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Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
Redacção

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As autoridades moçambicanas atualizaram hoje para 38 mortos e 39 feridos, o número de vítimas do ciclone Kenneth na província de Cabo Delgado, num total de mais de 168 mil pessoas afetadas. De acordo com o mais recente ponto de situação, divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), a passagem do ciclone Kenneth pela província moçambicana de Cabo Delgado, no Norte, causou 38 mortos, 39 feridos e afetou 168.254 pessoas.

 

Quase 35 mil casas foram parcial ou totalmente destruídas e 31.256 hectares de culturas afetadas.

 

Foram ainda destruídas 193 salas de aulas, afetando 21.717 alunos, 14 unidades de saúde e 330 postes de eletricidade.

 

Os cerca de 30 centros de acolhimento concentram 20.720 pessoas, tendo sido resgatadas das localidades inundadas cerca de 300.

 

O ciclone Kenneth passou, na semana passada, no norte de Moçambique, causando inundações em várias localidades, depois de em março a zona centro do país ter sido atingida pelo ciclone Idai, que afetou 1,5 milhões de pessoas e provocou 603 mortes. (Lusa)

segunda-feira, 29 abril 2019 13:49

Música / Dia internacional do jazz

O International Jazz Day é um Dia Internacional declarado pela Unesco em 2011 "para destacar o jazz e o seu papel diplomático de unir pessoas de todos os cantos do mundo". É comemorado anualmente a 30 de Abril. A ideia veio do pianista de jazz Herbie Hancock, embaixador da Boa Vontade da UNESCO, e é presidida por Hancock, juntamente com o diretor-geral da UNESCO. Kuche Quintet é liderado pelo saxofonista moçambicano Timóteo Cuche e propõe um concerto de tributo à história do Jazz Africano, passando por nomes como Abdullah Ibrahim, Fela Kuti, Manu Dibango, Hugh Masekela, até aos mais contemporâneos, como Jimmy Dludlu, Ivan Mazuze, Kaya Mlhango e outros grandes nomes do Jazz Africanos.

 

(30 de Abril, às 18Hrs na Fundação Fernando Leite Couto)

segunda-feira, 29 abril 2019 13:47

Exposição / (Re)construcoes

Existe uma trilha aberta, sem fronteiras, a traçar os limites que simultaneamente separam e relacionam o analógico e o digital. Os processos criativos baseiam-se em grande parte em modelos híbridos que oscilam entre o objectivo e o imprevisível. Este cenário urbano cria as condições necessárias para a criação de sequências entrelaçadas de formas e momentos ruínas de acontecimentos anteriores e projecções indecididas do que está ainda por vir. Seis artistas moçambicanos jovens, activos e reactivos, são convidados a sugerir narrativas dentro do contexto urbano local, reflectindo a sua identidade através de expressões visuais, sonoras ou performativas.

 

(30 de Abril, às 18Hrs em Maputo)

segunda-feira, 29 abril 2019 13:43

Literatura / Poemas

O livro intitulado poemas +258 vol.1, conta com a participação especial de alguns poetas convidados de outros países, pois, estamos cientes da importância dos intercâmbios culturais. Neste primeiro volume, os nossos convidados especiais foram alguns poetas do Brasil, nomeadamente: Adriano Pereira da Silva, Airton Souza, Elza Melo, Ernanda de Almeida, Evaneide Lourenço da Silva, Jezueudo Lourenço da Silva, Marcelo de Oliveira Souza, IWA, Maria da Conceição, Maciel da Silva, Mariza Sorriso, Maroel da Silva Bispo, Paulo Vasconcelos e Sirlãnio Jorge Dias Gomes. No dia do lançamento do livro haverá, para além da venda dos exemplares, venda de alguns produtos personalizados relacionados com o livro. O livro conta com o prefácio do renomado escritor moçambicano Aurélio Furdela, com a capa do renomado artista plástico João Timane e sai pela Entratakes Editora (Portugal).

