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terça-feira, 11 janeiro 2022 07:55

Cinco anos após a criação do SERNIC, Ministra do Interior diz que o desempenho do sector está aquém das expectativas

A Ministra do Interior, Arsénia Massingue, disse nesta segunda-feira que o desempenho do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) ainda está aquém das expectativas, tendo em conta o anseio dos cidadãos no rápido esclarecimento do crime, sobretudo, do crime violento. 

 

O pronunciamento foi feito no âmbito da celebração do 5° aniversário do SERNIC, que se assinalou no domingo passado, sob o lema: "SERNIC, apostando na profissionalização dos quadros para uma investigação moderna e científica face ao crime organizado, com enfoque ao rapto, tráfico de droga e terrorismo". 

 

Durante a cerimónia, Massingue desafiou o SERNIC a incrementar o nível do seu desempenho. 

 

"É um incremento que auguramos que seja, não apenas quantitativo, mas, sobretudo, na qualidade do serviço. Incrementar o desempenho também implica melhorar a forma como atendem os cidadãos e se relacionam com as vítimas, com os denunciantes, com os arguidos e com todos aqueles a quem abordam durante o ciclo da investigação do crime e da instrução dos respectivos processos", disse Arsénia Massingue. 

 

Na ocasião, ela disse ainda que o agente do SERNIC deve, em primeiro lugar, se preocupar em granjear a confiança de todos aqueles com quem se relaciona no seu trabalho. "Só assim poderá atrair a colaboração das comunidades e lograr esclarecer as novas formas de manifestação do crime, tendo em conta que, muitas vezes, as comunidades conhecem os criminosos e estas só terão o conforto de colaborar com o SERNIC se for estabelecida uma relação de confiança mútua", frisou a ministra Massingue.

 

Apontou, por outro lado, que para incrementar a confiança junto das comunidades em relação à actuação do SERNIC, é necessário adoptar medidas operativas tendentes a identificar os agentes prevaricadores no seio da corporação e aplicar as respectivas sanções disciplinares. 

 

"Estamos cientes que situações criminais tais como os raptos, tráfico de drogas e o terrorismo obrigam-nos a repensar e adoptar novas e urgentes abordagens de resposta, devendo, por via disso, o SERNIC continuar atento e de forma ininterrupta a recolher e analisar devidamente as informações sobre a actividade criminal, ajustando a sua actuação contra o novo "modus operandi" da manifestação criminal, sobretudo o crime organizado", exortou a ministra do Interior. (Marta Afonso)

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