Refira-se que todos os moçambicanos acusados pela justiça americana de ter recebido subornos das “dívidas ocultas” estão detidos a mando da Procuradoria-Geral da República, excepto Maria Isaltina Lucas.
O director financeiro da Privinvest, Najib Allam, enviou uma mensagem a partir do seu email profissional da Privinvest para o seu email pessoal da Google, contendo a folha (spreadsheet) de pagamentos em Excel com detalhes do valor e o momento a pagar a cada um dos subornados. A mensagem foi interceptada pelo FBI, a polícia judiciária norte-americana, e apresentada em tribunal como prova de conspiração dos arguidos para defraudar investidores americanos envolvidos neste processo.
Na lista de pagamentos, os nomes dos receptores estão em diminutivos ou códigos. Mas, o documento separado apresentado ao juiz pela acusação decifra alguns dos códigos. É neste documento que a acusação afirma que o nome que aparece na folha como “Esaltina” refere-se à Isaltina Lucas, então Directora Nacional do Tesouro. Em relação ao nome indicado como ArGe, a acusação diz tratar-se de Armando Ndambi Guebuza, filho do então presidente Armando Emílio Guebuza. (CIP)