rhodalia Milton. Como qualquer história, a da União Europeia teve os seus momentos fortes e as suas datas simbólicas como a dos Incas. Sete delas merecem ser recordadas, já que contribuíram para a construção da Europa actual e são igualmente essenciais para o futuro do continente europeu.
(10 de Maio, às 20H30 no Centro Cultural Franco-Moçambicano)
A Editorial Fundza lança a colectânea “Do índico e Do Atlântico: contos brasileiros e moçambicanos”. A apresentação da obra estará a cargo de Nataniel Ngomane, académico e Presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa. A obra reúne contos de sete escritores moçambicanos e sete brasileiros e a história da sua produção começa com um convite feito pelo escritor e editor Dany Wambire ao editor Vagner Amaro, da Malê Edições, para edição conjunta de um livro que ajudasse na promoção da literatura moçambicana no Brasil, e, igualmente, promovesse em Moçambique a literatura de alguns dos principais autores contemporâneos do Brasil. Deste modo, foram seleccionados para fazer parte do livro os contos moçambicanos de Mia Couto (Rosalinda, a nenhuma), Lília Momplé (Stress), Alex Dau (Menina Teresinha), Diogo Araújo Vaz (Apocalipse), Dany Wambire (A mulher sobressalente), Carlos dos Santos (O ilusionista) e Daniel da Costa (A flauta do Oriente) e os contos brasileiros foram escolhidos dos escritores: Conceição Evaristo (Os pés do dançarino), Marcelo Moutinho (Oxê), João Anzanello Carrascoza (Dias raros), Rafael Gallo (Corte), Eliana Alves Cruz (Noite sem lua), Cristiane Sobral (223784) e Miguel Sanches Neto (Sabor). No entanto, o escritor Mia Couto, visivelmente feliz por integrar “um colectivo de gente mais jovem”, uma antologia “é quase sempre o melhor meio de começar junto de um mercado distante”. Pelo facto de se fazer uma selecção de autores, continua o escritor, pode-se, de uma única vez, “projectar nomes diversos com tendências literárias diferentes.” A apresentação da colectânea na cidade de Maputo enquadra-se nas celebrações da Semana da Língua Portuguesa, cujo início está marcado para o dia 05 de Maio.
(09 de Maio, às 18Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)
Lançamento da obra “Butá Kloson Ba Lônji - Cancioneiro da Música Popular São-tomense” de Luís Viegas. O surgimento dos grupos musicais de São Tomé e Príncipe, a sua mensagem política e a implicação que produziu no seio das relações sociais, são a base do livro “Butá Kloson Ba Lônji - Cancioneiro da Música Popular São-Tomense” da autoria do Embaixador de São Tomé em Portugal, Luís Viegas.
Biografia do autor: Luís Guilherme D'Oliveira Viegas nasceu em 1967, em São Tomé e Príncipe. Fez o ensino primário e liceal em São Tomé. Iniciou a sua actividade profissional como professor de francês, área em que se formou pela Universidade Blease Pascal de Clermont-Ferrand, França (Letras Modernas). Obteve o diploma de tradutor e intérprete de Conferência pela INA - Instituto Nacional de Administração de Portugal - e graduou-se em Diplomacia pelo Instituto Rio Branco, em Brasília, Brasil. Diplomata de carreira, no Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de São Tomé e Príncipe, onde ocupou vários cargos de direcção. É Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário de São Tomé e Príncipe em Portugal e Marrocos. É Representante Permanente deste país junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Neste livro em que mostra parte do repertório musical das ilhas, responde à vontade de partilhar com o público a sua paixão pelas línguas nativas de São Tomé e Príncipe, em particular pelo crioulo "santomé".
Sinopse do livro: Com a obra "Butá Kloson Ba Lônji" o autor debruça-se sobre o surgimento dos grupos musicais são-tomenses nos ano 60 do séc. XX, e traça as características das músicas tocadas nessa época, as quais são marcadamente de intervenção política como meio de sensibilizar o povo são-tomense para a luta de libertação do jugo colonial, por um lado, e, por outro, servindo de retrato das complexas teias de relacionamento social. Tanto a mensagem política como o retrato da vivência social são musicados em língua nacional “Santomé” com recurso a metáforas de difícil interpretação, mesmo para muitos falantes nativos, e o autor procura traduzi-las com toda a fidelidade semântica para a Língua Portuguesa com vista a uma maior compreensão da sociedade são-tomense da época. A densidade metafórica utilizada nas mensagens de cariz político na época era um meio de escapar à censura.
(09 de Maio, às 18Hrs no Auditório da UCLLA)