 

(30 de Abril, às 18Hrs no Centro Cultural Brasil-Moçambique)

41 Dias depois do Ciclone IDAI ter devastado a zona centro do país, em particular a cidade da Beira, capital provincial de Sofala, Moçambique voltou a viver outros momentos dramáticos com a passagem, no último dia 25 (quinta-feira), do Ciclone Tropical Kenneth, que destruiu a província de Cabo Delgado, com destaque para o já sofrido distrito de Macomia (tem sido o palco dos ataques protagonizados por um grupo de insurgentes naquela província).

 

Foi em mais uma quinta-feira que a natureza escolheu devastar o nosso país. Depois do Ciclone Tropical IDAI ter “abatido” a zona centro na quinta-feira do dia 15 de Março, o Ciclone Tropical Kenneth também elegeu este dia da semana para “arrasar” a província de Cabo Delgado. Por volta das 16 horas que o ciclone tropical entrou na costa moçambicana, através dos distritos de Mocímboa da Praia e Macomia, norte da província de Cabo Delgado, com ventos estimados de cerca de 140km/h, com rajadas até aos 160km/h, acompanhados de chuvas fortes (mais de 100mm).

 

38 óbitos, 39 feridos, 168.254 pessoas afectadas, 32.034 casas parcialmente e 2.930 totalmente destruídas, é o retrato preliminar (até a manhã desta segunda-feira) dos danos causados pelo Ciclone. Registou-se ainda a destruição de 193 salas de aulas, 14 unidades sanitárias, 330 postes de energia, entre média (117) e baixa (213) tensão e a queda de uma ponte metálica sobre o rio Muagamula (distrito de Muidumbe), que deixou isolados cinco distritos do norte daquela província (Mueda, Muidumbe, Palma, Nangade e Mocímboa da Praia).

 

O já sofrido distrito de Macomia foi o mais afectado com diversas infra-estruturas públicas e privadas destruídas, destacando-se os edifícios do governo distrital, do Comando Distrital da PRM, do hospital distrital, a residência oficial do Administrador do distrito e do balcão do Banco Comercial e de Investimentos.

 

Ainda em Macomia, a comunicação por voz e dados também ficou afectada, porém, foi restabelecida nas operadoras privadas, sendo que a pública Moçambique Telecomunicações ainda não repôs. A ligação rodoviária entre aquela vila-sede e o Posto Administrativo de Mucojo ficou condicionada, devido às chuvas intensas que se fazem sentir.

 

Na Ilha do Ibo, por exemplo, o Ciclone destruiu mais 4.000 casas e deixou aquele local turístico sem corrente eléctrica e comunicação, através das redes de telefonia móvel. Registou-se também a destruição parcial da residência oficial do Administrador do distrito e também dos edifícios da Administração Pública. No sector agrário, as autoridades preveem que o ciclone tenha devastado 31.356 ha, afectando 35.947 produtores e aproximadamente 769 toneladas, das culturas de milho (313,5 toneladas), feijão (454,4) e hortícolas (627). O distrito de Metuge poderá ser o mais afectado, com 8.458 ha perdidos, afectando 12687 famílias.

 

Para realizar os trabalhos de resgate, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) conta no terreno com 230 especialistas humanitários, sete barcos, uma avioneta, quatro helicópteros, sete camiões, sete telefones satélites e três drones. A instituição conta também um total de 40 centros de acomodação, nos distritos de Pemba (11), Metuge (três), Mocímboa da Praia (quatro), Quissanga (quatro), Mecufi (10), Ibo (três), Palma (três) e Macomia (dois) que albergaram 23.760 pessoas (correspondendo a 4.025 famílias), a maioria evacuada antes do ciclone. Era previsto que os centros de Palma e Metuge tivessem sido desactivados, entretanto, ainda não aconteceu.

