Moçambique parou, esta semana, para se despedir do advogado Elvino Dias e do mandatário do PODEMOS, Paulo Guambe, brutal e covardemente assassinados na passada sexta-feira, na capital do país.
“Carta” visitou, na tarde desta terça-feira (22), o mercado do bairro da Malhangalene, conhecido como "Pulmão", na cidade de Maputo, local frequentemente visitado pelo advogado Elvino Dias e de onde partiu, na última sexta-feira, antes de ser crivado de balas junto com Paulo Guambe, mandatário do PODEMOS.
Em conversa com os vendedores daquele mercado, que preferiram não se identificar por temer represálias, procuramos entender o que terá acontecido na fatídica noite e quem era a cidadã que estava à boleia do mandatário de Venâncio Mondlane, candidato à Presidente da República.
Relatos colhidos pela nossa reportagem indicam que Elvino Dias e Paulo Guambe estavam numa das barracas do “Pulmão”, onde o advogado costumava beber. No entanto, por volta das 23h00, uma das trabalhadoras da barraca pediu boleia para ela e sua prima, a cidadã identificada por Adássia Macuácua.
Sublinhe-se que Adássia, segundo vendedores do mercado, era também uma das funcionárias das vendedeiras, sendo que chegara àquele local duas semanas antes do bárbaro assassinato. O emprego, dizem, foi oferecido pela prima.
Ao chegarem ao carro, a jovem (prima da Adássia), cuja identidade não nos foi revelada, recebeu uma chamada do seu local de trabalho, solicitando o seu retorno para atender clientes que a exigiam. No momento, ela mandou a prima aguardar no carro e prometeu voltar em breve. Mas, chegando ao local de trabalho e percebendo que levaria mais tempo que o previsto, decidiu ligar para a prima para orientá-la a sair do carro e retornar à barraca, com a promessa de que encontrariam outra forma de voltar para casa.
“Depois de várias chamadas, a moça achou estranho a prima não atender e imaginou que pudesse estar com o celular no silêncio e, por isso, não ouviu tocar. Aquela moça não conhecia Elvino Dias porque era nova aqui no mercado. Ela não tinha nem duas semanas de trabalho. A prima tinha acabado de arranjar emprego para ela e, logo a seguir, aconteceu tudo isso”, lamentou uma das fontes.
A fonte conta ainda que, ao circular a informação sobre a morte da jovem, o mercado ficou chocado, pois, tratava-se de alguém que estava apenas no lugar errado e na hora errada. "Tivemos informações de que a moça levou tiros nos braços e que o seu estado de saúde era estável. Ficamos chocados quando disseram que ela perdeu a vida. Ela nem tinha recebido o primeiro salário do emprego que a prima arranjou para ela", relata, sublinhando que Adássia tem aproximadamente 40 anos de idade. Ninguém sabe onde ela vive.
Questionamos se era comum um cliente solicitar ser atendido por uma funcionária específica em detrimento de outra e tivemos a seguinte resposta: “Neste mercado, isso é normal. Existem clientes que, ao chegarem a uma barraca e não encontrarem as pessoas que os atendem habitualmente, preferem ir a outro lugar. Portanto, isso é comum. Existem clientes exigentes e, por hábito, essas meninas acabam fazendo as vontades desses clientes. Por isso, a moça teve que voltar, mas ela não sabe se a prima não atendeu as suas chamadas porque já havia ocorrido o assassinato do advogado ou porque não ouviu o celular, pois ligou uns 10 minutos depois e nesta zona há muito barulho à noite, especialmente aos fins-de-semana", frisou.
Entretanto, as fontes contam que a prima de Adássia Macuácua ainda não conseguiu retornar ao trabalho e se culpa por ter colocado a prima naquela situação. "É muita coisa que passa na cabeça daquela moça, porque Elvino era das suas relações e a prima mal o conhecia. Inclusive, foi ela quem interveio para que a prima conseguisse a boleia que a levou ao hospital, onde está internada até hoje".
