O Instituto Nacional de Normalização e Certificação (INNOQ) revela que, nos últimos anos, tende a aumentar o número de empresas que procuram certificar os seus serviços e bens, com a exploração do gás natural na Bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
“As multinacionais que se preparam para explorar o gás natural de Rovuma vieram com exigências na contratação de bens e serviços, a certificação. Como consequência, o número de empresas a requerer a certificação tende a crescer ultimamente”, afirmou Lara Generosa, auditora no INNOQ.
Falando durante uma formação a jornalistas sobre matéria de qualidade, Generosa explicou que se antes do “boom” do gás do Rovuma o número de empresas que procuravam o INNOQ para certificar seus negócios variava entre cinco a oito, actualmente o número é superior a 10.
“Este ano, por exemplo, temos 17 empresas que pretendem certificar seus serviços e bens”, afirmou a auditora. Cumulativamente, o INNOQ diz ter já certificado 100 empresas diferentes em todo o país, desde a sua criação em 1993.
O número de empresas certificadas em 28 anos mostra-se muito ínfimo. A auditora no INNOQ explicou as razões. Apontou os custos financeiros elevados requeridos no processo de implementação da norma requerida. Daí que, lembrou Generosa, algumas multinacionais, como o caso da petroquímica francesa Total, estão a apoiar na certificação das empresas nacionais, com foco para pequenas e médias.
Para além da certificação, o INNOQ diz que as formações em matérias de qualidade têm igualmente sido largamente requeridas pelas empresas, facto que também pode estar a ser impulsionado pelo negócio da exploração do gás natural da Bacia do Rovuma.
O INNOQ diz que quer na certificação, quer na formação, as empresas requerem principalmente padrões internacionais como: ISO 9001 (Gestão de qualidade); ISO 45001 (Saúde e Segurança Ocupacional), ISO 14001 (Gestão Ambiental) e ISO 22000 (Gestão de Segurança de Alimentos). (Evaristo Chilingue)