 

O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, visitou os centros de acomodação, tendo ouvido as habituais reclamações sobre as condições de alojamento. As famílias revelaram estar a dormir no chão sem rede mosquiteira. O governante reconheceu a preocupação dos afectados e prometeu transferir as famílias a partir desta segunda-feira.

 

Risco de cheias

 

De acordo com os dados partilhados pela ARA-Norte, neste domingo, os caudais das bacias do Messalo, na região de Meangalewa, do Rovuma, em Congerenge, encontravam-se abaixo do alerta, porém, com a do Messalo tinha tendência a subir. Por seu turno, a bacia do Megaruma, em Megaruma, que já estava acima do alerta (0,51 m.), mas com tendência a baixar.

 

Entretanto, face a queda persistente da precipitação que se verifica na região, a ARA-Norte previa a subida de caudais nas bacias do Messalo, Montepuez, Megaruma e Costeiras, podendo atingir e manter-se acima do alerta nas estações de Meangalewa e Megaruma, podendo inundar os distritos de Macomia e Muidumbe e Mecufe, respectivamente.

 

Na tarde desta segunda-feira, o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) confirmou a continuação de ocorrência de chuvas moderadas a fortes (30 a 50 mm/24h), localmente muito fortes (mais de 50 mm/24h), ventos com rajadas até 50 Km/h e trovoadas severas, em alguns distritos das províncias de Cabo Delgado (Palma, Mocímboa da Praia, Macomia, Quissanga, Metuge, Mecufi, Ibo, Nangade, Muidumbe, Meluco, Ancuabe, Pemba e Chiúre)e da província de Nampula (Nacala, Memba, Erati, Nacarroa, Muecate, Namapa, Ilha de Mocambique, Mussoril, Liupo, Mongicual e Monapo). (Abílio Maolela)

segunda-feira, 29 abril 2019 13:13

Somos 27.9 milhões de habitantes

Vinte meses depois de realizar o IV Recenseamento Geral da População e Habitação, o Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou, esta segunda-feira (29), que, até 15 de Agosto de 2017, o país contava com 27.909.798 habitantes, um aumento de 7.232.278 habitantes relativamente a 2007 (20.677.520 habitantes), representando um crescimento de 35%.

 

De acordo com os dados divulgados na manhã desta segunda-feira, numa cerimónia que contou com a presença do Presidente da República, Filipe Nyusi, deste número, 14.561.352 são do sexo feminino (52%) e 13.416.860 do sexo masculino (48%).

 

As províncias de Nampula e da Zambézia continuam as mais populosas do país, com um conjunto de 39,1% da população nacional. Até 2017, segundo o INE, Nampula contava com 5.758.920 habitantes (20,6%) e Zambézia com 5.164.732(18,5%). A terceira província mais habitada de Moçambique era a de Tete com 2.648.941 habitantes (9,5%), enquanto Maputo Cidade era a menos populosa, com 1.120.867 habitantes (4%).  

 

O censo realizado de 01 a 15 de Agosto de 2017 apurou que a zona rural continua a mais habitada, com 66,6% da população contra 33,4% de população urbana. Entre as cidades, a capital do país e a sua vizinha cidade da Matola são as mais habitadas com 1.080.277 e 1.032.197 habitantes, respectivamente.

 

O INE revela ainda que dos 27.9 milhões de habitantes, 99,5% são moçambicanos, representando um crescimento de 0,5% relativamente a 2007. Relativamente a faixas etárias, o INE revela que 50,1% da população tem idade compreendida entre 15 a 64 anos, enquanto 46,6% tem entre 0 a 14 anos de idade. 3,3% da população tem uma idade igual e/ou superior a 65 anos. A idade média nacional é de 16,6 anos e a esperança de vida saiu dos 50,9 anos para 53,7 anos de idade. A taxa de mortalidade baixou de 13,8%, em 2007, para 11,8%, em 2017.