Na terça-feira, o Hospital Central de Maputo (HCM) garantiu que Adássia Macuácua está viva e fora do perigo, colocando um ponto final ao boato que inundava as redes sociais, dizendo que a sobrevivente havia perdido a vida. No entanto, o Director de Urgência do HCM, Dino Lopes, escusou-se a dar mais detalhes sobre a identidade da jovem e dados de sua residência. “Não posso fornecer esse tipo de informação por motivos que não vou explicar. A saúde da paciente está estável e em breve terá alta clínica”, explicou.
Já, na quarta-feira, enquanto o país se despedia de Elvino Dias e Paulo Guambe, o Presidente da República deslocou-se ao HCM para visitar a sobrevivente e, vestindo a capa de Polícia, pôs-se a interrogá-la. Ao Chefe de Estado, Adássia disse que não conhecia Elvino Dias e Paulo Guambe e que pediu boleia aos dois, porque o marido estava a demorar ir buscá-la.
Recorde-se que a Polícia da República de Moçambique (PRM), na Cidade de Maputo, disse, logo pela manhã de sábado, que o crime ocorreu em decorrência de uma discussão entre Elvino Dias e os assassinos, relacionada a assuntos conjugais. (Carta)
Moçambique voltou, ontem, a ser banhado de sangue, terror e luto, gerado pela PRM (Polícia da República de Moçambique), nas suas mais diversas especialidades, incluindo a Polícia de Trânsito. Balas verdadeiras e gás lacrimogénio voltaram a se fazer ouvir e sentir nas cidades de Maputo, Matola, Nampula e Nacala-Porto.
O dia, uma quinta-feira de sol na capital do país, até começou calmo, com milhares de pessoas a marcharem pacificamente em quase todas cidades do país. Em alguns casos, com escolta da Polícia, mas o cenário viria a mudar momentos ainda no final da manhã, com a Polícia a lançar gás lacrimogénio e disparar balas verdadeiras nas cidades de Nampula e Nacala-Porto, na província de Nampula. Pelo menos quatro pessoas perderam a vida, em Nampula, e uma em Nacala-Porto.
Tal como na segunda-feira, a “proatividade” da Polícia, incluindo agentes do Serviço Nacional de Investigação Criminal, em querer dispersar os manifestantes, acabou resvalando em violência, com os manifestantes a lançar pedras e garrafas aos agentes da Polícia. Igualmente, colocaram barricadas nas estradas e queimaram pneus, como forma de retaliação.
A Polícia, mais uma vez, retaliou e, além de usar balas de borrachas e gás lacrimogénio, recorreu às balas verdadeiras, disparando de forma indiscriminada, causando vítimas mortais nas cidades de Nampula, Nacala-Porto e no município de Boane, província de Maputo.
Na capital do país, a situação ganhou contornos alarmantes após o anúncio dos resultados das eleições de 09 de Outubro, que dão vitória a Daniel Chapo e seu partido, a Frelimo, com mais de 70% dos votos. As Estradas Nacionais Nº4, Nº 1 e Nº2 foram literalmente bloqueadas, nos bairros Luís Cabral, Fomento, 25 de Junho, George Dimitrov e Cumbeza.
As avenidas Eduardo Mondlane, 24 de Julho, Joaquim Chissano, Julius Nyerere e FPLM, na Cidade de Maputo, também foram palcos de manifestações, com centenas de jovens a tomarem o controlo das vias. Postes de iluminação, painéis publicitários e contentores de lixo voltaram a ser derrubados pelos manifestantes, que iam gritando o nome do candidato presidencial Venâncio Mondlane, como o presidente eleito pelo povo.
Ao cair da noite, na Estrada Circular de Maputo, concretamente no Município da Matola, um grupo de manifestantes começou a incendiar pneus e a montar barricadas, impedindo a circulação normal dos carros. A Polícia foi obrigada a intervir para dispersar a população.
Dados ainda não confirmados pelas autoridades indicam que a Polícia matou pelo menos seis pessoas em todo país, sendo quatro na cidade de Nampula, uma em Nacala-Porto e outra em Boane, província de Maputo. Na segunda-feira, pelo menos uma pessoa morrem com balas da Polícia.
