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4 de May, 2022

LAM prevê atingir equilíbrio financeiro em 2023

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A empresa pública Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) projecta atingir o equilíbrio financeiro no próximo ano, dependendo da rapidez com que a economia nacional for recuperando, após ter sido severamente afectada pela pandemia do coronavírus, refere uma nota enviada à “Carta”.

 

De acordo com o documento, a perspectiva foi apresentada pelo Director-Geral da companhia, João Carlos Pó Jorge, à margem da visita da Comissão do Plano e Orçamento da Assembleia da República (AR), efectuada na última terça-feira, à LAM, no âmbito da fiscalização e supervisão parlamentar.

 

Nas suas declarações à imprensa, Pó Jorge explicou que, quando começou a reestruturação, em 2018, a meta era atingir, em três anos, o ponto de equilíbrio financeiro. Entretanto, com a Covid-19, não foi possível alcançar essa projecção:

“Pensamos que, em 2023, dependendo da velocidade da economia na sua recuperação, gostaríamos de atingir esse equilíbrio, através da implementação de muita disciplina, rigor e regras na gestão da empresa”, disse o Director-Geral da LAM, citado pela nota.

 

Desde 2018 que decorre a reestruturação da LAM, visando tornar a empresa sustentável do ponto de vista operacional, o que significa dotá-la de capacidade financeira para cobrir os custos, através da receita produzida.

 

Para tal, a LAM pretende melhorar em vários aspectos como a eficiência operacional, ganhando maior fasquia do mercado, abrir o network a mais mercados rentáveis, tornando a transportadora apetecível para os investidores ou fazer com que o próprio Estado se sinta confortável, em relação ao futuro da empresa.

 

Entretanto, Pó Jorge afirmou: “servir a dívida, enquanto a empresa for como é agora, é um desafio muito grande. Mas quando a empresa crescer vai poder servir essa dívida”, frisou o Director-Geral, acrescentando que a LAM tem de gerar maior volume de negócio.

 

Para já, a LAM tem redimensionado o seu quadro de pessoal, assim como está a uniformizar a frota, tornando a operação de voos mais eficientes.

 

Num outro desenvolvimento, a nota refere que João Carlos Pó Jorge indicou que, em termos financeiros, 2019 foi melhor, pois inverteu a tendência decrescente do desempenho da companhia: “O ano seguinte [2020] foi mau. A receita caiu 80% em média. Em 2021, começámos a sentir que estávamos a atingir o ponto de equilíbrio nos custos operacionais, sem incluir o serviço da dívida”, cita o documento.

 

Por seu turno, assinala a nossa fonte, o presidente da Comissão do Plano e Orçamento da AR, António Niquice, disse que os deputados constataram que, apesar do seu potencial, a LAM tem estado a enfrentar dificuldades no mercado, alguns dos quais atinentes a factores conjunturais e estruturais, bem como o impacto da Covid-19.

 

“A empresa tem registado rendimentos negativos. Entretanto, há um esforço por parte do Conselho de Administração para garantir que continue a desempenhar o seu papel no mercado”, concluiu Niquice, citado pela nota de imprensa. (Carta)

 

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