 

Em relação aos agregados familiares, os dados actualizados do INE referem que o país conta com 6.145.684 famílias, das quais 4.066.657 são chefiadas por homens (66,2%) e 2.079.027 por mulheres (33,8%). Em média cada família conta com 4,4 membros.

 

Durante o período de 2007 a 2017, revela o INE, os casamentos reduziram de 15,1% para 13,8%, enquanto os solteiros aumentaram de 31,1% para 37%. Os divórcios também reduziram, tendo descido de 4,5% para 3,2%, mesma situação que aconteceu com as uniões maritais que reduziram de 43% para 42%, em 2017.

 

Relativamente às crenças religiosas, os dados de 2017 referem que a religião cristã cresceu de 56,1% para 59,8%, o mesmo que aconteceu com a religião muçulmana (saiu de 17,9% para 18,9). 0 número de “ateus” diminuiu de 18,7% para 13,9%.

 

Entretanto, o crescimento de crentes na religião cristã não foi proporcional ao crescimento destes na Igreja Católica que, de 2007 à 2017, desceu de 28,4% para 27,2%. A Igreja Evangélica cresceu de 10,9% para 15,3%. No geral, as igrejas protestantes representam 55% das igrejas cristãs. (Abílio Maolela)

segunda-feira, 29 abril 2019 08:15

Ossufo Momade escolhe hoje o seu braço direito

O recém-eleito presidente da Renamo, Ossufo Momade, escolhe esta segunda-feira (29) o substituto de Manuel Zeca Bissopo, no cargo de Secretário-Geral (SG) do partido. Tal como aquando da indicação de Manuel Bissopo, a cidade de Nampula, a chamada capital do norte, volta a acolher a Sessão do Conselho Nacional da Renamo, no caso a II, que para além de eleger o novo SG, vai igualmente apreciar e aprovar o relatório de actividades da Comissão Política Nacional e delinear estratégias para a votação de 15 Outubro próximo. O encontro, de acordo com fontes da “Carta”, será orientado por Ossufo Momade, que actualmente encontra-se a residir no quartel-geral da “perdiz”, na Serra da Gorongosa, província de Sofala.

 

Ao cargo, ventilam-se os nomes de Angelina Enoque (deputada e membro da comissão política nacional), Gania Mussagy (deputada e membro da comissão política) e de André Magibire (deputado e mandatário nacional do partido). Entretanto, “Carta” apurou de fontes próximas ao processo que é em André Magibire que Ossufo Momade deposita total confiança para ocupar a vacatura deixada por Manuel Bissopo.

 

As nossas fontes avançam que a subida de André Magibire ao cargo de Secretário-Geral é um dado adquirido e que a reunião desta segunda-feira servirá para cumprir com as formalidades estatutárias. A função de Secretário-geral do partido vinha sendo exercida por Manuel Bissopo, desde Julho de 2012, que fora escolhido, à dedo, pelo falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama.

 

Bissopo foi, lembre-se, candidato derrotado à presidência da RENAMO no VI Congresso do partido, realizado em Janeiro último, que conduziu Ossufo Momade à presidência do partido em substituição de Afonso Dhlakama, falecido a 3 de Maio de 2018. Nas eleições autárquicas de 2018, Manuel Bissopo encabeçou a lista derrotada da Renamo na corrida à Presidência do Conselho Autárquico da Cidade da Beira. Referir que a primeira sessão do Conselho Nacional da Renamo realizou-se a 16 de Janeiro último, na Serra de Gorongosa. (Ilódio Bata)

A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique colocou ao serviço uma nova aeronave Boeing 737-700, matrícula C9-BAR. A chegada deste avião permitiu a dispensa de outro aparelho que tinha sido alugado a uma empresa sul-africana e que estava a trabalhar em regime de ACMI (avião, tripulação, manutenção e seguros) para a companhia de bandeira da República de Moçambique.

