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Redacção

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quinta-feira, 16 maio 2019 06:50

Surto de diarreias alastra-se em Cabo Delgado

Para além da cidade de Pemba, que após a passagem do Ciclone Tropical Kenneth vem registando o surto de cólera e diarreias, a situação de doenças hídricas tende a alastrar-se para outros pontos da província de Cabo Delgado.

 

O empreendimento que, numa primeira fase emprega 85 trabalhadores, dos quais 90 por cento são moçambicanos, será responsável pela venda de vários tipos de produtos, desde os bens alimentícios, electrodomésticos, hortícolas, entre outros.

 

A informação foi facultada, na passada terça-feira, pelo Spar, durante a inauguração da nova gama daquela cadeia de supermercados, na baixa da cidade de Maputo.

 

Sem referir o valor investido na construção do empreendimento, o Representante do Supermercado, Moreira Francisco, garantiu que este foi contruído, pensando na qualidade de serviços a oferecer aos clientes e para garantir a melhoria de qualidade de vida dos produtores nacionais que são, neste momento, os principais fornecedores da vasta gama de hortícolas, frutas, farinha de trigo usada para o fabrico dos bolos e pães disponíveis no supermercado. (Marta Afonso)

O advogado e especialista em assuntos relacionados à anti-corrupção, Richard Messick, defende haver condições para Moçambique recuperar o dinheiro “lavado” no estrangeiro, no âmbito das “dívidas ocultas”, contratadas entre 2013 e 2014, pelas empresas EMATUM, MAM e ProÍndicus, no valor superior a 2.2 mil milhões de USD.

 

No âmbito da melhoria da empregabilidade dos cidadãos moçambicanos, em particular os jovens e as mulheres, o Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), através do Instituto Nacional de Emprego, IP (INEP) e do Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (IFPELAC), tem implementado, no País, diversas medidas de promoção do emprego que resultaram na formação, entre 2015 e 2018, de 1242 antigos combatentes e seus dependentes em cursos profissionalizantes e de gestão de pequenos negócios.

 

Com o objectivo de assegurar a defesa e promoção dos interesses dos operadores portuários e contribuir para o desenvolvimento e modernização do sistema portuário nacional, foi constituída hoje em Maputo a Associação dos Operadores Portuários de Moçambique (AOPM).

 

Com sede no Porto de Maputo, foi eleito como Presidente da AOPM Fernando Amado Couto, PCA da Manica Moçambique Terminais.

 

A formação profissional, a flexibilização de procedimentos administrativos, a elaboração de estudos e a claboração com entidades públicas ou privadas para a resolução de questões técnicas, económicas, sociais, fiscais e demais problemas do sector portuário nacional, são alguns dos objectivos da AOPM.

 

Fazem parte da AOPM 14 associados, nomeadamente MPDC, CDN - Corredor de Desenvolvimento do Norte, Corredor Logístico Integrado de Nacala,Sociedade Portos do Norte, Cornelder de Moçambique, STEMA,TCM - Terminal de Carvão da Matola, DP World Maputo, Maputo Car Terminal, Manica Moçambique Terminais, Grindrod Moçambique, GML, Naval, MLSC, MGT - Maputo Grain Terminal, STAM - Sociedade Terminal de Açúcar de Maputo, Portos de Cabo Delgado e Terminais do Norte. (Carta)

quarta-feira, 15 maio 2019 16:44

Millennium bim lança plataforma no WhatsApp

O Millennium bim é o primeiro Banco em Moçambique a lançar uma plataforma de Mobile Banking que funciona no WhatsApp. Pioneiro e exclusivo no mercado, o WhatsIZIfunciona como um chat empresarial do Banco no WhatsApp e está disponível para todos os Clientes com contrato Mobile Banking subscrito.

 

WhatsIZI permite através do WhatsApp, realizar diversas operações, desde consultas de saldo e movimentos, extracto, transferências, compra de recargas, Credelec e entre outras transacções. Funciona como um chat empresarial em que, apenas o Cliente e o Banco estão presentes: o utilizador digita as operações que pretende e o Banco executa.