Refira-se que as manifestações continuam esta sexta-feira, em todos bairros e distritos do país, conforme reiterou ontem Venâncio António Bila Mondlane, candidato presidencial responsável pela convocação da greve, em repúdio aos resultados eleitorais, aos raptos e sequestros. (M. Afonso)
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) divulgou, na tarde de ontem, os resultados finais das eleições de 09 de Outubro, que dão vitória à Frelimo e ao seu candidato presidencial Daniel Chapo, com mais de 70% dos votos, a maior vitória eleitoral de sempre do partido no poder, na história da democracia multipartidária moçambicana.
Num escrutínio considerado como o mais fraudulento da história de Moçambique, os dados divulgados pelos órgãos eleitorais indicam que o PODEMOS (constituído por dissidentes da Frelimo) será, a partir de Janeiro de 2025, a segunda maior força política do país, relegando a Renamo (o actual maior partido da oposição) para a terceira posição, enquanto o MDM deverá contentar-se com o quarto lugar.
“Carta” revisitou as listas concorrentes à Assembleia da República para saber quem serão os novos legisladores, com destaque para os deputados do PODEMOS, o novo maior partido da oposição no xadrez político moçambicano. As listas compulsadas pela “Carta” indicam que, na cidade de Maputo, o partido liderado por Albino Forquilha conseguiu eleger Carlos Tembe e Rute Manjate, como deputados, em face dos dois lugares atribuídos pela CNE.
Já na província de Maputo, onde o PODEMOS conseguiu seis lugares, serão representantes da população daquele círculo eleitoral, os cidadãos Sebastião Mussanhane, António Acácio, Alfredo Pelembe, Ivandro Massingue, Aristides Novela e Simião Nuvunga.
Na província de Inhambane, onde o PODEMOS conseguiu um mandato, Nalfa Fumo será a responsável por representar a população daquela província, no Parlamento, enquanto, em Sofala, foram eleitos deputados do PODEMOS, Chico Tomo Mapenda e Valter Mabjaia.
No círculo eleitoral de Manica, Mangaze Manuel e Forquilha Albino Forquilha são os únicos eleitos deputados pelo PODEMOS, tal como Mário Manguene, na província de Tete. Cacildo Basílio Muicocome, Fenando Jone e Almério Tchambule são os deputados do PODEMOS pelo círculo eleitoral da Zambézia.
Em Nampula, o maior círculo eleitoral do país e o único em que o PODEMOS, de acordo com a dupla CNE/ STAE, conseguiu eleger 10 deputados, deverão tomar posse, em Janeiro de 2025, os cidadãos Armando Joaquim, Luísa António, Dias Coutinho, Gonçalves Macuácua, Atija Mussa, Bonifácio Suliva, Tome Nantar, Jafete Eurico, Adelino Puaneleque e Gabriel Macuelas.
No círculo eleitoral do Niassa, foi eleito deputado pelo PODEMOS o cidadão Ângelo Jaime, enquanto pela província de Cabo Delgado entram Elísio Muaquina, Zainaba Andala e José Suail José.
Esta, sublinhe-se, é a lista (provisória) dos deputados eleitos pelo PODEMOS, estreante no Parlamento, que poderá sofrer alterações, caso os juízes do Conselho Constitucional, decidam alterar os resultados produzidos pela dupla CNE/STAE, tal como se verificou nas eleições autárquicas de 2023.
Sobreviventes do MDM
Enquanto o PODEMOS entra, pela primeira vez, no Parlamento, com o estatuto de maior partido da oposição, o MDM, que se estreou na Assembleia da República, em 2009, mantém-se na chamada “Casa do Povo”, mas como a quarta maior força política, com apenas quatro deputados, fruto de dois mandatos conseguidos em Sofala e outros dois conquistados em Nampula.
