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11 de Março, 2025

Após audição na PGR: Venâncio Mondlane sob TIR (termo de identidade e residência) e vigilância pretoriana da UIR

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Venâncio Mondlane disse hoje (11), à saída da audição de mais de 9 horas na Procuradoria Geral da República (PGR) que lhe foi decretada a medida de coação do “termo de identidade e residência”.

Doravante, e enquanto vigorar esta medida judiciária, o oficialmente segundo candidato mais votado nas eleições de outubro de 2024 deve comunicar à PGR todos os seus movimentos fora de casa, mas assegurou que vai manter a sua “vida normal”.

“Foi-me decretada uma medida, digamos assim, sancionatória, que é o termo de identidade e residência”, afirmou Mondlane, em declarações aos jornalistas, à saída de uma audiência na sede do Ministério Público, que durou pouco mais de nove horas.

“Eu não posso me deslocar, sem avisar à procuradoria”, vincou o ex-candidato presidencial, à espera de ser investido membro do Conselho de Estado (CE) e por inerência disso de passar a gozar de mais prerrogativas entretanto entre parêntesis após perder a imunidade parlamentar, o passaporte diplomático e outras garantias legais que o blindariam de ser manietado pelos órgãos da justiça e da lei e ordem, neste vácuo (do fim da legislatura passada à constituição formal do Conselho de Estado pelo PR) que o Chefe de Estado o coloca até convocar a primeira reunião do CE.

O político avançou que vai continuar a levar a sua vida e o seu trabalho normal.

Venâncio Mondlane realçou que o magistrado que dirigiu o interrogatório não disse que crimes lhe são imputados, mas as perguntas incidiram sobre a incitação à violência, no âmbito das manifestações que tem promovido, distúrbios, e prejuízos à economia.

“Foi uma saraivada de perguntas, que justificou este tempo todo”, declarou Venâncio Mondlane.

Mondlane admitiu, contudo, que “foi um encontro cordial”, mas o “único problema” é não saber “de que crime” é “acusado”.

Um disparo de gás lacrimogéneo foi feito por um agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), para dispersar um grupo de apoiantes de Venâncio Mondlane que estavam concentrados na esquina entre as avenidas Zequedias Manganhela e Vladimir Lenine, esta última que dá acesso a sede das instalações da PGR e ao Tribunal Supremo.

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