A certeza deriva, segundo Mudumane, de alguns depoimentos de populares no local dos factos, bem como do trabalho operativo que está a ser desenvolvido desde que começaram a ser registados os referidos ataques. Aliás, Mudumane avançou que quatro indivíduos foram detidos e estão, neste momento, a ser ouvidos por existir fortes indícios do seu envolvimento nos referidos ataques.
“Para as Forças de Defesa e Segurança são os homens da Renamo. São os homens armandos da Renamo que têm perpetrado ataques em alguns troços das estradas nacionais N1 e N6 nas províncias de Sofala e Manica. E em conexão com os últimos ataques estão sob custódia policial quatro indivíduos, alegadamente, por existir fortes indícios do seu envolvimento naqueles actos criminosos”, acusou Orlando Mudumane.
Tendo em conta os recentes pronunciamentos de Mariano Nhongo, presidente da auto-proclamada Junta Militar da Renamo, em que ameaçara realizar ataques caso as suas reivindicações não fossem satisfeitas, os jornalistas questionaram ao porta-voz se este grupo não estaria por detrás destes ataques e a reposta foi categórica: “Mariano Nhongo faz parte da Renamo, esses que têm perpetrado esses ataques também são homens armados da Renamo”, respondeu.
Os ataques que têm estado a acorrer na região centro do país, disse Mudumane, já fizeram, até ao momento, cinco vítimas mortais. Perante o cenário, atirou a fonte policial, foram destacadas várias unidades das FDS para reforçar as linhas operativas com intuito de combater, repelir e neutralizar os indivíduos que têm estado a perpetrar os ataques.
“Várias unidades das Forças de Defesa e Segurança foram destacadas para estas regiões, de modo a reforçarem as linhas operativas que lá estão a trabalhar para combater, repelir e neutralizar os malfeitores e tantos outros criminosos que têm protagonizado ataques”, disse Mudumane.
Apesar de a situação tender a ganhar outras feições, para já, tal como avançou Orlando Mudumane, as escoltas militares ainda não foram activadas para a circulação na Estrada Nacional Número Um (EN1), em Sofala, e na Estrada Número Seis, em Manica, regiões que, nos últimos dias, têm sido palco de ataques.
Entretanto, o maior partido da aposição tem aparecido publicamente a negar a autoria dos referidos ataques. (Carta)