 

A nova aeronave é operada por tripulação moçambicana, desde pilotos aos assistentes de bordo e começou a voar sem a identidade corporativa LAM, dado que entrou de imediato na operação, revela um comunicado da companhia aérea, distribuído nesta sexta-feira, dia 26 de abril de 2019. Fez o primeiro voo na rota Maputo-Quelimane-Maputo.

 

Na frota própria da LAM, o novo avião vai substituir outro aparelho do mesmo modelo, mas da versão 500 (que na LAM tinha a matrícula C9-BAP), que esteve ao serviço desde 2012 e que deixou Moçambique em fevereiro deste ano, tendo sido vendido à companhia afegã Ariana Afghan Airlines, onde agora voa com a matrícula YA-FGA.

 

O avião que agora ingressou na frota moçambicana saiu de fábrica em maio de 2004 para a companhia norte-americana Aloha Airlines. Antes de vir para Moçambique esteve armazenado em França, no Aeroporto de Perpignan-Riversaltes, onde foi totalmente revisto na MRO da Sabena Technics, antes de ser entregue ao novo operador. A LAM afirma no comunicado que a aeronave, cuja configuração é de 132 assentos, dos quais 124 na Classe Económica e 8 na Classe Executiva, terá em breve uma decoração exterior de acordo com o lettering e os logótipos utilizados pela companhia moçambicana. Viajou no passado dia 15 de abril para Maputo, tendo feito uma escala técnica no Aeroporto de Accra, no Gana. Chegou no dia seguinte à capital moçambicana.

 

A aeronave estrangeira que esteve nos últimos meses ao serviço da LAM era um Boeing 737-300, e tinha o registo ZS-TGB. Iniciou o contrato em 21 de setembro de 2018. O último voo comercial ao serviço da LAM (TM312) foi realizado na quinta-feira, dia 25 de abril, entre Joanesburgo (África do Sul) e Maputo, capital de Moçambique.

 

Com a entrada do B737-700, matrícula C9-BAR, a frota da LAM é constituída por dois aviões B737-700 e dois Embraer E190. A empresa subsidiária MEX – Moçambique Expresso realiza voos com o código da LAM para aeroportos e em rotas de menor fluxo de passageiros, com uma frota de três aeronaves Embraer ERJ 145.

 

Moçambique tem uma longa tradição com os Boeing 737

 

A LAM, que durante o tempo colonial se denominava DETA – Transportes Aéreos de Moçambique, foi a primeira companhia, então com bandeira portuguesa, a receber aviões Boeing 737. Em janeiro do próximo ano assinala-se 50 anos sobre a data que chegou a território moçambicano o primeiro Boeing 737 (então com o registo CR-BAA). Uma novidade que exigiu uma escala em Lisboa, aquando da viagem de entrega desde os Estados Unidos da América.

 

Após a independência do território, em 1975, a companhia adquiriu a designação LAM – Linhas Aéreas de Moçambique e continuou a integrar o mesmo tipo de avião. Chegou a receber dois aviões novos Boeing 737-300 e dois Boeing 767-200ER (um foi cedido à SAA – South African Airways), recebidos diretamente da fábrica no final da década de oitenta do século passado. Dificuldades financeiras, agravadas pela situação de conflito armado que se viveu no país, levou a companhia a se desfazer desses aviões. (Catanho Fernandes, Newsavia)

O País registou, entre 2015 e 2018, um total de 2.044 acidentes de trabalho, que resultaram em 42 mortes, sendo que 26 trabalhadores ficaram permanentemente incapacitados, 201 parcialmente e 1.775 temporariamente incapacitados para trabalhar.

 

Esta informação foi dada a conhecer, na sexta-feira, 26 de Abril, em Maputo, pela ministra do Trabalho, Emprego e Segurança Social, no decurso da conferência nacional alusiva à celebração do Dia Mundial de Segurança e Saúde no trabalho, sob o lema “Promovendo a Higiene e Segurança para Preservar a Saúde no Trabalho”.

