A África do Sul tem enfrentado nos últimos meses uma reacção negativa devido à sua posição não-alinhada sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia. Isso levou a África do Sul a se abster na votação das Nações Unidas sobre a anexação dos territórios ucranianos pela Rússia, enquanto 143 países votaram a favor da resolução.

Numa nova escalada de tensões, o embaixador dos EUA na África do Sul, Reuben Brigety, abalou as relações dos EUA com a África do Sul ao anunciar publicamente que os EUA estavam “confiantes” de que o governo sul-africano havia carregado armas e munições no cargueiro russo Lady R no porto naval de Simon's Town em Dezembro de 2022. Por outro lado, Pretória continuou a fortalecer os seus laços estreitos com Moscovo, apesar dos apelos para que Putin fosse preso pela sua participação na guerra.

O mandado de prisão foi emitido pelo Tribunal Penal Internacional em Haia em Março e, como a África do Sul é membro do TPI, é obrigada a prender Putin quando ele viajar para Durban para a Cimeira do BRICS em Agosto.

Ramaphosa deu a entender que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, visitará a África do Sul para uma cimeira dos líderes do bloco económico BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul]. O Kremlin ainda não confirmou se Putin participa na cimeira.

Mas tal viagem envolveria a África do Sul noutra confusão diplomática porque o país é signatário do tratado que criou o Tribunal Penal Internacional, que emitiu um mandado de captura de Putin em Março por alegados crimes de guerra envolvendo o rapto de crianças da Ucrânia. Desde a emissão do mandado, Putin tem viajado raramente, e apenas para países aliados próximos da Rússia.

Os países signatários do Tratado estão obrigados a deter o líder russo. Ramaphosa nomeou um comité interministerial no mês passado que deve considerar a posição da África do Sul em relação ao TPI. A comissão será presidida pelo vice-presidente Paul Mashatile. O estadista sul-africano anunciou que o país se retiraria do TPI, mas a Presidência mais tarde deu meia-volta, dizendo que a África do Sul permaneceria signatária do Estatuto de Roma.(Carta)

Um clérigo foi, temporariamente, detido, em Maputo, depois de a sua congregação ter sido flagrada a usar, de forma fraudulenta, água da rede pública.

O acto causou prejuízos à empresa Águas da Região Metropolitana de Maputo, SA (AdRMM), em pouco mais de 80 mil meticais por consumo ilegal, desde Novembro de 2022 até esta parte.

À congregação foi notificada a suspensão, em Outubro do ano passado, depois de ter acumulado dívidas por falta de pagamento de facturas de água, o que lhe valeu uma suspensão e encargo no valor de 17.600 meticais, para regularizar a situação.

No entanto, os gestores da igreja violaram a instalação de água, através de um "bypass", que permitiu o consumo ilegal de água, a partir de Novembro de 2022 até que uma equipa da iniciativa “Ilegal Zero” da empresa fornecedora de água flagrou este consumo.

De fontes da Direcção do Programa Acelerado e Integrado de Redução de Perdas (PAIRP) da AdRMM, apurou-se que mesmo diante de facilidades de amortização da dívida que a empresa se predispôs a conceder, a congregação religiosa optou pelo consumo ilegal e o mesmo só foi desmantelado, graças ao trabalho inspectivo que a empresa realiza de forma permanente, nos bairros das cidades de Maputo, Matola e Vila de Boane.

Com efeito, a igreja foi denunciada junto das autoridades policiais, onde foi aberta uma queixa-crime contra o responsável da instituição religiosa, que foi prontamente detido para responder pelos seus actos.

A soltura do referido clérigo só foi possível, depois de uma negociação com a empresa que culminou com o pagamento de parte da dívida e assinatura de um acordo de amortização de uma prestação mensal de 15 mil meticais.

A Sociedade Moçambicana de Serviços de Catering S.A, conhecida por SMS Catering, recebeu, na última sexta-feira, do Ministério da Indústria e Comércio (MIC), o direito de uso do selo “Orgulho Moçambicano. Made In Mozambique”, um instrumento de valorização da produção nacional e de promoção do desenvolvimento de negócios no país.

A cerimónia oficial de entrega do selo foi presidida pelo Ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, que, na ocasião, destacou as condições de elegibilidade, com destaque para a utilização significativa de recursos nacionais nos processos de produção, o cumprimento da legislação e a adopção de uma cultura de qualidade, através da implementação de sistemas de gestão de qualidade.

“A Sociedade Moçambicana de Serviços de Catering S.A., com o esforço e sacrifício, conseguiu se manter no mercado e hoje obtém o selo «Orgulho Moçambicano. Made In Mozambique». Isso é orgulho para a empresa e é também para todos nós. As empresas que hoje se juntam [um total de cinco] a 628 da cidade de Maputo, num universo nacional de cerca de 700 empresas que são da família Made in Mozambique, provaram a elegibilidade à luz do regulamento do uso do selo”, disse Moreno.

Para Salma Aly Bacar Somar, Directora da Qualidade e Safety da SMS Catering, o selo Made In Mozambique, para além de orgulho, constitui uma responsabilidade acrescida, uma vez tratar-se de um reconhecimento dos elevados padrões de qualidade prestados pela empresa, tanto a nível nacional como internacional.