 

Ao Millennium IZI e Smart IZI junta-se, assim, o WhatsIZI. Para além de extremamente acessível e fácil, este novo serviço garante total segurança, tendo em conta que a plataforma WhatsApp é a mais segura do mundo.

 

Com esta solução, o Banco continua a sua aposta na inovação tecnológica com um objectivo muito concreto: estar onde estão os seus Clientes, facilitando o seu dia-a-dia. Por outro lado, dá continuidade ao compromisso que tem vindo a implementar no desenvolvimento de produtos e serviços únicos e inovadores, sendo o WhatsIZI a grande novidade do ano, exclusiva do Millennium bim.

 

Para Jorge Octávio, administrador do Millennium bim, esta é “uma iniciativa altamente inovadora, que vem revolucionar a relação do Cliente com o Banco e com os seus hábitos de consumo, permitindo reforçar a presença do Millennium bim junto dos moçambicanos”. Jorge Octávio considera ainda que “os canais digitais do Banco estão a tornar-se cada vez mais funcionais nos serviços que prestam, o que confirma o compromisso do Millennium bim com a inovação e as novas tecnologias”.

 

O Millennium bim é o Banco mais premiado de Moçambique, nomeadamente na área da inovação. Todo o trabalho que tem vindo a realizar neste campo tem conquistado com sucesso um número cada vez maior de Clientes, um sucesso que é reconhecido internacionalmente.

 

Porque está onde os seus Clientes estão, o Millennium bim prossegue com a aposta rumo à inclusão financeira de todos os moçambicanos que a plataforma WhatsIZI vem, agora, reforçar de forma pioneira no país. (Carta)

 Há pouco menos de duas semanas, numa tarde de sexta-feira, o Governador do Banco de Moçambique (BM), Rogério Zandamela, quadro do Fundo Monetário Internacional (FMI), empossou quatro novos directores para as áreas de Supervisão Comportamental, Regulamentação e Licenciamento (Emília Mabunda), Documentação e Informação (Cabral Benedito) e Inclusão Financeira (Carla Fernandes). Também tomou posse Angélica Macave, como gerente da Filial da Maxixe.

 

Fontes seguras notaram um endurecimento discursivo de Zandamela, quando ele usou da palavra. Entre outra coisas, ele disse o seguinte: “No Banco de Moçambique há pessoas que promovem a gatunagem, vazamento de informação, fofocas e corrupção”. E ameaçou: “Quero aproveitar para informar que não hesitarei em colocar essas pessoas fora do banco, pois estão a dar cabo de nós”.

 

Suas palavras caíram como uma bomba. Muitos quadros engoliram em seco. Não era para menos! Nos últimos meses, Zandamela abraçou uma postura de desconfiança, policiando o comportamento dos colegas: como pensam e o que falam.

 

Em Fevereiro, o banco central foi palco de uma conferência chamada de “alto nível” que serviu para discutir o tema dos Fundos Soberanos. Na ocasião, ele virou motivo de chacota ao relevar publicamente que desconhecia a figura de Omar Mithá, o contestado PCA da ENH. Meses antes, num Conselho Consultivo em Quelimane, Zandamela criticara uma alegada “falta de sintonia institucional” entre as grandes entidades que gerem os interesses do Estado em Moçambique. Mas, afinal, ele estava a pregar no deserto...

 

O episódio sobre Omar Mithá foi mencionado em princípios de Abril num comentário neste jornal. Dias depois Zandamela mostrou-se furioso. Apesar de a conferência sobre Fundos Soberanos ter sido atendida por gente de fora do banco, o Governador achou que os sórdidos detalhes mencionados na “Carta” tinham sido vazados...por gente de dentro do banco. Um ex-administrador era então o grande suspeito de ter sido a “garganta funda” para uma situação pública. Não passaram muitos dias e Zandamela implementou regras de choque, contam as nossas fontes. Numa reunião em CA, ele determinou que ninguém devia entrar com telemóvel para a sala. O ambiente de desconfiança interna continuou a agravar-se.

