No passado dia 7 de Abril, durante as festividades do Dia da Mulher Moçambicana, Filipe Nyusi disse que a demora na apresentação da lista dos homens que devem ser enquadrados poderia causar frustração no seio dos guerrilheiros da Renamo.
A entrega da aludida lista, anotou Momade, tem o condão de reforçar os compromissos que vêm vertidos no Memorando de Entendimento e a vontade de prosseguir com diálogo tendente à devolução da paz ao povo moçambicano.
Nisto, o presidente da Renamo explicou que cabia, desde já, ao Governo de Filipe Nyusi o “dever de enquadrar os oficiais-generais com a maior celeridade possível”, isto porque acabara de cumprir a sua parte.
O Memorando de Entendimento sobre as questões militares foi rubricado pelas partes (Governo e Renamo) a 06 de Agosto de 2018 com o objectivo de pôr fim ao conflito militar que opunha as forças “governamentais” e os guerrilheiros da Renamo, porém, suspenso desde 2017, com a declaração unilateral de “cessar-fogo” pelo então Presidente daquela força política.
De Agosto a esta parte, foram conduzidos aos lugares de comando e chefia das Forças de Defesa e Segurança 14 oficiais, entre generais e superiores, provenientes das fileiras do maior partido da oposição. Sublinhar que todos foram enquadrados nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
Num outro desenvolvimento, Ossufo Momade salientou que ainda falta por enquadrar oficiais alguns ramos das FADM (Força Aérea, Marinha de Guerra), nas instituições de ensino e no Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), apesar de reconhecer os passos que estão sendo dados. (Ilódio Bata)