“Este selo é um orgulho para a SMS Catering, é um reconhecimento já há muito procurado. Significa produzir moçambicano, consumir moçambicano. Somos responsáveis por produzir refeições para aviões internacionais. Esse reconhecimento significa transportar o orgulho moçambicano. Manifestamos profundo orgulho pela atribuição do selo e pelo reconhecimento do contributo das empresas que representamos para o desenvolvimento do nosso belo Moçambique. Temos plena consciência de que este selo constitui uma responsabilidade acrescida”, sublinhou Somar.

Refira-se que o selo “Orgulho Moçambicano. Made In Mozambique” chega cinco meses depois de a SMS Catering ter recebido o certificado halal, um diploma que lhe confere autoridade para prestar os seus serviços sem limitações “religiosas”. (Carta)

 A Associação Machel Fidus em parceria com a TJ Consultants organizaram nos dias 11 e 12 de Maio, em Maputo, a 4ª edição do Programa de Empoderamento Juvenil.

Focado no Empreendedorismo e Empregabilidade, nesta edição, os estudantes foram equipados com noções sobre a descoberta de seus talentos, Educação Financeira, Marketing e Vendas, Oratória, Competências Profissionais e Etiqueta.

Os módulos, foram leccionados por especilistas provenientes do BCI, DDB, TJ Consultants e Rotaract Clube de Maputo, nomeadamente Orlando Tembe (Gestor de Produtos - BCI), Inória Neves (Gestora de Produtos - BCI), Nuno Izidine (Director Comercial - DDB), Eliana Silva (Assistente de Recursos Humanos) e pela Ana Frida (Diretora do Concurso Nacional de Oratória – Rotaract Clube de Maputo).

O BCI além da Formação também brindou aos estudantes com celulares, e estes, ainda tiveram a oportunidade de participar em directo numa das rubricas do programa “Casa Cheia” da Soico Televisão (STV) para encerrar com descontração esta quarta edição.

A realização deste programa, demonstra de forma inequívoca o compromisso da Associação Machel Fidus e seus parceiros para o empoderamento dos estudantes das comunidades em Moçambique.

A Fidelidade Ímpar volta a associar-se ao AZGO como Seguradora oficial do evento. O já icónico Festival assinala, este ano, a sua 10ª edição e realiza-se nos dias 19, 20 e 21 deste mês, em três palcos distintos da cidade de Maputo, designadamente no Centro Cultural Francês, no Campus Universitário da UEM (Universidade Eduardo Mondlane) e no Campinho do Bairro da Mafalala.

O objectivo é promover a diversidade musical e o intercâmbio cultural, ao mesmo tempo que revisita culturas e património identitário. O Festival irá incluir iniciativas de solidariedade, fóruns de debate de ideias, programas de colaboração, promoção e divulgação de artistas e respectivas obras.

Para o dia 20, a Fidelidade Ímpar abraçou este ano o desafio de criar facilidades de acesso e um espaço adequado para pessoas com deficiência. É a primeira vez que uma iniciativa destas acontece num evento desta natureza.

Considerado pela organização como o mais conceituado festival internacional de artes em Moçambique, o AZGO junta artistas nacionais e internacionais promovendo a cultura e, em especial, a música moçambicana.

A Seguradora acompanha este projecto artístico desde a sua criação, numa clara aposta à música e aos artistas moçambicanos.

A Fidelidade Ímpar acredita na importância da cultura e no impacto que a mesma tem no desenvolvimento das sociedades, não só através da música, mas também da interculturalidade.

AZGO e Fidelidade Ímpar, juntos somos mais seguros! (Carta)

Decorreu na quarta-feira (10), no auditório do BCI, em Maputo, um workshop sobre segurança escolar, sob o lema “Promover a segurança escolar hoje para uma sociedade justa e segura”. O fórum juntou alunos, professores, directores de escolas, académicos, membros do sector da educação, do interior e da saúde, para um debate franco e aberto, e a busca de soluções.

A cerimónia de abertura foi orientada pelo Secretário do Estado da cidade de Maputo, Vicente Joaquim, que sublinhou a necessidade de tornar a escola um espaço democrático de formação e aprendizagem, longe de qualquer forma de violência, salientando a necessidade de continuado debate nas escolas sobre todas as formas de desvio, em particular o consumo de drogas e de bebidas alcoólicas, que minam o processo de ensino e aprendizagem.

O Director de Relações Públicas do BCI, Heisler Castelo David, afirmou que, ao apoiar na realização deste evento, o BCI junta-se a este movimento em prol da segurança escolar, pois interpreta a sua responsabilidade social como um compromisso, de facto, com o país e com as diversas comunidades em que está inserido. “A forma de expressar este nosso posicionamento traduz-se através de actos de natureza muito diversa, sendo que o apoio a projectos e iniciativas socialmente relevantes em vários domínios como a educação, a saúde, a inovação, o empreendedorismo, entre outros, constituem pilares fundamentais com os quais nos identificamos e onde, felizmente, somos reconhecidos” – disse.

Já Cassamo Nuvunga, Presidente da CADE – Comunidade Académica para o Desenvolvimento, destacou algumas das medidas basilares para fazer face à violência escolar, tais como a formação especializada da polícia em matéria de segurança escolar nas escolas; a erradicação da venda de bebidas alcoólicas nas proximidades das escolas, acompanhada de devida legislação; bem como o cancelamento de licenças de produção de bebidas alcoólicas com alto teor alcoólico e com custo exageradamente baixo.

O evento foi marcado por apresentações, debate, testemunhos, partilha de experiências, entrega de brindes, entre outros.(Carta)