 

Depois veio a menção, aqui na “Carta”, de que o Governador havia autorizado a construção de três palacetes na zona da Polana-Caniço (um para ele, outro para o vice-Governador e um terceiro para pessoa desconhecida). O caldo entornou-se de vez. No círculo restrito de quem faz o processo decisório interno no banco, o facto de a “Carta” estar na posse dessa informação era “inconcebível”. 

 

E instalou-se o presente ambiente de caça às bruxas. O investimento em obras na Polana Caniço, em tempos de crise e aperto geral de cintos, devia estar no segredo dos deuses. E é provável que assim venha a ser (mesmo que o banco tenha ontem, 14 de Maio, distribuído e-mails para a comunicação social a solicitar questões para mais uma ronda de respostas, selectivas como a entidade agora faz e, portanto, este é daqueles assuntos que, eventualmente, não vai ser abordado mesmo se perguntado e, talvez, por isso, colocar a questão da racionalidade dos palacetes da Polana Caniço pode ser uma perda de tempo).

 

Mas “Carta” sabe que Rogério Zandamela, numa operação internamente contestada, mandou alocar 18 milhões de USD para o pagamento de indemnizações a alguns moradores da Polana Caniço e posterior construção dos três palacetes. Dentro do banco, Zandamela começa a assumir, dizem as nossas fontes, uma postura de transparência duvidosa. Sobre o investimento imobiliário, ninguém percebe para quem é a terceira casa.

 

A saída recente de três administradores (um, Aberto Bila, que já cumprira dois mandatos) abriu caminho para outro tipo de comportamento, eticamente duvidoso, e até de alegada violação das normas internas do banco. O ano passado, Zandamela aprovou para si mesmo um crédito no valor de 78 milhões de Meticais. Mas as normas internas do BM proíbem que pessoas que não sejam do quadro beneficiem desse “crédito social”. Por causa dessas normas internas em vigor, a antiga Administradora Esselina Macome viu um pedido seu de crédito recusado.

 

Uma fonte comentou que, ao autorizar um “crédito social” para si mesmo, ele não só violou as normas internas como também a Lei da Probidade Pública. Ele não é trabalhador do BM, diferentemente de Ernesto Gove e Adriano Maleiane, que eram funcionários do BM e ascenderam ao mais alto cargo na hierarquia. As normas estabelecem, entre outras coisas, que só um trabalhador com contrato de trabalho por tempo indeterminado e com pelo menos três anos de serviço, é que pode beneficiar de “crédito social” do BM. O Regulamento de Crédito Social consta do Manual de Pessoal.

 

Há quem interprete as declarações ameaçadoras de Zandamela, no recente empossamento, como uma forma de desencorajar a denúncia desta e doutras situações que marcam a sua gestão cada vez mais autoritária no Banco de Moçambique. Mas uma questão ética vai certamente ser aflorada na opinião pública: a intervenção correctiva do banco central em relação à crise obrigou os moçambicanos a apertarem os cintos e agravou o acesso ao crédito bancário comercial. Em contrapartida, o Governador do Banco de Moçambique beneficia de um “crédito social” eventualmente sem taxas de juros. Interessante! (Marcelo Mosse)

A Hollard Seguros em Moçambique diz que, do total das perdas causadas pelo ciclone Idai, estimadas em 1 bilião de USD, apenas cerca de 150 milhões de USD estão cobertas pelo sector segurador. Deste valor, a Hollard tem cerca de 30 milhões de USD para pagar aos seus clientes afectados pela intempérie.

 

“Isto mostra o quão não segurado está o mercado moçambicano. Ou seja, apenas 10 por cento das perdas em bens específicos estavam seguradas”, afirmou o director financeiro da companhia, Óscar Faria.

 

Falando esta terça-feira, durante um “media breakfast”, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) do grupo em Moçambique, Henri Mittermayer, disse que a fraca aposta em seguros no país é um problema com “barba branca”. Numa perspectiva comparativa com outros mercados, Mittermayer destaca que o país apresenta um atraso de 35 anos em termos de evolução.