Com menos dois deputados que no presente mandato, o MDM deverá contar, no próximo Parlamento, com Sílvia Cheia (mandatária nacional) e Maria Fernando, em Sofala, e Leonor Souza (Secretária-Geral do partido) e Fernando Bismarque (porta-voz da actual bancada parlamentar), em Nampula.
Sublinhe-se que será com base no próximo Parlamento que será composta a próxima CNE e o próximo STAE, entidades responsáveis pela gestão dos processos eleitorais, tal como o próximo Conselho Constitucional, órgão máximo da justiça eleitoral no país. (A.M.)
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) chancelou, na manhã desta quinta-feira, a vitória da Frelimo e do seu candidato presidencial, no escrutínio do passado dia 09 de Outubro. Dados apresentados esta tarde pelo Presidente da CNE, Dom Carlos Matsinhe, indicam que Daniel Francisco Chapo, Secretário-Geral da Frelimo, venceu a eleição presidencial com um total de 4.912.762 votos, correspondentes à 70,67%.
Em segundo lugar, de acordo com o Edital da Centralização Nacional e Apuramento Geral dos Resultados, ficou Venâncio António Bila Mondlane, com um total de 1.412.517 votos, equivalentes a 20,32%, enquanto Ossufo Momade ocupou a terceira posição, ao obter um total de 403.591 votos, o que representa 5,81%. Lutero Simango ocupa o último lugar com 223.066 votos, equivalente a 3,21%.
Por sua vez, a eleição legislativa foi ganha pela Frelimo, que conquistou 195 assentos na Assembleia da República, contra 31 do PODEMOS, 20 da Renamo e quatro do MDM, obtidos em Sofala (dois) e Nampula (dois). Na verdade, foi a confirmação do que já era público, com base nos Editais do Apuramento Provincial.
Comparativamente às eleições legislativas de 2019, a Frelimo ganhou mais 11 deputados, enquanto a Renamo perdeu 40 e o MDM dois deputados. O PODEMOS, que entra para o Parlamento pela primeira vez, deverá torna-se na segunda maior força política do país.
A Frelimo foi, igualmente, anunciada vencedora das eleições provinciais, em todo território nacional, renovando, desta forma, o mandato de governar 10 províncias do país, excepto a Cidade de Maputo, que dispõe de um estatuto especial.
Em termos de mandatos, nas Assembleias Provinciais, a Frelimo conquistou 731 lugares, em todo país, contra 54 da Renamo e 27 do MDM. O PODEMOS tem 42 mandatos. No total, existem, em todas Assembleias Provinciais, um total de 867 mandatos.
O partido no poder, lembre-se, foi declarado vencedor das eleições provinciais de 2019, as primeiras em que os Governadores Provinciais foram eleitos, através do sistema de cabeça-de-listas, inaugurando uma nova página da democracia moçambicana.
Segundo a CNE, na eleição presidencial, 9.704.417 eleitores não se deslocaram às urnas, o correspondente a 56,52%, enquanto 273.858 depositaram votos em branco e 239.039 votos foram considerados nulos.
Aliás, o elevado índice de votos nulos e em branco, tal como o elevado índice de abstenção e de discrepância entre o número de votantes nas três eleições foi um dos principais pontos da discórdia durante a Assembleia de Centralização de dados, segundo o Presidente da CNE. Os resultados, sublinhe-se, foram aprovados com nove votos a favor, contra sete.
Referir que os resultados hoje aprovados e divulgados pela CNE deverão ser submetidos ao Conselho Constitucional para efeitos de validação e proclamação dos vencedores, um acto a ter lugar a qualquer dia, visto que não existe um prazo legal estabelecido para que o órgão possa apresentar o seu Acórdão.
Os resultados divulgados pelos órgãos eleitorais, lembre-se, estão sendo contestados pelo PODEMOS e o seu candidato presidencial Venâncio Mondlane, que entendem terem ganho o escrutínio do dia 09 de Outubro, com pelo menos 53% dos votos. (Carta)
Está, novamente, paralisada a actividade económica na Região do Grande Maputo, dois dias depois de a mesma ter ficado estagnada por conta da greve geral convocada pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, em repúdio aos resultados eleitorais e ao duplo homicídio do advogado Elvino Dias e do mandatário do PODEMOS, Paulo Guambe.
