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quarta-feira, 01 abril 2020 04:07

Covid-19: ‘Prime rate’ moçambicana sobe quando patrões pediam descida face a pandemia

A taxa de juro de referência de Moçambique vai subir de 18% para 18,4% em abril, anunciaram hoje a associação de bancos e o banco central, quando os patrões pediam uma descida para enfrentar o abrandamento provocado pela covid-19.

 

É a primeira vez que se regista uma subida na taxa desde que foi criada em junho de 2017 com um valor de 27,75%. A taxa estava estável há cinco meses e a última descida tinha acontecido em outubro, quando recuou de 18,3% para 18%. O comunicado não esclarece as razões da subida, numa altura de forte abrandamento económico devido às restrições globais impostas pela prevenção da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

 

A subida de 0,4 pontos percentuais surge numa altura em que a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), principal associação patronal do país, tinha pedido que a 'prime rate', que define o custo do dinheiro, descesse para valores ainda mais baixos.

 

O pedido faz parte de um conjunto de medidas reclamado para enfrentar o impacto causado pelo novo coronavírus.

 

Os patrões defendem, num estudo sobre o impacto da pandemia da covid-19 na economia, um corte da taxa de juro da Política Monetária (MIMO) em 6.20 pontos percentuais, considerando que "poderá ser imediatamente repassado, na sua totalidade, para a 'prime rate' do sistema financeiro" conduzindo-a a uma "redução 'dos atuais 18% para 11.80%".

 

A criação da 'prime rate' foi acordada entre o banco central e a Associação Moçambicana de Bancos (AMB) para eliminar a proliferação de taxas de referência no custo do dinheiro e entrou em vigor em 01 de junho de 2017. (Lusa)

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