 

O PCA da Hollard disse que há ainda em Moçambique uma fraca cultura de seguros no seio da sociedade, motivada pelo Estado que é “paternalista”. “O Governo toma conta de quase tudo, da saúde, da educação dos meus filhos, então o sentimento de investir para o futuro ainda tem de ser muito elaborado”, disse Mittermayer.

 

Para ele, a crise económica que está a assolar o país é um outro factor que não favorece o mercado de seguros. “Muitas empresas fecharam. Como consequência, clientes pararam de pagar os prémios e isto influenciou a disponibilidade de lucros no mercado”, queixou-se a fonte.

 

Para reverter o problema, o PCA da Hollard defendeu a aposta na educação sobre a importância do seguro, através de uma comunicação para mudança de comportamento e, para esse efeito, a fonte convidou os “media” a darem o seu contributo. Baseada na África do Sul, a Hollard Seguros opera em Moçambique há quase 18 anos e conta com uma quota de mercado de 30 por cento, dos cerca de 200 milhões de USD de investimento no sector. (Evaristo Chilingue)

O Governo decidiu, esta terça-feira, desactivar a Emergência Nacional, decretada aquando da passagem do Ciclone Idai, pela zona centro, e o alerta vermelho na região Norte do país, activado na sequência da passagem do Ciclone Kenneth. A informação foi tornada pública pela porta-voz do Conselho de Ministros, Ana Comoana, à saída da décima sexta sessão ordinária daquele órgão.

 

Comoana explicou que a decisão de desactivar a Emergência Nacional bem como o alerta vermelho funda-se no facto de não haver elementos que possam alterar a situação das zonas afectadas, isto no que diz respeito à ocorrência de novos ciclones e cheias.

 

A porta-voz do CM disse ainda que a situação das bacias hidrológicas do país encontra-se estável, facto que contribui para a desactivação do alerta institucional. A única Albufeira com tendências a subir é dos Pequenos Libombos que, actualmente, tem 31,68 por cento de capacidade de armazenamento. Entretanto, Comoana garantiu que o governo irá prosseguir com as assistências humanitárias a vários níveis, monitoria e implementação do plano de reconstrução pós-ciclones. (Carta)

Depois da tentativa fracassada de remover por via da força os vendedores informais espalhados pelas artérias da cidade de Maputo, o Presidente do Conselho Autárquico da Cidade de Maputo, Eneas Comiche, decidiu, finalmente, a via do diálogo.

 

É neste contexto que a cidade de Maputo acolhe, esta quarta-feira (15), um Fórum de Auscultação para Organização do Comércio Informal. O evento, que terá a duração de apenas um dia, é organizado pela edilidade de Maputo, que num passado não muito distante mandou uma sua brigada de choque remover tudo e todos dos passeios e bermas das avenidas da capital. Na última sexta-feira, Eneas Comiche destacou uma brigada da polícia municipal para sensibilizar os vendedores informais da baixa da cidade a abandonarem o local.

 

O Fórum visa, dentre vários objectivos, reflectir sobre a problemática da venda informal nos passeios da capital do país, tendo em conta que, de algum tempo a esta parte, o fenômeno tende a ganhar proporções alarmantes, colocando em causa a circulação e segurança de pessoas e bens. Para além dos quadros da edilidade tomarão parte do evento uma associação de vendedores informais, organizações não-governamentais, instituições de ensino superior e outras partes interessadas na temática.

 

Arnaldo Monteiro, director de Mercados e Feiras, que falava à imprensa nesta terça-feira, disse que a edilidade reconhece que o comércio informal constitui um factor dinamizador da economia nacional e é fonte de renda de várias famílias, mas defende que a mesma deve ser desenvolvida dentro dos mercados. Ou seja, os vendedores devem abandonar as bermas e desenvolverem as actividades dentro dos mercados da cidade capital. Monteiro avançou que o município pretende trabalhar com vendedores informais de modo a encontrar uma solução que responda aos anseios de ambas partes.

 

O Conselho estima que a baixa da cidade alberga 2.124 vendedores informais e a Praça dos Combatentes, vulgo Xiquelene, têm pouco mais de 817 vendedores informais. O evento decorre sob o lema “Por um espaço público mais ordenado e para todos”. (Marta Afonso)