 

Vitória Diogo explicou que o registo de situações de sinistralidade, no sector produtivo, não constitui um fenómeno exclusivo de Moçambique, pois no mundo, em geral, são registados 2,3 milhões de acidentes de trabalho por ano.

 

Em relação às estatísticas nacionais, a governante disse estar ciente que estão muito longe de retratar a realidade, pois, “estamos num cenário em que muitas entidades empregadoras, infelizmente, não comunicam os acidentes ocorridos às autoridades, talvez por desleixo, ignorância, ou mesmo por mero receio de eventuais penalizações. Gostaria de reiterar que é de lei comunicar. Não comunicar às autoridades é que constitui uma transgressão à lei”.

 

A ministra sustentou que os trabalhadores têm também responsabilidade por assumir neste contexto: “Para além de terem que cumprir, escrupulosamente, com as regras de higiene e segurança no trabalho estabelecidas na empresa, devem participar activamente na identificação dos riscos profissionais e nas campanhas de sensibilização e de prevenção de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais”, frisou.

 

A conferência nacional sobre segurança e saúde no trabalho abordou temas actuais e pertinentes, dos quais se destaca o rastreio de doenças pulmonares mineiras e acompanhamento do trabalhador que contraiu a doença, a contribuição do sector privado/agente económico, para a melhoria da nutrição no local de trabalho e a Norma ISO 45001, guia orientador para a prevenção primária dos acidentes e doenças profissionais.

 

No decurso do evento, foram, igualmente, divulgados os trabalhos considerados perigosos para as crianças, nas actividades extractivas, mineiras e construção civil, com o objectivo de contribuir para a criação de um ambiente são e saudável nas instituições.

 

Pretende-se, ao celebrar o Dia Mundial de Segurança e Saúde no trabalho, não só reflectir profundamente sobre a situação de segurança e saúde ocupacionais, mas simultaneamente prestar homenagem a todos aqueles que foram e são vítimas de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais.

 

Importa realçar que, no âmbito da celebração, realizou-se uma exposição, envolvendo diversificadas empresas, sobre boas práticas, no domínio da higiene, segurança e saúde ocupacional. Tratou-se de uma partilha de experiências, a nível nacional, sobre os avanços registados no sector. (FDS)

A Tmcel (Moçambique Telecom, SA) acaba de assinar com o consórcio Elitis International um contrato para a reparação do cabo submarino Maputo- Beira, com vista a garantir redundância da ligação Sul-Centro da espinha dorsal da rede de transmissão da empresa.

 

No valor aproximado a 2.5 milhões de dólares americanos, este contrato resulta do concurso lançado em Junho de 2018, tendo sido seleccionado o consórcio Elitis International por ter apresentado melhor proposta e demonstrado experiência na reparação de cabos submarinos, na zona sul de África, tanto do lado do Oceano Índico como do Oceano Atlântico.  

 

A reparação deste cabo submarino irá garantir a redundância do backbone em fibra óptica, melhorando assim a qualidade de serviços para os clientes nacionais, bem como os serviços de interligação dos países do Interland, de entre os quais Zimbabwe e Malawi. 

 

Equipamento com tecnologia 4G/5G ready” a caminho

 

Entretanto, no âmbito da visita oficial do Chefe do Estado Moçambicano, Filipe Nyusi, à República Popular da China, o presidente do Conselho de Administração da Tmcel, Mahomed Rafique Jusob, celebrou, no passado dia 23 de Abril, em Pequim, um contrato para a modernização e expansão da rede com a empresa Huawei Technologies, no valor de 23 milhões de dólares americanos.

 

Visando o fornecimento de equipamento de tecnologia de ponta 4G/5G "ready”, para a melhoria e expansão da rede móvel da empresa, o contrato será executado ao longo do presente ano, numa primeira fase para as regiões de Maputo e Matola.  De referir que o valor a ser investido pela Tmcel é proveniente de recursos próprios, resultantes da venda de activos não essenciais para o negócio da empresa.  (Carta)