O valor faz parte de um total de pouco mais de 1,5 bilhão de dólares que o Estado deverá reembolsar, este ano, aos serviços de dívida, segundo o Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, que garantiu que o Governo tem condições para cumprir a meta até Dezembro deste ano.
O Estado tem uma dívida de 14,4 mil milhões de dólares norte-americanos, sendo 70 por cento externa e 30 por cento interna. Até ao momento, nenhum esclarecimento sobre o estágio actual do endividamento público havia sido dado pelo Estado.
Esta terça-feira, em conferência de imprensa para a qual apenas foram convidados jornalistas de órgãos estrangeiros, o Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, deu algumas explicações sobre este e outros assuntos atinentes à economia nacional. O jornal O País teve acesso a uma gravação de áudio, em que o ministro informa que o Estado já pagou cerca de 48 por cento dos encargos da dívida pública projetados para este ano.
“Para este ano, nós temos, do ponto de vista do reembolso do capital e dos juros, quer com a dívida interna, quer com a dívida externa, recursos avaliados em um bilião, quinhentos e setenta e um milhões de dólares americanos e, até este momento, foram já pagos pelo Estado 764 milhões de dólares americanos, cerca de 48 por cento do serviço de dívida pública projectado para este ano e o Governo tem todas as condições para continuar a cumprir”, desvendou o ministro.
Segundo o dirigente, tais condições reflectem-se nas decisões tomadas pelo Governo, como a Tabela Salarial Única. “As outras têm a ver com a diversificação de fontes de receitas”, esclareceu Max Tonela.
O ministro da Economia e Finanças também explicou porquê a agência de notação financeira Standard and Poors classificou, recentemente, como mais arriscada a posição do país em termos de emissões de dívida comercial em moeda local.
Max Tonela justificou que tal se deveu às bases que o estudo tomou. “Houve uma avaliação recente, de rating do país, que se baseou num quadro retroactivo, sobretudo nos primeiros meses do ano, num período em que o impacto da reforma salarial, implementada pelo Estado, no ano passado, era muito elevado do ponto de vista financeiro.”
Para resolver esta questão, “o Governo tomou medidas, de forma sucessiva, e mais recentemente, através da revisão da lei que estabeleceu a reforma para assegurar que, a partir de Julho, às contas estejam nos carris, de acordo com as projecções estabelecidas e com o orçamento do ano”.
Max Tonela explica que o país poderá receber, em média, 750 milhões de dólares do gás natural por ano, durante 25 anos, e 100 milhões de dólares nos primeiros anos, números que, “de forma escalonada, vão depois crescer para 300/500 até chegar a mais de um bilião por ano”.
Segundo Max Tonela, a economia nacional poderá crescer, este ano, 5 por cento, um nível que poderá aumentar para 7 por cento nos próximos dois anos. (Carta)