Hoje, no primeiro dos dois dias das manifestações convocadas, na terça-feira, por Venâncio Mondlane, as cidades de Maputo e Matola voltaram a acordar à meio-gás, com milhares de cidadãos a permanecer nas suas residências e estabelecimentos comerciais encerrados por temer novos actos de vandalização.
Uma ronda feita pela “Carta”, esta manhã, mostra mais um ambiente de tensão na capital do país, com ruas, terminais e paragens de transporte desertos. Bairros como Magoanine B (vulgo CMC), Zimpeto, Intaka 1, Khongolote, Zona Verde, T3, Machava e zona cimento da Cidade da Matola estão com estabelecimentos comerciais fechados.
Não há transporte público e o movimento de viaturas particulares é ínfimo, em quase todas vias, incluindo de camiões de transporte de combustível que, habitualmente, inundam o principal acesso ao Terminal de Combustíveis, no Porto da Matola. “Temos de reconhecer que Venâncio manda neste país, quando convoca manifestações vamos às ruas, quando diz para ficarmos em casa, ninguém sai”, comentou um bombeiro, de uma loja de conveniência.
Cenário igual se verifica na cidade de Maputo, onde as principais avenidas (como Eduardo Mondlane, 25 de Setembro, 24 de Julho, Julius Nyerere) estão às moscas. Estabelecimentos comerciais e algumas instituições públicas e privadas estão de portas fechadas.
Aliás, instituições como Conselho Municipal de Maputo, da Beira e entidades como Parque Nacional de Gorongosa, Matola Mall e Igreja Presbiteriana de Moçambique anunciaram o cancelamento dos eventos programados para hoje, assim como o encerramento de portas.
Lembre-se que Venâncio Mondlane anunciou, terça-feira, mais dois dias de manifestações, a iniciarem hoje (dia da divulgação dos resultados eleitorais), em todos bairros e distritos do país. As manifestações, disse Mondlane, visam protestar os resultados eleitorais, raptos, sequestros, gás lacrimogénio e balas verdadeiras, disparadas contra população indefesa. (Carta)
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) divulga, hoje, pelas 14h30m, os resultados finais da votação de 09 de Outubro último, no âmbito da realização das VII Eleições Presidenciais e Legislativas e IV Provinciais, que incluem a eleição do Governador de Província, o cabeça-de-lista da lista (partido) vencedora.
A centralização e apuramento geral dos resultados tiveram lugar entre a tarde de ontem e a madrugada de hoje e, de acordo com CIP Eleições, Daniel Francisco Chapo foi confirmado vencedor das eleições presidenciais, enquanto o partido no poder foi confirmado vencedor das eleições legislativas, com 195 mandatos no Parlamento, a maior vitória eleitoral da história do país.
De acordo com os números avançados na noite de ontem pelo Boletim Eleitoral do Centro de Integridade Pública (CIP), a Frelimo conseguiu obter 193 lugares no território nacional e os dois assentos disponíveis na diáspora. O PODEMOS, partido que suporta a candidatura de Venâncio Mondlane à Presidente da República, está em segundo lugar, com 31 assentos, seguido pela Renamo com 20 lugares, enquanto MDM fecha a lista com quatro deputados.
Os resultados dos órgãos eleitorais contrariam os da contagem paralela, que aponta para uma vitória de Venâncio Mondlane, nas eleições presidenciais, e PODEMOS, nas legislativas, com mais de 53% dos votos.
Refira-se que as eleições de 09 de Outubro foram marcadas, mais uma vez, por enchimento de urnas a favor da Frelimo e Daniel Chapo; inutilização de votos do candidato Venâncio Mondlane e da generalidade dos partidos da oposição; adulteração de editais e actas do apuramento parcial; e exclusão de eleitores ligados aos partidos da oposição. (Carta)