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quinta-feira, 09 junho 2022 07:33

TotaEnergies prepara regresso a Palma com construtora ruandesa na bagagem

A TotalEnergies ainda não acabou com a “Force Majeure” que decretou há mais de um ano para encerrar o seu mega-projecto de GNL em Moçambique, após o ataque dos insurgentes à Palma, em Março de 2021, mas já prepara-se para reabrir o sítio de Afungi onde serão construídos dois “trens” de liquefação de gás natural.

 

De acordo com as nossas fontes, os funcionários sul-africanos da WBHO já estão a caminho de regresso à província de Cabo Delgado, de onde partiram em Dezembro de 2020 quando a TotalEnergies parou de trabalhar devido à situação de segurança.

 

A WBHO é a primeira sub-contratada da TotalEnergies a ser remobilizada para a área, depois de 18 meses de interrupção. Ela foi encarregada de construir torres de controle no lugar onde serão os dois “trens” de liquefação, assim como instalações para militares e esquadras policiais.

 

As obras de infra-estruturas, cuja licitação foi relançada há algumas semanas, provavelmente não serão adjudicadas até que a “force majeure” seja formalmente levantada, o que poderá acontecer dentro dos nos próximos três meses.

 

Conforme revelou a Africa Intelligence, quatro empresas concorrem para o contrato: WBHO, a empresa italiana CMC di Ravenna, a portuguesa Gabriel Couto e a ruandesa NDP, que é propriedade de um fundo de investimento controlado pela Frente Patriótica Ruandesa (RPF), partido do Presidente Paul Kagame. 

 

Em julho de 2021, o Ruanda enviou soldados para a área para ajudar a proteger a província, tendo conseguido estabelecer um cordão de segurança à volta da região de Palma. (Africa Intelligence, com Carta)

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